DEPUTADO BRUNO ENGLER (PL)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 1ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 04/08/2023
Página 124, Coluna 1
Aparteante CHIARA BIONDINI, CORONEL SANDRO
Indexação
51ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 2/8/2023
Palavras do deputado Bruno Engler
O deputado Bruno Engler – Boa tarde, Sra. Presidente. Boa tarde a todos os colegas aqui presentes e a todos que estão acompanhando esta reunião. Eu quero começar falando novamente sobre os fatos ocorridos, no dia 8 de janeiro, sobre os quais todos nós queremos esclarecimentos. Todos nós queremos saber o que aconteceu, mas parece que o governo Lula não quer colaborar, depois de o inquérito das Forças Armadas apontar erro do governo Lula na gestão do 8 de janeiro. E fica o questionamento: será que foi erro mesmo ou será que foi intencional para que aquela situação acontecesse?
Agora, a gente tem um ministro da Justiça que se nega a ceder à CPMI as filmagens do Ministério da Justiça, aliás, como o próprio Lula havia se negado a ceder as filmagens do Palácio do Planalto, que vazaram e mostraram o seu então chefe do GSI, o Gen. G. Dias, no mesmo ambiente daqueles que invadiram o palácio. Ora, quem não deve não teme! Por que não ceder as imagens? Por que não transparência? Será que eles têm algo a esconder? É muito fácil apontar o dedo e dizer: “Olha, foram eles, os bolsonaristas malvados”. Então, vamos trabalhar para que possamos descobrir toda a verdade, para que a gente chegue, de fato, ao que aconteceu. Ora, ministro, mande as imagens para a CPMI, vamos mostrar para todo mundo o que aconteceu nos prédios do Ministério da Justiça, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal, e vamos demostrar, sim, a negligência absurda do governo Lula nesse caso.
Além disso, eu quero falar aqui da questão que aconteceu, em São Paulo, do assassinato, da execução do Sd. Patrick, da Rota. O Sd. Patrick, policial militar, estava trabalhando, cumprindo o seu dever, para garantir a segurança dos cidadãos paulistas e foi morto por um sniper do tráfico. O tráfico, o crime organizado agora tem sniper. Mas isso não gerou surpresa, não gerou revolta nos ministros do Lula. Sabe quando eles vieram a público? Quando a polícia reagiu, quando a polícia matou vagabundo em confronto. Aí veio o ministro Flávio Dino dizer que foi uma reação desproporcional. Será que o ministro dos Direitos Humanos ligou para a família do Sd. Patrick? Será que o ministro dos Direitos Humanos foi visitá-los e ver se eles precisavam de alguma coisa? Não! Claro que não, eles se preocupam é com os vagabundos. Inclusive, neste mês de agosto, vai haver a Caravana de Direitos Humanos, em que o ministro vai visitar presídios do País inteiro, para ver se os vagabundos estão sendo bem tratados, porque eles não se preocupam com policial, ele se preocupam com bandidos. É uma vergonha! Por isso eu quero deixar os meus parabéns ao Cap. Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo; ao governador Tarcísio, pela Operação Escudo. Se tiver que morrer mil vagabundos, que morram mil vagabundos; se tiver que morrer 1 milhão de vagabundos, que morram 1 milhão de vagabundos. Eu prefiro mil bandidos na bala a uma gota de sangue derramada de um policial, de um homem de bem.
Por fim, eu quero falar da situação lamentável que a gente viu aqui, em Belo Horizonte, do estupro de uma jovem, que ocorreu na última madrugada de sábado para domingo. Em primeiro lugar, eu quero me solidarizar com a jovem, com a sua família. E quero dizer aqui, desta tribuna, o que eu gostaria que acontecesse com o estuprador. Eu gostaria que ele fosse castrado ou morto, tão simples quanto isso, porque uma figura, um demônio, que é capaz de pegar uma mulher desacordada, carregá-la por quilômetro, levá-la para um campo de futebol e estuprá-la, não tem ressocialização, não tem que ter direitos humanos, não tem que se preocupar se os direitos dele estão sendo garantidos. A solução para isso vem em diversos calibres, é bala na cabeça ou então castração.
A gente vê o pessoal da esquerda vir aqui e se compadecer, falar do machismo estrutural, de não sei o quê, de que a culpa é dos homens. Mas, quando a gente sugere esse tipo de coisa, aí não, aí fere os direitos humanos. Quando o então deputado Jair Bolsonaro propôs a castração química para estupradores, na Câmara dos Deputados, a esquerda se opôs, porque feria os direitos humanos do vagabundo, porque ia fazer mal ao estuprador. Nós estamos cansados! É uma vergonha a gente ter um governo assassino de policial! É uma vergonha a gente ter um governo que se preocupa com estuprador.
