Pronunciamentos

DEPUTADA CHIARA BIONDINI (PP)

Discurso

Manifesta solidariedade à jornalista Delis Ortiz, agredida durante entrevista do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Questiona deputadas sobre a solidariedade seletiva às mulheres.
Reunião 10ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 1ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 02/06/2023
Página 16, Coluna 1
Assunto MULHER. SEGURANÇA PÚBLICA.

10ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 31/5/2023

Palavras da deputada Chiara Biondini

A deputada Chiara Biondini – Bom dia, presidente. Eu imaginei que a deputada que me atendeu estava falando a meu respeito. Que bom que me citou ao final. Eu não estou me unindo a ninguém e a discurso nenhum, mas existe, sim, uma seletividade das mulheres em defender principalmente as mulheres da esquerda.

Foi um dia triste para o País ter um ditador no nosso país, ao lado do nosso presidente; um país democrático, que é o nosso, e o nosso presidente ao lado de um ditador. Mas mais triste ainda foi ver que a equipe desse ditador deu um soco em uma mulher, Delis Ortiz, e muitas mulheres se calaram. São mulheres que, dia e noite, vêm ao microfone, vêm ao Plenário defender mulheres, defender agressões, e estão certas. Nenhuma mulher deve ser agredida. Nenhuma mulher deve ser humilhada. Mas se calaram diante de Delis Ortiz. Isso não é novidade; calaram-se também diante do grito e da violência que sofreu a deputada Julia Zanatta, na Câmara dos Deputados. Eu também tive o meu suplente falando de mim de forma covarde e machista. Vários deputados desta Casa prestaram solidariedade, abraçaram-me, falaram comigo, mas quase nenhuma deputada mulher. Então já quero usar a minha fala para dizer que a gente tem que se unir, sim. Somos poucas – eu me dou bem –, mas unidas em prol de todas as mulheres, inclusive das mulheres que defendem o conservadorismo, das mulheres da igreja, das mulheres de direita. Então fica aqui a minha solidariedade à Delis Ortiz, que sofreu uma violência absurda do ditador venezuelano. Obrigada.