DEPUTADO SARGENTO RODRIGUES (PL)
Questão de Ordem
Legislatura 20ª legislatura, 2ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 09/02/2024
Página 133, Coluna 1
Indexação
Observação Procede-se à homenagem póstuma.
1ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 07/2/2024
Palavras do deputado Sargento Rodrigues
O deputado Sargento Rodrigues – Presidente, na verdade, a gente deveria ter feito essa fala logo na abertura dos trabalhos, mas o nosso presidente, deputado Tadeu Martins Leite, havia nos solicitado uma certa agilidade devido a compromissos que teria logo após as votações. Inclusive, houve um acordo para que não houvesse nem mesmo o pinga-fogo. Em detrimento disso, presidente, a gente acatou a solicitação do presidente, já que hoje, oficialmente, é o primeiro dia em que o Plenário abre após o retorno dos trabalhos. Presidente, nós queríamos dizer que é com profundo pesar e extrema consternação que trazemos aqui um fato que abalou toda Minas Gerais e que teve repercussão nacional, talvez até internacional. Refiro-me à morte covarde do Sgt. Roger Dias. Presidente, o Sgt. Roger Dias estava na Polícia Militar há nove anos, prestando relevantes serviços à sociedade mineira. Ele tinha 29 anos de idade, ou seja, uma vida toda pela frente. Era casado; deixou uma criança de cinco meses, órfã de pai, e uma esposa viúva também muito nova. Ele foi atingido com dois tiros na cabeça de forma covarde por um bandido. E o que nos entristece muito, presidente: daquelas pessoas, daquelas autoridades que defendem muito, veementemente, os direitos humanos, a gente não ouviu pronunciamentos vigorosos, eloquentes para tratar da dignidade humana de um policial militar que, de forma brilhante, defendia a nossa sociedade. Portanto, presidente, peço 1 minuto de silêncio em memória e em face da morte do Sgt. Roger Dias, da Polícia Militar de Minas Gerais.
Homenagem Póstuma
O presidente – É regimental. Vamos fazer 1 minuto de silêncio.
– Procede-se à homenagem póstuma.
O deputado Sargento Rodrigues – Presidente, dando continuidade, ainda dentro do nosso tempo: que Deus possa confortar a família do nosso querido Sgt. Roger Dias, a esposa, a mãe. Eu e o deputado Caporezzo tivemos a oportunidade de estar lá no enterro, assim como outros colegas – o deputado Junio Amaral também esteve presente –, e a gente pôde sentir a dor por que a família passa. Eu falo isso, presidente, até pela própria experiência que vivi dentro da instituição Polícia Militar. Esperamos agora, presidente, que a morte do nosso companheiro Sgt. Roger Dias não seja em vão e que realmente haja celeridade, inclusive, na votação em Plenário no Senado para o fim da saidinha. A única coisa que essa saidinha faz é beneficiar – é algo extremamente benevolente – o criminoso contumaz. Lembramos, presidente, que, mesmo o Ministério Público de Minas Gerais sendo contrário à saidinha uma vez que, durante as saidinhas, o criminoso já havia praticado outros três crimes no ano passado, a juíza da Vara de Execução Penal da Comarca de Ribeirão das Neves a concedeu. E, no jargão policial, no meio policial, eles dizem claramente que a juíza ajudou a apertar o gatilho na cabeça do nosso companheiro. Fica aqui registrada a nossa fala em meu nome e no nome do companheiro deputado cabo Cristiano Caporezzo, do Charles Santos, do Delegado Christiano Xavier e também da nossa colega deputada Delegada Sheila. Muito obrigado, presidente.