55ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 22/8/2023

Palavras do deputado Antonio Carlos Arantes

O deputado Antonio Carlos Arantes – Sr. Presidente, nobres colegas, o meu encaminhamento é bastante rápido, mas, antes, eu queria registrar a presença do prefeito da cidade de Botelhos, Eduardo José de Oliveira, e do vereador Divino. Está aqui também o Jeferson, o Chaves e várias outras lideranças da cidade de Botelhos, nossos grandes parceiros que têm feito um grande trabalho naquela cidade. Inclusive, o governador esteve lá, na semana passada, e ficou muito feliz com o que viu naquela cidade.

Também quero falar rapidamente do nosso Projeto de Lei nº 3.032/2021, que institui a Política Estadual dos Bioinsumos, ou seja, os biofertilizantes. Hoje o Brasil e o mundo estão buscando avançar muito na produção desses biofertilizantes, ou seja, são os fertilizantes que você vai buscar nos próprios resíduos da avicultura, da suinocultura, da bovinocultura e também da cana-de-açúcar. Ou seja, os biofertilizantes são importantíssimos para a sustentabilidade ambiental, sem contar que isso também é muito bom em relação às questões econômicas. Hoje já temos tecnologia que faz com que esses biofertilizantes também tenham preços bastante acessíveis, gerando um produto de qualidade e também gerando produtividade. No passado, isso foi muito discutido, muita gente teve muita frustração, mas hoje nós podemos falar de muita tecnologia, tecnologia de ponta.

E hoje é totalmente possível você produzir usando os biofertilizantes, os fertilizantes orgânicos. Isso não significa que vão substituir os químicos, porque é impossível, num mundo com mais de 7 bilhões de pessoas, você alimentar todos apenas à base de produtos orgânicos, através dos biofertilizantes. Inclusive, há poucos dias, aprovamos aqui também um projeto de nossa autoria que foi da viabilização do biogás em Minas Gerais, ou seja, são dois projetos importantes que tramitaram e foram aprovados por nossos deputados. Espero que esse, em que se busca a sustentabilidade ambiental, também seja aprovado – e será; não tenho dúvida.

Sempre tive essa aptidão, essa linha de ação nesse sentido, mas esse projeto teve uma grande contribuição, para mim, da maior autoridade do agro, da pesquisa, da prática do agro no Brasil: o Dr. Alysson Paolinelli. Infelizmente o Brasil e o mundo o perderam cerca de um mês atrás. O Dr. Alysson Paolinelli era um dos grandes entusiastas da utilização dos biofertilizantes e também do grupo de estudo da EducaAgro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, um pessoal ligado à universidade de Lavras, como a Ana Karoliny Alves Bezerra, o Fernando Acácio de Oliveira, o Jildson Oliveira, a Maria Iderlane de Freitas, a Mariza de Almeida, o Murilo Nunes Valenciano, a Nayara Magalhães Gonçalves e também a Talita Késia de Almeida e Silva. Esses nomes eu faço questão de mencionar porque são jovens ligados à universidade, jovens que trabalham muito na área dos biofertilizantes.

Eu tenho certeza de que esta Casa hoje, aprovando este projeto, dará um grande passo na produção dos biofertilizantes e também um grande passo na busca da sustentabilidade ambiental. Hoje isso é possível. Eu falo que, na minha região hoje, inclusive pessoas muito ligadas à gente, produzem café à base de biofertilizante, com produtos orgânicos, usando a própria massa orgânica na sua propriedade, transformando-a em fertilizante e produzindo café de altíssima qualidade, com altíssima produtividade e com custos menores. A Maria Clara é uma grande produtora de café. Maria Clara, tenha certeza de que hoje já é muito possível buscar essa transição para os biofertilizantes como também trabalhar os pós de rochas. Está acontecendo um grande projeto na cidade de Uberlândia também, na região de Papagaios, onde se aproveita o pó de rocha também das pedras que são produzidas lá. Não me lembro do nome das pedras, mas esses pós são aproveitados, um resíduo que ali atrapalharia o meio ambiente e que hoje é transformado em fertilizante. No caso de Uberlândia, é o basalto, que vai ser, se Deus quiser, a grande riqueza – já está sendo – do Brasil também. Ele está sendo produzido em Uberlândia. Ou seja, é uma transição da agricultura convencional, buscando alternativas que se viabilizam, gerando emprego, gerando renda e também sustentabilidade ambiental e saúde das pessoas. Muito obrigado a todos.