25ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 9/10/2023

Palavras do Sr. Antônio Pitangui de Salvo

Uma boa-noite a todos. Inicialmente, de forma bastante rápida, mas com muita importância e com muito carinho, quero agradecer ao 1º-secretário da Assembleia de Minas Gerais, coautor do requerimento que deu origem a esta homenagem, deputado e amigo Antônio Carlos Arantes, representando, neste ato, o presidente da Assembleia, também amigo, Tadeuzinho; e ao Exmo. Sr, deputado Adriano Alvarenga, autor do requerimento. Ficamos nós todos – todos que estão aqui são do nosso sistema – muito felizes com esta homenagem. Muito obrigado, deputado.

Exmo. Sr. secretário de Estado, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales de Almeida Fernandes, também amigo, representando o Exmo. governador do Estado, Romeu Zema, muito obrigado pela presença e muito obrigado pela parceria e pela Seapa estar sempre conosco nas dificuldades que temos enfrentado. Deputado Roberto Andrade, grande amigo que tem nos acompanhado e nos ajudado muito dentro desta Casa, muito obrigado pela presença.

Deputado federal Lafayette de Andrada, precisamos muito da Câmara Federal neste momento. Precisamos muito, como produtores rurais que somos, ser entendidos e reconhecidos para que a gente possa continuar fazendo, de forma firme e sustentável, a produção de alimentos tão necessária não só para suprir a mesa de mineiros e brasileiros, mas também de todo o Brasil e de boa parte do mundo. É muito importante o trabalho na nossa Câmara Federal. Mas, mais do que isso, precisamos do entendimento do que fazemos e do entendimento de como somos para que a gente possa ter tranquilidade no campo e continuar produzindo.

Superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, meu amigo Celso, temos muito trabalho pela frente e não vamos nos curvar desse pleito grande que temos.

Meu amigo presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a nossa Cooxupé – se não for a maior, é a maior cooperativa de café do mundo. É um prazer estarmos juntos e alinhados não só com a sua cooperativa, mas também com os demais sistemas de cooperativismo de Minas Gerais, seja de produção, seja de crédito, seja de cooperativas de café, seja de cooperativas mistas, para que possamos continuar avançando e mostrando o que fazem esses homens e mulheres de mãos calejadas e, muitas vezes, pintadas pelo sol, já que somos obrigados, no dia a dia, a passar debaixo dele. Mas fazemos isso com orgulho, dedicação e afinco, para fazer o mais belo dos ofícios, que é produzir alimentos de que, desde a história antiga, a população carece. Nós só nos tornamos homens civilizados a partir da agricultura, onde pudemos viver em conjunto e em sociedade, produzindo os alimentos não só para a família pré-histórica, mas também para as famílias que se uniram e formaram as comunidades, as cidades. E, hoje, temos este mundo como ele é graças, em parte, à nossa agricultura.

O Senar, representado não por Celso e por mim, mas – muito bem lembrado por esta Casa, que é a Casa do povo mineiro – por parte dessas pessoas que aqui estão, ou seja, pessoas que trabalham, cada uma na sua posição, dentro da sua atividade, mas formando o maior Senar do Brasil, formando e trabalhando para qualificar, trazer inovação e mostrar um caminho de que tanto precisa o nosso pequeno, médio e grande produtor rural. Cada um do seu jeito! Desde os nossos bons e simpáticos motoristas até os que nos servem todos os dias, até o nosso mais qualificado funcionário. Não existe diferença entre nós! Somos todos um povo só, uma federação num Senar único, e vamos, cada vez mais, continuar juntos com a mira bem alinhada – no bom sentido de mira –, para transformar a vida dos nossos produtores rurais. É isso o que nós vamos fazer e continuar fazendo!

