Pronunciamentos

DEPUTADO BRUNO ENGLER (PL)

Discurso

Comenta denúncia feita pelo ex-ministro Ciro Gomes de um esquema irregular de negociação de precatórios que envolveria bancos e o governo federal. Elogia resposta do governador Romeu Zema a críticas feitas pelo ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, sobre a renegociação da dívida em Minas junto ao governo federal. Elogia a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de permitir ao ex-presidente norte-americano Donald Trump disputar as próximas eleições.
Reunião 5ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 2ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 07/03/2024
Página 28, Coluna 1
Indexação

5ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 5/3/2024

Palavras do deputado Bruno Engler

O deputado Bruno Engler – Boa tarde, presidente Leninha; boa tarde a todos os colegas que se fazem presentes aqui, em Plenário, e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, acompanham esta reunião.

Todo mundo aqui sabe que eu sou um ferrenho opositor do governo Lula, mas eu tenho que vir aqui reconhecer que os governos do PT batem recorde de corrupção. Lá, no início do governo Lula, surgiu o escândalo do Mensalão; na época, o maior escândalo de corrupção da história do Brasil. Passou um tempo, veio o governo Dilma e o escândalo do Petrolão, que passou o Mensalão e se tornou então o maior escândalo de corrupção da história do Brasil.

Então não há surpresa quando o Ciro Gomes, em entrevista recente à CNN, denuncia um novo escândalo; escândalo, agora, dos precatórios. Ciro Gomes, que é de esquerda… Eles adoram falar que a direita fica inventando fake news contra o PT, então não venham querer empurrar o Ciro Gomes para a direita, pelo amor de Deus! Ciro Gomes, que é de esquerda, falou na entrevista que o governo federal pagou R$92.400.000.000,00 para regularizar o estoque dos precatórios. E, segundo ele, o estoque foi vendido para apenas duas instituições financeiras de companheiros, de amigos, com deságio de até 50%. É o feirão dos precatórios com dinheiro público para ajudar os companheiros! Eles, que se dizem defensores dos pobres e combatentes do grande capital e do sistema financeiro, estão usando o dinheiro do pagador de impostos para ajudar amiguinho banqueiro. Isso é uma denúncia muito grave e tem potencial para ser maior que o Mensalão e o Petrolão juntos.

Ainda bem que nós temos no Congresso Nacional uma oposição organizada. Nós já temos diversos deputados do PL, como Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira, se mobilizando para que isso seja investigado e esclarecido. E, se for o caso, o Brasil inteiro vai saber que o PT bate mais um recorde, um recorde de corrupção, superando os dois recordes anteriores, que já eram do partido: tanto o Petrolão como o Mensalão.

Queria falar também para o ministro Alexandre Padilha que a gente tem aqui, em Minas, um ditado que diz que quem fala o que quer ouve o que não quer. E o ministro ouviu uma resposta muito bem dada do governador de Minas, Romeu Zema. Eu trago aqui o trecho da entrevista de Zema ao jornal O Estado de S.Paulo.

A pergunta: “Na quinta-feira o ministro Alexandre Padilha esteve em Belo Horizonte e elogiou a atuação do presidente do Senado na renegociação da dívida em Minas junto ao governo federal e, indiretamente, criticou o senhor. Como o senhor recebeu a afirmação do ministro?”. E aqui a resposta do governador, muito coerente, baseada em fatos, não em opiniões: “Eu vejo que talvez ele não esteja a par do que acontece em Minas. Não sei se ele conversou com prefeitos e tem conhecimento de que, no passado, quando o partido dele governava Minas, os prefeitos não recebiam o repasse do ICMS, do IPVA, do Fundeb e da saúde. Não sei se sabe que eu paguei o 13º salário que o governador do partido dele não pagou. Será que ele tem conhecimento disso? Não sei se ele sabe que o governador do partido dele fez com que várias prefeituras tivessem de fechar postos de saúde, UBS, deixando o mineiro sem atendimento médico. E que eu reabri porque voltei a pagar. Não sei se ele sabe que o governador do partido dele também paralisou as obras dos hospitais regionais, que agora estarei também concluindo. E não sei também se ele sabe que 240 mil funcionários públicos de Minas tiveram o nome incluído no SPC e no Serasa porque o ex-governador do partido dele não pagou, deduziu, descontou o crédito consignado do salário, e não repassou aos bancos. E o salário atrasado também. Então acho que ele está muito pouco informado sobre Minas. Eu até queria que ele voltasse lá para poder se inteirar dessas questões. Eu acho que ele não deve vir a Minas já há 10 anos ou mais e deve estar fechando os olhos para o que aconteceu em Minas Gerais, principalmente durante a gestão do partido em que ele está”.

Essa é a resposta do governador. Todo mundo que acompanha a política mineira sabe que aqui não há mentira nenhuma, que é exatamente o que aconteceu. Mas o ministro sentiu, ficou chateado. Vem agora com a declaração de que o cafezinho do Zema esfriou, por isso que o Zema está descontrolado. Ora, desde quando falar a verdade é descontrole? O governador foi cirúrgico na sua colocação. Ninguém do PT tem moral para falar do governo de Minas, porque o partido teve o pior governo da história do nosso estado quando Fernando Pimentel comandou Minas Gerais.

Por último, eu gostaria de dizer que a Suprema Corte dos Estados Unidos, de maneira absolutamente coerente com o regramento legal que eles lá têm, de forma unânime, todos os ministros da Suprema Corte de lá, os indicados pelos republicanos e pelos democratas, decidiu que Donald Trump tem o direito de participar das eleições americanas e tem o direito de estar na ficha de votação, respeitando o princípio da soberania popular, respeitando que o cidadão tem o direito de escolher quem ele quer na presidência do seu país. Agora, tamanha é a minha surpresa ao ler as manchetes da imprensa brasileira dizendo que isso é falta de democracia.

Olhem só, matéria da Míriam Leitão: “Democracia norte-americana mostra sinais de fraqueza ao não barrar avanço de Trump”. Reinaldo Azevedo: “Trump elegível prova que protegemos a democracia mais do que os Estados Unidos”. Olhem, para esses jornalistas que se julgam donos da verdade e melhores do que os outros, democracia é não permitir que o povo escolha; democracia é impedir aquele de quem eu não gosto, de quem eu discordo do processo eleitoral. Que tipo de democracia é essa? São absolutamente ridículos. O ex-presidente Donald Trump tem todo o direito de disputar, até por isso o julgamento foi unânime. Desejo a ele boa sorte e que ele possa liderar o processo de retomada da direita em todo o mundo. Muito obrigado, Sra. Presidente.