Pronunciamentos

DEPUTADO ANTONIO CARLOS ARANTES (PSDB)

Discurso

Defende a proposta de emenda à Constituição - PEC - que acrescenta o § 2º ao art. 212 da Constituição do Estado (dispõe sobre a destinação de, no mínimo, 10% dos recursos da entidade de amparo e fomento à pesquisa para a manutenção de infraestrutura e suporte a instituições do Estado que realizem desenvolvimento e inovação em agropecuária).
Reunião 19ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 19ª legislatura, 1ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 13/12/2019
Página 24, Coluna 1
Assunto AGROPECUÁRIA. CIÊNCIA E TECNOLOGIA. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. FINANÇAS PÚBLICAS.
Proposições citadas PEC 4 de 2019

19ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 11/12/2019

Palavras do deputado Antonio Carlos Arantes

O deputado Antonio Carlos Arantes* – Eu vou ser bem rápido, Sr. Presidente, porque há outros projetos importantes para serem votados, mas peço a atenção dos nobres colegas para a importância dessa PEC. Trinta por cento do agronegócio mineiro vem diretamente, da porteira para dentro, do campo. Mas, se você colocar os serviços: as indústrias que geram o fertilizante; o caminhão que transporta; a Fiat, que faz caminhonete e vende para o produtor; a John Deere, que faz o trator, deputado Raul – você que é do campo sabe –, verá que, se morrer o agronegócio em Minas Gerais, tranquilamente, não morrerão apenas 30%, não, vão morrer 70% da economia mineira.

Então, 1% das receitas correntes líquidas vai para a pesquisa em Minas Gerais. Então, desses 1%, deputado Dalmo, o ideal seria que fossem 70%. “Não, 70% é muito.” Então, 30%. “É muito.” Gente, a pesquisa mineira não fica – a Epamig pesquisa a nossa agricultura – com nem 2%, deputado Virgílio. Mas, gente, no mundo, a inovação tecnológica é acelerada, e nós estamos ficando para trás. Hoje há técnico, especialista na Epamig para o qual, na hora, falta recurso, e ele vira tratorista, consertador de goteira, fazedor de cerca; o cara é um cientista, deputado Inácio Franco. Falta dinheiro para tudo.

Hoje, nós podemos falar que a Epamig tem uma história muito bonita diante de tanto esforço, de tanta falta de recurso, ficando com as migalhas do orçamento, mas ainda estamos muito esperançosos. Inclusive, está aqui presente a Dra. Nilda, a presidente da Epamig, indicada pelo governador Romeu Zema. Antes de vir para a Epamig, deputado Celinho Sintrocel, ela era a reitora da Universidade de Viçosa, uma mulher que marcou a história como reitora da universidade – o deputado Roberto Andrade conhece bem, pois é de lá. Então, gente, a Epamig está pronta para crescer, para gerar pesquisa, principalmente, deputado Jean Freire, para os pequenos produtores. A maioria das pesquisas que ela gera, hoje, vão para 80% dos produtores médios e pequenos; os grandes, as multinacionais não precisam, mas também usam – usam variedades importantes para aumentar a produtividade da soja, do milho, do café –, mas a pesquisa da Epamig é muito voltada para o pequeno produtor.

Então, peço a vocês: o que estamos querendo não são 70%, não são 30%, nós queremos que 10% deste 1% sejam alocados diretamente para a pesquisa agropecuária em Minas Gerais. Há lá uma equipe fantástica, técnicos abnegados que lutam, sonham e transformam o nosso campo. Então, conto com o voto de vocês para que possamos dar tranquilidade para a Epamig fazer pesquisa, promover desenvolvimento tecnológico e melhorar a renda do povo mineiro, principalmente dos nossos pequenos produtores. Muito obrigado.