Pelo amor de Deus! Nós queremos direitos humanos para humanos direitos. A gente quer saber que o Estado, que o governo está se preocupando com o cidadão de bem, está se preocupando com o policial. Então, esta é minha ideia: bandido bom é bandido morto; direitos humanos para humanos direitos. Eu não tenho dó nenhuma de quem atira contra policial ou de que estupra uma pessoa em vulnerabilidade.
A deputada Chiara Biondini (em aparte) – Infelizmente nós precisamos falar dos primeiros meses do governo Lula, governo infelizmente de retrocesso. Eu colocarei aqui alguns pontos desses primeiros meses. Demonstrou forte apoio a ditadores, como Nicolás Maduro e Daniel Ortega, que persegue explicitamente a Igreja Católica, prendendo padres, bispos e expulsando freiras. Prometeu picanha na campanha e cervejinha aos brasileiros, mas entregou abóbora. Indicou seu advogado pessoal para uma vaga no STF, que será ocupada pelos próximos 28 anos, mas na campanha se dizia contra. Insinuou que pessoas com transtorno ou deficiência intelectual são pessoas com problemas de desequilíbrio de parafuso, o que é lamentável. Afirmou, no foro de São Paulo, que tem orgulho de ser chamado de comunista e que historicamente combate os costumes, a família e o patriotismo. Gastou mais de R$7.000.000,00 em hospedagens em só 12 viagens. Relativizou o conceito de democracia para exaltar a ditadura da Venezuela. Lula retirou a assinatura do Brasil da Aliança Internacional Antiaborto. Recusou adquirir vacinas contra a dengue, já aprovadas pela Anvisa. Irônico, não? Com Lula no poder, o MST se sentiu à vontade e fez com que as invasões a propriedades privadas explodissem, com 56 invasões de janeiro a maio deste ano. Por fim, o governo liberou R$7.400.000.000,00 em emendas parlamentares em véspera de votações. Graças a Deus, o deputado Eros Biondini foi um dos que menos recebeu emenda.
Então é lamentável ver como o Brasil tem caminhado após a saída de nosso eterno presidente Bolsonaro, deputado Bruno Engler, mas nós aqui, de direita, continuaremos firmes e lutando pela família e pela nossa pátria. Obrigada.
O deputado Coronel Sandro (em aparte) – Obrigado, deputado Bruno Engler. Quero parabenizar a deputada Chiara Biondini pelas verdades que ela disse aqui, neste Plenário. Realmente hoje o Brasil se aproxima muito mais de uma ditadura que de uma democracia. E os atos praticados por esse presidente condenado por tribunais aqui, no Brasil, realmente são de envergonhar a nação brasileira.
Mas eu vim aqui também, deputado Bruno Engler, para, além de parabenizar V. Exa., exaltar e elogiar a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a postura do governador Tarcísio de Freitas, quando, diante do assassinato covarde do soldado Patrick por um sniper, um atirador do PCC, bandido treinado para matar policiais, o governador colocou a polícia nas ruas, foi atrás dos envolvidos no crime, prendeu 10. Aqueles que ousaram enfrentar a Polícia Militar tiveram o que mereceram. Tiveram todos os CPFs cancelados e, graças a Deus, muito bem cancelados, porque nós não desejamos a morte de ninguém, mas, num confronto entre o policial que protege a sociedade, inclusive protege uma deputada desta Casa… São três policiais militares que não usam farda e a protegem. Como é, deputada, que a senhora disse? Menos farda e mais segurança. Deve ser porque eles não usam farda e estão protegendo a senhora que a senhora deve ter dito isso. Se tiver que morrer, que morra o bandido, o policial militar não deve morrer, o policial civil não deve morrer. Aliás, qualquer policial não deve morrer porque eles saem às ruas para nos proteger desses bandidos que hoje, infelizmente, encontram uma leniência e uma proteção no Estado brasileiro. Todo governo que é leniente com bandido é cúmplice da criminalidade. Então ficam aqui os meus parabéns ao governador Tarcísio de Freitas e à Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Já vou concluir, Sra. Presidente. Além disso, eu gostaria aqui de exaltar e deixar registrado o depoimento do ex-diretor-geral da Abin na CPMI, que elucidou coisas importantíssimas. Uma das principais é que ele recebeu ordem do seu chefe, o Gen. G. Dias, o general do Lula, para apagar informações de relatórios de inteligência da Abin referentes ao 8 de janeiro. Ele denunciou que nos dias antecedentes encaminhou às autoridades 33 relatórios de inteligência alertando da possibilidade do perigo de invasão aos prédios dos três Poderes. O que fez o governo Lula? Retirou toda a segurança, não acionou o Plano Escudo, que é acionado quando se tem informações – e tinham as informações – de que invasões e depredações podem ocorrer aos prédios das sedes dos Poderes. Então ele acaba de denunciar a farsa que montaram para tentar incriminar apoiadores do presidente Bolsonaro e opositores que não concordam com a presidência de um ex-condenado, que infelizmente está lá, mas está fazendo muito mal para o Brasil. Obrigado, deputado Bruno Engler.
