Pronunciamentos

DEPUTADO CAPOREZZO (PL)

Discurso

Solicita posicionamento de parlamentares de esquerda com relação a crime de homofobia que teria ocorrido na Venezuela e às “queimas de arquivo” que estariam ligadas a crimes como as mortes de Celso Daniel e de Marielle Franco.
Reunião 52ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 1ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 10/08/2023
Página 74, Coluna 1
Indexação

52ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 8/8/2023

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente; boa tarde, colegas deputados. Primeiramente já faz, na minha contagem aqui, 17 dias que nenhum parlamentar LGBT falou absolutamente nada a respeito da prisão dos 33 homens que estavam em uma sauna gay na Venezuela. Quando a homofobia é de esquerda, aí é a homofobia do bem, e ninguém fala nada e todo mundo fica calado, porque sabe que o ditador da Venezuela é amigo do molusco. Então, mais uma vez, o movimento LGBT se cala aqui, dentro desta Casa.

Olha, eu fico muito impressionado com a quantidade de coincidências que envolvem crimes gravíssimos de assassinato no Brasil envolvendo a esquerda. O caso mais emblemático de todos é o caso do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, que foi torturado e assassinado, sendo que oito pessoas envolvidas no caso que seriam testemunhas ou investigadas de alguma forma simplesmente morreram, seis delas assassinadas. Depois, veio o caso também do Toninho do PT, ex-prefeito de Campinas – todo mundo se lembra desse caso. E ainda o caso do Bancoop: duas pessoas relacionadas ao triplex e que falaram que não era do Lula também morreram de maneira bastante intrigante.

Agora, o que chamou a atenção nesta semana foi o caso da defunta mais chata do Brasil: Marielle Franco, constantemente utilizada pela esquerda para perguntar: “Quem matou Marielle?”. Ora, essa resposta, a princípio, já existe; ele se chama Roni Lessa, que teria sido o mandante. Mas eu queria saber por que essas mesmas pessoas, esses mesmos políticos que tanto se preocupam com o caso Marielle se calam misteriosamente a respeito dos cinco assassinatos envolvendo pessoas que seriam investigadas ou teriam algo a testemunhar a respeito desse caso Marielle Franco. São eles: Edmilson Macalé, suspeito-chave do caso – morto; ex-capitão Adriano da Nóbrega, suspeito de liderar o Escritório do Crime – morto; Sgt. Luiz Cláudio, o Orelha, braço direito do Cap. Adriano – morto; Hélio, o Senhor das Armas, executado a tiros; Lucas Todinho, suspeito de clonar o carro de Marielle – morto; e agora a notícia da semana: ex-vereador Zico Bacana, que chegou a ser investigado na CPI das Milícias, foi assassinado juntamente com seu irmão Jorge Tavares. Ele já tinha sido vítima de uma tentativa de homicídio, e aí de repente um carro passou atirando e o matou; pessoas dentro de um carro passaram atirando e mataram o ex-vereador Zico Bacana. Nem um assalto não foi, simplesmente atiraram nele e mataram.

A esquerda não vai falar nada? Onde estão os parlamentares do Psol, o pessoal do PT? Eles são ótimos para levantar a bandeira: Ah, Marielle vive! Vive enchendo o saco. Na hora de tomar uma postura séria, ninguém fala nada. Toda vez é a mesma coisa: o tempo inteiro utilizando a imagem dessa senhora, que infelizmente foi assassinada, infelizmente; e para a nossa infelicidade também, já que temos que ficar com o ouvido doendo de tanto ouvir falar dela. Aí todo mundo está ali, ó, levantando bandeira. Entretanto, toda vez que aparece o nome de alguém que está relacionado com o crime, que está num caso claro de queima de arquivo, parece que ninguém tem interesse mais em saber o que aconteceu com essa mulher, todo mundo se cala. Mas a pergunta que realmente não pode calar e que eu não vou deixar morrer é outra: quem mandou matar Jair Messias Bolsonaro? A direita vive em Minas Gerais! Obrigado, presidente.