3ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 17/4/2023

Palavras do deputado Oscar Teixeira

O deputado Oscar Teixeira - Boa tarde, presidente; cumprimento todos os parlamentares desta Casa, que, muito bem, propuseram esta reunião especial em que estamos hoje, juntos; cumprimento todos os secretários e chefes de polícia, que aqui estão. Muito obrigado.

Como deputado, presidente da Comissão de Esporte, Lazer e Juventude, quero aqui também explanar a todos vocês e à nossa sociedade mineira. Esta Casa já discutiu inúmeras leis; várias discussões foram feitas ao longo do tempo e, algumas delas, em cima de temas que mais chamaram a atenção da sociedade. Lembro-me, inclusive, do que aconteceu em Janaúba, em 2017, na região do extremo Norte. Mas, na verdade, eu, Oscar, como professor, como ex-diretor de escola estadual, como gestor de ensino superior e como ex-prefeito, que também geriu escolas municipais, quero falar que a escola está doente há muito tempo. Na verdade, os nossos alunos, as famílias, elas estão desprovidas, com problemas para poder criar seus filhos. É uma realidade que enxergo. É dentro da escola, Prof. Igor, que, de verdade, a diversidade de situações se encontra onde o professor vai ministrar e vai conseguir, ou não, atingir os objetivos que ele mais quer. Diante disso, ao pegar todas essas situações, as discussões são complexas. Quero aqui também falar, quanto a governos, que muitos governos deixaram a desejar, e, é lógico, contribuíram para a doença nas escolas. Aqui, jogar culpa ou cobrar ou até só cobrar e não propor sugestões, nós também não podemos; nós somos um Parlamento, e precisamos ajudar.

Neste momento, eu proponho que a escola se reúna mais. Eu quero propor – o retorno, eu acredito que já aconteça, mas que aconteça mais – do encontro da família com a escola, o dia D da escola, que possa acontecer com discussão real e que possa, principalmente, desenvolver ações para o amor. Está faltando humanização; está faltando consideração; está faltando respeito; está faltando, principalmente, nós nos amarmos mais, uns aos outros, e isso gera respeito. A escola, inclusive, precisa ser apoiada, sim, deputada Beatriz Cerqueira e demais deputados.

É preciso, é lógico, investir mais na escola, e nós acreditamos nisso, mas a escola precisa da presença dos pais, da educação da família. A família precisa fazer a sua parte, porque, sem ela, nós, professores, não vamos conseguir sozinhos. Nós precisamos investir no que a minha comissão mais discute, o esporte, o tempo integral na escola, o esporte na escola. Há um tempo, o que se fez foi reduzir aulas de educação física na educação básica do nosso estado.

Nós precisamos promover atividades físicas, promover o esporte. Nada mais junta as pessoas do que o esporte; até as derrotas nas competições servem de aprendizado. Olhem o que a ONU falou em um relatório para o desenvolvimento e a paz: “Por meio do esporte, podem ser desenvolvidas habilidades fundamentais que favorecem a coesão social, a união das pessoas. São necessários vários momentos em que a polarização ideológica e a ação da sociedade sejam convergentes para uma única coisa: a união das pessoas. Por meio do esporte, podemos educar os jovens sobre a importância de determinados valores fundamentais, como a cooperação, a autoconfiança, a honestidade, o jogo justo, o respeito por si próprio e pelos outros, a obediência às regras e o respeito pelos pares, além de ser uma oportunidade ímpar de aprender a lidar com a competição”.

Então, olhem só, nós temos que, de verdade, Prof. Igor, conseguir estimular as atividades esportivas. O jovem ainda clama por oportunidade de emprego. O País neste momento... Quem não sabe da recessão por que estamos passando? Há uma crise econômica, empresas fechando, e as oportunidades se distanciando da nossa juventude. Nós ainda precisamos de uma escola que consiga ser mais participativa; além da presença dos pais, que ela desenvolva a atividade de empreendedorismo. O nosso jovem tem muita energia, tem vontade, quer empreender. Nós precisamos criar essa oportunidade.

Ainda quero falar da importância de todos, em força única: Estado, Parlamento, toda a população se juntarem para que a gente possa promover na sociedade um ato de união, como falei no início. Mas nisso tudo, é lógico, a escola é o ponto-alvo, é a referência. Nós sabemos que o Cras não consegue, sozinho, detectar os problemas que as famílias estão tendo. Nós precisamos nos unir. Observem vocês a crise por que as famílias têm passado, e essa crise tem, sim, repercutido na escola. Olhem os desafios de um pai de ser assalariado ou de receber a bolsa-família: como ele vai criar os filhos e dar a eles as condições para realizar tantos desejos que a juventude tem, que as crianças têm? Nós precisamos enxergar isso como um ponto. Então aqui, neste momento tão especial, eu quero, além de parabenizar a iniciativa, todo o trabalho, a vinda dos secretários e dos diretores de polícia, conclamar a nossa sociedade para um trabalho de humanização. Nós precisamos nos unir contra a violência. É lógico que o celular e as redes sociais nos afastam, eles fazem com que a gente esteja com mais pessoas, ao mesmo tempo, mas nós não estamos com as do lado. É o calor humano que vai nos dar condição de respeitar mais, de querer bem, e é assim que a gente acredita numa sociedade melhor.

Eu, Oscar, quero findar as minhas palavras falando com o senhor, nosso presidente, que estamos muito felizes com esta discussão, mas que queremos continuar com as ações. Quero parabenizar as ações da Secretaria de Educação, da nossa Sedese, a organização que está prevista pela polícia e que é fundamental de forma imediata, mas nós precisamos pensar em algo a médio e a longo prazos. Eu, Oscar, como professor e ex-diretor, enxergo que nós precisamos melhorar as relações, nós precisamos nos unir em prol do outro, considerar as pessoas, ouvir as pessoas e dar a elas condições para quererem ser mais. O meu muito obrigado. Coloco-me à disposição.