O deputado Bruno Engler – Obrigado, deputado Coronel Sandro. Eu agradeço as contribuições de V. Exa. Acho importante retornar a esse assunto da CPMI e dos fatos do dia 8 de janeiro. Há outro detalhe que havia esquecido de trazer mais cedo: recentemente o senador Cleitinho levou à CPMI o vídeo de uma suposta bolsonarista que estava ali para derrubar o Lula, para defender o interesse do Bolsonaro. Ela chama o Bolsonaro de tudo quanto é nome, faz diversas ofensas e afirma que o Bolsonaro tem que morrer. Inclusive essa mulher vai ser chamada para depor na CPMI, para esclarecer de fato qual era a sua posição, quais eram as suas intenções. Mas V. Exa. colocou muito bem: é tudo muito estranho nessa história. A gente tem comprovadamente que o Ministro da Justiça foi avisado um dia antes que poderia haver invasões. Isso já foi mostrado pelo pessoal do governo do Distrito Federal. A gente tem um Plano Escudo que não foi executado. Existem militares que estavam previstos para esse tipo de coisa, para defender a Praça dos Três Poderes e para defender o Palácio do Planalto. V. Exa. deve se lembrar que durante o governo Jair Bolsonaro, inclusive quando nós fizemos diversas manifestações pacíficas na Esplanada dos Ministérios, havia todo um aparato de segurança que vinha desde antes do Hall das Bandeiras. A gente não conseguia chegar nem perto dos prédios. E de repente, no dia 8 de janeiro, pôde-se acessar a Praça dos Três Poderes. O batalhão que deveria proteger o Palácio do Planalto não estava mobilizado; o general chefe do GSI do governo Lula estava lá dentro praticamente se confraternizando com aqueles que ali invadiram. A gente tem um presidente que se recusa a divulgar as câmeras do Palácio do Planalto e um ministro da Justiça que se recusa a divulgar as câmeras do Ministério da Justiça. É teoria da conspiração? Ora, se eles querem que a verdade venha à tona, por que não ter transparência, por que não mostrar os registros das câmeras, por que não deixar que o público tenha acesso e entenda o que aconteceu naquele dia 8 de janeiro?
É muito importante a informação que V. Exa. traz. Além das diversas coisas que foram feitas erradas, dos diversos procedimentos que não foram seguidos, há tentativa de acobertar, há tentativa de apagar rastro, há tentativa de esconder o que aconteceu naquele dia. Ora, é esse pessoal que quer elucidar a verdade? É esse pessoal que quer punir os culpados, ou esse pessoal quer ver na cadeia senhorinhas que estavam rezando o terço na porta do quartel, que estavam fazendo um círculo de oração, que nem sequer chegaram a ir à Praça dos Três Poderes? Muitos dos que foram presos no dia 8 de janeiro foram presos por estarem no acampamento e sequer foram aos locais depredados. Mas não há interesse em trazer a verdade à tona. Há interesse em impor uma narrativa, em apontar o dedo e dizer: “Foram eles que fizeram e pronto, acabou”. Graças a Deus, o tempo tem trazido informações que demonstram a incoerência e a falta de verdade deste governo para com o que aconteceu no dia 8 de janeiro. Como diz o presidente Jair Bolsonaro, “conhecereis a verdade” – está na Bíblia, em João, 8:32 –, “e a verdade vos libertará”. Que a verdade venha à tona e nos liberte dessa mentira que está sendo espalhada aos quatro ventos no nosso país. Muito obrigado, Sra. Presidente.