10ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 16/4/2020

Palavras do deputado Antonio Carlos Arantes

O deputado Antonio Carlos Arantes – Sr. Presidente, eu queria aqui, neste momento, manifestar meu sentimento de pesar pelo falecimento do Mons. Hilário Pardini. O Sr. Hilário Pardini faleceu em São Sebastião do Paraíso, onde viveu por mais de 40 anos, com 102 anos. Ele faleceu muito lúcido, essa é a realidade – até a menos de um ano, ele ainda tinha a capacidade de movimentar, de conhecer as pessoas e conversar. O Mons. Hilário é uma pessoa marcante na vida do povo de toda a minha região e, inclusive, na minha vida pessoal; é um grande mestre. Com sua liderança e dinamismo, ele foi um grande semeador, um semeador da palavra e um semeador das boas ações, tanto é que, quando esteve à frente da Paróquia de São Sebastião do Paraíso, havia o sopão, todos os dias, para as famílias carentes, para as pessoas carentes; as pessoas não passavam fome. E não são só essas ações, não; há um monte de ações positivas. O Mons. Hilário ainda tinha uma grande oratória, e era comum, durante a pregação do sermão, do Evangelho, as pessoas baterem palmas porque ele era brilhante na forma de explicar e realmente empolgava as pessoas. Mons. Hilário realmente deixa a sua marca do verdadeiro cristão, um homem que tinha muita fé mas também muitas ações. Quero agradecer à Santa Casa de São Sebastião do Paraíso, na pessoa do Dr. Fernando Montans Alvarenga, que cuidou muito bem do monsenhor Hilário. Acredito que, há uns quatro, cinco anos, ele já praticamente residia lá, na Santa Casa. A região está muito triste com a perda do monsenhor Hilário. Queria aproveitar e enaltecer também o trabalho aqui do governo do Estado, através do governador Zema. Estamos sempre de conversar com Fernando Passalio, levando sugestões. Agora, recentemente, sobre a inclusão da Faemg e do FCDL nesse comitê extraordinário para discutir a questão econômica do Estado, ações e soluções. Sugerimos inclusive agora colocar também a Ocemg, a Organização das Cooperativas, enfim, o grupo dos 11. É importante estar todos ali presentes. Queria enaltecer também o trabalho do BDMG, através do dinâmico e competente Sérgio Gusmão, que esta semana, numa tacada forte, coloca R$1.000.000.000,00, junto com o governador Zema, à disposição dos empreendedores mineiros. Isso é muito importante também para aliviar parte do sofrimento dos nossos micros, pequenos comércios, de empresários de uma forma geral. Também foi inclusive ação nossa, junto ao governo, para que regulassem formas e instrumentos também para o transporte de trabalhadores da zona rural. Está chegando a colheita de café na nossa região, no Sul e no Sudoeste mineiro. É muito importante ter um transporte digno, um transporte que realmente possa transportar esses cidadãos até a lavoura de forma segura, com higiene, com aparatos ali, com aqueles instrumentos, com aqueles EPIs, de forma que esses trabalhadores não venham correr riscos. Enfim, estamos vendo aí realmente uma tragédia no Estado, no País e no mundo inteiro, mas vemos muita seriedade dos nossos governantes, tanto do governo federal quanto do governo estadual, quanto dos municípios. Há muita discussão, uma polêmica. Fecha, não fecha. Uns fecham mais, outros fecham menos. Mas de uma coisa tenho certeza: o prefeito que faz aquela ação, no meu entendimento, diferentemente de outros que se manifestaram, (- Falha na transmissão do áudio.) não vejo isso. Ninguém sabe o melhor modelo. Essa é a verdade. Com todas as ações que cada prefeito faz no seu município, ele está visando ao melhor para a população. Ele pode até errar, mas na realidade ele está buscando o melhor. Há muita divergência, tanto de médicos, tanto do próprio ministro, do próprio presidente. Aí muitas vezes as lideranças ficam um pouco confusas. Não tem um modelo porque isso não existia antes. Nunca houve uma epidemia nessa proporção, que assustasse toda a população, e que tivesse um impacto não só na saúde, de forma gravíssima, como também um impacto econômico que vai demorar muitos anos para nós recuperarmos. É uma pena, porque o País estava já a caminho, aprumando para o desenvolvimento, gerando bastante emprego, já numa condição financeira muito melhor. A Petrobras estava baixando os preços do combustível. Os juros nunca estiveram tão baixos. A infração nunca esteve tão baixa. Mas agora, tudo veio a perder e começa uma nova era, se Deus quiser. Passando logo, se Deus quiser, esse medicamento novo que foi anunciado hoje pelo ministro da Ciência e Tecnologia eu espero que realmente venha para ajudar a salvar vidas, melhorar e dar esperanças para que nós possamos voltar a ter um novo País, um novo Brasil. Que o povo possa fugir desse medo que tanto assola e dificulta a vida das pessoas. Muito obrigado.