1ª REUNIÃO ESPECIAL DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 22/2/2024

Palavras do presidente (deputado Antonio Carlos Arantes)

Gostaria de cumprimentar este querido amigo Frank Sinatra Santos Chaves, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais. Cumprimento a minha querida amiga, essa revelação de parlamentar, nossa querida deputada Lud Falcão, coautora desse requerimento que deu origem a esta homenagem. Cumprimento também a Exma. Sra. secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico de Minas, Kathleen Garcia Nascimento; o vereador Braulio Lara, da Câmara de Belo Horizonte; a vereadora Marcela Trópia, representando o presidente; Guilherme da Costa Oliveira Santos, delegado de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, representando a nossa chefe de polícia, a competente delegada-geral Letícia Gamboge. Cumprimento também todos os presidentes, todos os dirigentes, todas as lideranças aqui presentes: o vereador Letinho, grande amigo, e os grande aliados, parceiros da nossa Casa e deste deputado.

O nosso presidente não pode comparecer, mas ele gostaria muito de estar presente e de dirigir essas palavras. Então eu o faço em seu nome. Mas, antes, Frank, eu gostaria de manifestar a nossa satisfação e a nossa alegria – não é Lud? – de poder homenageá-lo pelos 50 anos da nossa FCDL. Quando eu cheguei aqui, no início dos anos 2000, na época do governador Aécio Neves, que, hoje, é muito ligado ao agro, eu queria também trabalhar em outras áreas em que eu acreditava. Eu falo que, primeiro, é preciso ter fé – a gente tem que ter fé em Deus, gente – e, depois, temos que andar com as pessoas certas, procurar as pessoas certas. Não adianta você ter fé e andar mal acompanhado, não é Frank? Aí Deus colocou no meu caminho pessoas como Bruno Falci, meu amigo, e você, Frank. Eu conheci o Frank em um evento que nós fizemos aqui, numa audiência pública, e fiquei impressionado com a autenticidade, com a liderança, com a forma, com o seu espírito cristão na defesa das pessoas. Como se diz, Frank, foi casamento na hora. Eu falei: “Nesse a gente pode acreditar”. Cito outro amigo meu, que também se chama Frank, de Passos – não é, Frank? –, que é um entusiasta não só do nosso trabalho, e eu do trabalho dele, mas também do trabalho do próprio Frank, como tantos e todos do segmento.

Eu confesso que, nesses seis mandatos, iniciando o sexto, a CDL é muito próxima da gente, dos comerciantes, dos lojistas. O Lúcio Faria é um grande amigo da Fecomércio, assim como tantos outros. Nós vimos tantos desafios serem vencidos e tantas batalhas para vencer tantos desafios. Mas a Lud ainda falou da covid. Para mim foi um momento mais... (– Emociona-se.) Eu me emociono por muitos motivos. Primeiro pela injustiça que fez com o povo brasileiro e com os comerciantes. O tal do fecha-tudo foi o maior dos absurdos! Houve cidade que enfrentou, não fechou e os índices de mortes foram menores. A minha esposa estava precisando comprar alguns tecidos no sábado e perguntou: “Será que a gente acha uma loja lá no Barro Preto?”. Eu e minha esposa começamos a andar e achamos uma loja que abriu só um pouquinho. “Vamos tentar lá.” Era cedinho, e uma senhora, aparentemente com mais de 80 anos, estava prestes a entrar na loja, porém, por haver aquele reforço que se coloca debaixo da porta, tentou pular e não conseguiu. Tiveram que carregá-la e colocá-la para dentro. Na verdade, ela era a dona da loja. Esse foi um dos maiores absurdos que eu já vi na minha vida! Pareciam que eram bandidos que estavam ali: aquela senhora, uma infratora, e o cliente, também. Enfrentamos tudo isso. Então, Frank, essas pessoas, esses desafios, esses momentos nos fizeram ficar mais próximos ainda e a nos respeitarmos mais.