Esta história nossa dos 233 funcionários que temos dentro do sistema, dos 10 gerentes regionais, dos 433 agentes de desenvolvimento rural, dos 599 instrutores, dos 94 tutores de cursos técnicos, dos 400 alunos da recém-criada Faculdade CNA e, para ser mais preciso, das 3.480.044 de pessoas atendidas durante a nossa história e dos 233 mil cursos ministrados por todos que passaram por dentro desse sistema... E, agora, recentemente, a partir de 2006, a nossa Assistência Técnica e Gerencial, trouxe, junto com a já conhecida Formação Profissional Rural e Promoção Social, um auxílio ainda mais forte para os nossos produtores para que eles, também carentes de assistência técnica, mesmo entendendo o trabalho excepcional que faz a nossa Emater e o nosso governo de Minas hoje – eu posso falar isso com muita tranquilidade porque temos um alinhamento muito útil, muito bom e muito maduro com a nossa Emater... Nós trabalhamos em 13 cadeias com 560 técnicos de campo, 42 supervisores, 4 técnicos máster e já atendemos 31 mil propriedades. Parece pouco, mas é bastante a transformação que fazemos dentro dessas propriedades. E, quando eu digo “nós”, somos nós todos, porque essa transformação é necessária. Só quem vive no campo – eu sei, Srs. Deputados, que vocês são homens que nos conhecem – sabe da carência que nós temos, da necessidade que temos de conhecimento, ou seja, homens e mulheres ávidos por conhecimento, por saber, por inovação; mais do que isso, por uma fortíssima certeza de, findada uma semana, uma quinzena ou um mês, que possam continuar no seu ofício, seja na pecuária de leite; seja na cafeicultura, onde nós lideramos e onde Minas Gerais lidera; seja em outros segmentos como o setor sucroenergético, já homenageado aqui muito merecidamente; seja nas florestas plantadas; seja em outros setores onde os grãos estão crescendo muito em Minas; seja na pecuária de corte e na floricultura. Enfim, é o Estado mais diversificado! Esses homens e mulheres precisam ter essa garantia de continuarem no campo. Não há mais lugar para esse pessoal nas cidades. Nem para os que já estão aqui há mais lugar! E nós temos a obrigação de mantê-los, mas mantê-los no campo com vida digna. Não é para ficar no campo com a vida indigna, com a vida que não condiz com o século XXI em que nós vivemos.

Então, depois dessas três décadas, eu me sinto um sortudo por estar presidindo o Sistema Faemg e por ser presidente do conselho administrativo do Senar, com a minha diretoria e com os colaboradores. Uma parte dos meus colaboradores aqui estão, mas não todos, e nem poderiam estar porque eles têm que estar no campo, trabalhando, porque amanhã temos serviço. Apesar de ser uma semana com feriado no meio, para nós não existe isso, não. Nós precisamos! Esse agro nosso não para e nem pode parar.

O conhecimento hoje é fundamental. A falta de conectividade, muitas vezes existentes no campo, impossibilita esse conhecimento, e o que o possibilita são os nossos técnicos, os nossos instrutores, que levam esse conhecimento, dia após dia, para que a gente continue avançando.

Os nossos sindicatos rurais são peças fundamentais, e aqui temos alguns dos presidentes, que são as nossas células municipais, que nos ajudam e que cumprem, trazendo a ponte do que o campo quer para o nosso Sistema Faemg-Senar. Um abraço para vocês, meus presidentes! Vocês podem contar conosco, porque nós vamos transformar Minas e o Brasil definitivamente.

Garantir a segurança alimentar e garantir alimentos de forma sustentável não se faz com narrativa, se faz com trabalho sério e bem-feito, como nós, produtores rurais mineiros, fazemos.

As narrativas que nos são impostas, muitas delas sem embasamento, não vencerão o trabalho, a resistência e a resiliência de nós, produtores rurais, que, junto com o Senar, junto com o conhecimento e de mãos dadas com Deus, vamos continuar a transformar a vida desses homens e mulheres que merecem. Muito obrigado a todos. Viva o nosso Senar! Obrigado a vocês que me ajudam todos os dias.