2ª REUNIÃO ESPECIAL DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 23/2/2024

Palavras da Sra. Selma Lúcia Lira Beltrão

Bom dia a todas e a todos. Quero inicialmente cumprimentar o 1º-secretário da Assembleia Legislativa de Minas e coautor do requerimento que deu origem a esta homenagem, nosso deputado Antonio Carlos Arantes, aqui representando o presidente da Assembleia, deputado Tadeu Martins Leite; o deputado Douglas Melo, coautor do requerimento que deu origem a esta homenagem e filho de Sete Lagoas, onde nós temos a nossa unidade de milho e sorgo; o secretário adjunto de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, representando o secretário Thales Almeida Fernandes; o presidente da Fapemig, Prof. Carlos Alberto Arruda de Oliveira; o superintendente de Relacionamento da Faemg-Senar, Francisco Maurício Barbosa Simões; o chefe da Embrapa Milho e Sorgo, Sr. Frederico Durães; a chefe-geral da Embrapa Gado de Leite em Juiz de Fora, Sra. Elizabeth Nogueira; o diretor de Ciência e Tecnologia do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário – Sinpaf –, Adilson Mota; e o superintendente do Ministério da Agricultura, Everton Ferreira, que eu tenho o prazer de rever depois de muitos anos.

Quero também cumprimentar todos os representantes gestores da Embrapa na Região Sudeste. Nós estamos aqui com 8 gestores das 10 unidades que temos na região: a Embrapa Solos, do Rio de Janeiro, com a Lourdes Brefin; a Embrapa Agroindústria de Alimentos, também do Rio de Janeiro, com a Edna; a Embrapa Territorial, com a Lucíola; a Embrapa Pecuária Sudeste, com o Alexandre Berndt; e – quase vou errar aqui, porque já teve outro nome – a Embrapa Agricultura Digital, com o Stanley. Está faltando mais alguém. A Embrapa Instrumentação, também de São Paulo, lá em São Carlos, com o Marconcini. E todos os empregados da Embrapa aqui presentes, que vieram de Sete Lagoas e também de Juiz de Fora.

É com orgulho e com gratidão que recebo, como diretora executiva da Embrapa, esta homenagem da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pelos 50 anos de nossa instituição. Esta solenidade tem um significado especial, porque fecha o ciclo de comemorações dos nossos 50 anos e permite que agora a gente possa seguir por mais 50 anos. Nós, da Embrapa, somos gratos pelas pontes construídas entre a nossa empresa e o setor público de Minas Gerais, onde temos importantes instituições estaduais de pesquisa e de extensão rural. Temos um histórico de parceria com a Emater, também com a Epamig, e com outras tantas instituições que compõem o ecossistema de inovação estadual e que fazem parte do ecossistema estadual de inovação de Minas Gerais.

Parte do sucesso da Embrapa, nesse 50 anos, deve-se à atuação do povo que aqui vive e trabalha, dos gestores públicos e dos parlamentares que têm apoiado a pesquisa agropecuária. Por essa parceria, senhoras e senhores, expresso os nossos agradecimentos com um sincero muito obrigada.

As duas unidades da Embrapa em Minas Gerais – a Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, e a Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, que também têm campos experimentais em Coronel Pacheco e em Santa Mônica – materializam o espírito visionário de líderes que, no início da década de 1970, perceberam que o futuro da agricultura se construiria com equipes multidisciplinares, abordagens sistêmicas e pensamento disruptivo. E os resultados daquela investida estão presentes hoje em todo o País.

A transformação do cerrado no principal polo agropecuário nacional teve contribuição significativa da Embrapa Milho e Sorgo, unidade situada em Sete Lagoas, que desenvolveu cultivares de milho tolerantes à acidez do solo. Hoje a unidade gera tecnologias, produtos e serviços que proporcionam retorno econômico, social e ambiental para o País, especialmente para as cadeias produtivas do milho, do sorgo e do milheto. Atua com sistemas agrícolas integrados e tem contribuído significativamente para a evolução de novos insumos biológicos, a exemplo do BiomaPhos, primeiro inoculante nacional para a mobilização biológica de fósforo, que pode reverter a alta dependência brasileira do mercado internacional de fertilizantes.

A Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora, é referência em produção animal, nutrição, ambiência e bem-estar para a produção de leite, melhoramento genético, desenvolvimento e manejo de forrageiras para o Brasil e os trópicos, bem como na geração de indicadores econômicos e análise dos mercados do leite nacional e internacional que fundamentam políticas públicas para o setor. Esses são apenas alguns exemplos de resultados das unidades da Embrapa situadas aqui, em Minas Gerais.

Mas nada do que alcançamos teria sido possível sem a atuação em rede com universidades, institutos federais de educação, instituições de pesquisa estaduais, instituições de fomento, parques tecnológicos e a assistência técnica e extensão rural, tampouco sem o engajamento do setor produtivo e dos produtores rurais. E não teríamos alcançado reconhecimento nacional e internacional sem o comprometimento dos cerca de 7.700 trabalhadores e trabalhadoras da empresa, dos quais 600 atuam aqui, no Estado de Minas Gerais.

É necessário ressaltar a importância do apoio dos senhores parlamentares à pesquisa agropecuária realizada no País. A participação ativa do Parlamento é histórica e tem sido fundamental para as instituições federais e estaduais que aqui atuam. Todo esse contexto nos torna ainda mais otimistas quanto a preparar a Embrapa para mais 50 anos.

A Embrapa seguirá inovando e confiante de que encontrará o apoio necessário para contribuir com o Estado de Minas Gerais e com o País. Ao olhar para o passado, é possível perceber o quão visionários foram aqueles que investiram na criação da nossa empresa e como foram importantes as áreas que eles desenvolveram. Muitas dessas áreas ainda eram poucas tradicionais. E hoje percebemos que a nossa responsabilidade é antecipar o futuro e agir agora, no presente. Nem todas as respostas estão dadas, mas as unidades da Embrapa estão na fronteira do conhecimento, e nossos pesquisadores, analistas, técnicos e assistentes atuam para que o Brasil supere rapidamente os principais desafios da agricultura mundial, que são a segurança alimentar, a segurança energética e a segurança climática, bem como gere tecnologias visando à necessidade de uma agricultura cada vez mais sustentável e inclusiva social e ambientalmente. E Estamos sempre atentos para atender às necessidades dos mais de 5 milhões de propriedades rurais do País.

Mais uma vez, muito obrigada. Contem sempre com a Embrapa. Contem sempre com a ciência brasileira. Um bom-dia a todos e a todas. Obrigada.