Nesta semana, tive uma tristeza ao passar pela esquina aqui perto. Em frente à banca, havia uma loja tradicional, a Elmo, que fechou as portas. Sinto uma tristeza quando vejo, no centro de Belo Horizonte, tantas e tantas lojas fechadas. Ontem eu estava vindo lá do Hospital da Baleia e conversando sobre a quantidade de lojas fechadas, comércios com placa “Aluga-se”. O Frank, uma vez, me disse que o sonho dele era ter algumas lojas no centro de Belo Horizonte, mas não achava um espaço, nunca conseguiu, e que, a partir de uns dois ou três, poderia abrir umas 50 lojas no centro de Belo Horizonte. Vejam o tamanho do desafio que nós estamos enfrentando e o risco também! Sabe, Frank, o trabalho que a CDL tem feito, bem como o da associação comercial – ACMinas –, da Fiemg, enfim, o trabalho de todas as federações sempre foi muito nobre e muito importante, mas, no meu entendimento, nunca houve um momento tão importante como este, de manter essas famílias ativas nas suas atividades. Donos de loja que, muitas vezes, têm aquele aluguel como a única renda da família... Muitas lojas estão aí fechadas. Então, minha querida Lud Falcão, ainda nós temos muito a trabalhar, muito para fazer e defender esse setor tão importante do nosso Estado e do nosso Brasil.

E, assim, diz o presidente: (– Lê:) “Desde sua criação, em 1973, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais – FCDL-MG – tem defendido com êxito os interesses do comércio de bens e serviços, setor que é protagonista na economia mineira. Hoje já são mais de 200 câmaras de dirigentes lojistas presentes em todas as regiões de Minas, com mais de 60 mil associados. Em recente manifesto publicado em comemoração ao seu cinquentenário, a entidade reafirma a importância de cada peça na engrenagem desse barco que não para de remar e que constitui a sua razão de existir. Ao longo desses 50 anos, a entidade tem contribuído para a evolução notável das CDLs, a fim de que elas sejam, cada vez mais, sustentáveis e precursoras em suas regiões, sempre levando em conta os princípios do empreendedorismo, do associativismo e da cooperação. A colaboração é o melhor caminho para o êxito, e essa foi a bússola e, ao mesmo tempo, a mola propulsora da federação para alcançar o seu destino. Feita de pessoas dedicadas e comprometidas, a entidade tem propósitos alicerçados no interesse coletivo e contribui decisivamente para o desenvolvimento da atividade comercial em nosso Estado.

Diante dos grandes desafios do setor, a FCDL tem atuado na construção de projetos para o desenvolvimento de Minas Gerais e mantendo o diálogo fundamental com o Parlamento mineiro nos mais variados temas. São pautas que abrangem da questão tributária à geração de empregos, do sistema de crédito à modernização das relações de trabalho, do apoio e inovação do varejo à desburocratização do Estado. Cada câmara de dirigentes lojistas instalada em uma cidade significa o fortalecimento do sistema associativista e o despertar da cooperação entre as empresas, o que resulta no avanço da atividade comercial daquela comunidade. O trabalho da federação tem sido referência altamente positiva para o setor produtivo e para a sociedade por entender as necessidades e as aspirações, especialmente dos micro e pequenos empresários do comércio varejista mineiro.

Na pessoa do presidente Frank Sinatra Santos Chaves, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais parabeniza a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas – a FCDL-MG –, desejando que sua atuação à frente das CDLs continue trazendo prosperidade para o nosso Estado. Seguiremos juntos aplaudindo o seu propósito de desenvolver e transformar, apoiando iniciativas e projetos em favor de Minas Gerais. Que vocês permaneçam sempre em movimento, que perpetuem esse espírito desbravador e sigam aglutinando forças em favor do coletivo”.

CDL, nosso gabinete estará sempre aberto e à disposição – não é, deputada Lud? –, com o Edílson, que é meu primo. Muita gente acha que ele é meu funcionário. Ele está direto lá. E é mesmo, viu, Edílson? Obrigado. É meu parente, viu, gente? Tenho um carinho especial por ele – patrimônio do nosso CDL.

Que Deus proteja muito os nossos comerciantes, os nossos dirigentes, os nossos lojistas! Que proteja o nosso Brasil, que está precisando de muita proteção! Muito obrigado a todos.