28ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 13/9/2023

Palavras da deputada Chiara Biondini

A deputada Chiara Biondini – Boa tarde, presidente. Um deputado falou aqui, anteriormente, sobre a viagem do nosso governador à Europa. Ele está olhando diversas empresas para o nosso estado. Pior é o nosso presidente: quando um estado, o Rio Grande do Sul, está embaixo d'água, ele vai para a Índia; a primeira dama falando que vai fazer dancinha; quer comprar um avião de R$400.000.000,00. É lamentável – não é? – ver o nosso presidente fazendo isso. Mas o meu assunto mesmo aqui hoje é a questão do aborto, da ADPF nº 442, que a ministra Rosa Weber colocou em pauta no STF. Na semana passada, eu fiz uma audiência contra o aborto, contra a ADPF nº 442. Já vamos tecer aqui uma nota de repúdio contra essa ADPF, mas volto novamente para dizer que é inadmissível. Quando uma mulher faz sexo consentido, ela está assumindo os riscos da gravidez, não é uma gravidez indesejada. Ela tem que saber as consequências daquele ato. Não existe hoje nem um método contraceptivo que seja 100% seguro. Eu acho que a mulher tem que ter consciência do ato sexual na hora em que ela toma essa decisão. Então é inadmissível e inaceitável que o STF queira aprovar o aborto em até três meses de gestação. Não muda nada a vida desse bebê para a nossa vida. Então a gente não pode aprovar o assassinato no nosso país. Quero ressaltar que, nos países onde o aborto foi aprovado, diminuiu-se, e muito, o número de nascimentos de crianças com síndrome de Down. Essa é uma prática que foi usada no nazismo, presidente, uma prática de eugenia, em que a gente escolhe quem deve nascer e quem deve morrer. Então quero dizer que nós, ao aprovarmos o aborto, falaremos quem deve morrer e quem deve viver? Inadmissível! Nós somos contra a ADPF nº 442. Ministra Rosa Weber, repense, por favor. Obrigada, presidente.