DEPUTADO CHARLES SANTOS (REPUBLICANOS)
Questão de Ordem
Legislatura 19ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 08/10/2022
Página 13, Coluna 1
Assunto ELEIÇÃO. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
53ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 6/10/2022
Palavras do deputado Charles Santos
O deputado Charles Santos – Sr. Presidente, muito obrigado. Gostaria apenas de fazer um registro aqui da minha preocupação com como as coisas vão tomando rumos. Eu falei por 15 minutos – e ainda bem que está registrado isso. Nós temos aí as gravações. Em momento nenhum da minha fala, especialmente quando me referi ao segundo turno, eu cito religião, eu cito o Evangelho, eu cito o Evangelho católico, quem crê em Deus ou quem não crê. Eu me ative aqui às pautas que hoje me preocupam, que são a liberação da maconha, as pautas ideológicas, a questão do comunismo, do socialismo. É óbvio que aquele que quer ser votado vai falar o que agrada às pessoas. Eu pude perceber, nesta caminhada... Em 30 dias, nós caminhamos 10.000km. Não fomos de avião, não; nós fomos de carro. Muitas cidades nós visitamos, e as pessoas sempre faziam o seguinte comentário: “Por que é que há políticos que mudam o seu discurso? Muitas vezes começam falando uma coisa e, depois, falam outra, ou virando o canhão para outros pontos, para outros temas”. Eu sou cientista político, faço análises. E, quando a gente vai ouvindo isso, a gente vai entendendo o seguinte: “É claro, é lógico que é mais fácil falar aquilo que agrada; é claro”. Se trago uma pauta dessa para o meu discurso, eu vou perder voto. Então é muito importante que a população faça a seguinte análise: não é ouvir somente quem está falando, mas é ouvir o núcleo; é prestar atenção nas ideias que acompanham o pacote de governo, o pacote de ideias daquele político, daquele parlamentar. Por exemplo, quem me conhece há um ano, dois anos, três anos, quatro anos, sabe muito bem que Charles Santos é o mesmo há 30 anos, Charles Santos não mudou a sua transparência. E essa foi a minha preocupação ali, na tribuna. Tanto que eu não citei o nome de “a” nem de “b”, não citei religião. Não se trata disso, trata-se daquilo em que cada um acredita. Eu estou falando no meu direito de poder falar, como V. Exas. também. Contudo faço essa defesa para aquilo em que eu acredito. E eu penso que aqueles que aí estão à disputa do cargo da presidência da República, ambos não são perfeitos. Mas peço às pessoas que analisem não somente a sua fala, o seu discurso, mas aquilo que cada um tem como núcleo, como os seus conselheiros, aqueles que caminham com eles, quais são as ideias embutidas em sua fala. Essa é a minha preocupação, e a população, com certeza, Sr. Presidente, saberá escolher, a população saberá se posicionar no próximo pleito. Está bem? Eu peço inclusive a V. Exa. que me perdoe e também à deputada Beatriz. Não houve intenção aqui de citar nome de ninguém, de denegrir ninguém, mas fazer com que as pessoas pensem. É nossa obrigação. Eu aprendi uma coisa, se ainda tenho tempo: que nós não podemos mudar a cabeça de ninguém, nós não temos condição de mudar a cabeça de ninguém, mas podemos expor as nossas ideias. Quem crê, bem; quem não crê, problema. E assim nós vamos vivendo, mas torcendo para que o Brasil tenha, a partir de 1º/1/2023, salvo engano – creio que é o dia da posse do presidente –, o melhor para a nossa nação. Está bem? Essa é minha defesa. Eu queria apenas agradecer a V. Exa. Muito obrigado.