Pronunciamentos

DEPUTADO ANTONIO CARLOS ARANTES (PSDB), Presidente "ad hoc"

Discurso

Transcurso do 50º aniversário de regulamentação da fisioterapia e da terapia ocupacional no Brasil. Lê mensagem do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Agostinho Patrus.
Reunião 34ª reunião ESPECIAL
Legislatura 19ª legislatura, 1ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 22/10/2019
Página 9, Coluna 1
Assunto CALENDÁRIO. HOMENAGEM. SAÚDE PÚBLICA.
Proposições citadas RQO 509 de 2019

34ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 18/10/2019

Palavras do presidente (deputado Antonio Carlos Arantes)

O presidente - Exmo. Sr. Deputado João Vítor Xavier, autor do requerimento que deu origem a esta homenagem, esse jovem deputado dinâmico e que tem feito um grande trabalho nesses vários mandatos. Parabéns! Cumprimento também o senador, porque não poderia deixar de enaltecer a presença dele, já que, durante um tempo, ele ficou aqui e enalteceu este evento. Esse senador também tem feito um trabalho brilhante para o povo mineiro e para o Brasil.

Gostaria de cumprimentar o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região, Anderson Luís Coelho. Na sua pessoa, Anderson, queria também cumprimentar todos os fisioterapeutas, terapeutas, assim como as famílias aqui presentes. Eu não poderia deixar de enaltecer a presença também da minha conterrânea, vereadora e grande amiga, Cidinha Cerize, e de toda a sua família, a Aparecida Cerize. A Cidinha realmente é uma pessoa diferenciada. A Santa Casa de São Sebastião do Paraíso, que é uma santa casa regional, sob seu comando, faz um belíssimo trabalho, respeitado por tantos, tanto é que foi eleita vereadora com uma votação maciça. Parabéns, Cidinha e toda a sua família. Queria cumprimentar também o grande amigo deputado Wendel Mesquita, jovem deputado que já está destacando-se como um grande deputado. Cumprimento ainda a presidente da Junta Central de Saúde da PMBM-MG, Cel. Gilmara Mota Martins, representando aqui o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Giovanne Gomes, o grande parceiro Giovanne, com o qual falei agora há pouco. Queria cumprimentar também a chefe do Núcleo de Atenção Integral à Saúde, Ten.-Cel. Rosimeire, representando o comandante da Academia da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Márcio Flávio de Moura. Também cumprimento a Ten. Carolina Neves, representando aqui o comandante da 4ª Região Militar do Exército, Gen.-Div. Altair Polsin. Aproveito para cumprimentar também todos dessa banda maravilhosa da Polícia Militar; a Orquestra Sinfônica está aqui abrilhantando esta homenagem.

Deixei por último, de propósito, a Cel. Kênia Prates Silva Maciel de Freitas, que está representando aqui o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Cel. Edgard Estevo da Silva, um grande amigo meu. Cel. Kênia, eu a deixei por último até para fazer um depoimento. Na Assembleia a gente recebe, mensalmente, no mínimo, uma ou duas delegações – até mais – internacionais. Agora, na recente semana, está fazendo uns 10 dias, recebemos uma delegação do Quênia: eu, três senadores, uma senadora, o embaixador – havia ministro, eram umas doze pessoas. Eles vieram aqui para ver a experiência de Brumadinho, essa triste experiência, mas, de fato, com uma alegre ação e resultado. Lá no Quênia, eles também tiveram o problema de uma barragem de água que se rompeu. Houve muitas vítimas fatais. Eles vieram aqui conhecer os avanços, as ações que foram feitas. Lá também há outros problemas, outras barragens correndo riscos. Quem os acompanhou, em vários momentos, por várias horas, lá no local do acidente, foi a Cel. Kênia. Muitas coisas chamaram a atenção em todos os sentidos, coronel, mas o que mais chamou atenção – e o que faz uma grande diferença – é que eles disseram que, se fosse no Quênia, uma pessoa, com uma graduação elevada, teria um motorista particular, teria um policial à disposição dela. Ela não; ela mesmo dirigia, no barro, para todo lado. Foi naqueles dias em que choveu, e ela levou todos para todo lado, com aquela disposição. Aquilo os comoveu, mostrou o que é o nosso Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Então, gente, batam palmas para esse pessoal. No meu entendimento, é o melhor Corpo de Bombeiros. Como temos a melhor Polícia Militar do Brasil, uma das melhores do mundo, nós temos, sem dúvida, o melhor Corpo de Bombeiros do mundo. Um exemplo foi dado em Brumadinho ao se recuperarem vidas daquela forma, ao se recuperarem corpos e vidas também daqueles que conseguiram se salvar – até agora, recentemente, estão ainda encontrando corpos. Em sua fala, inclusive, ela disse que, enquanto houver um corpo debaixo da terra, eles estarão lá procurando. Então, parabéns, coronel. Desistir não é opção do Corpo de Bombeiros. Parabéns!

Acompanhando o João Vítor, também quero falar da minha experiência com fisioterapeutas. Há cinco anos, eu, que gosto de cavalgadas, andei em um cavalo que não era meu – era de uma pessoa que quis me agradar e me colocou num cavalo muito rápido e bravo. Mas já amansei cavalo, não tive medo. Houve um momento em que ele deu uma arrancada e eu quase caí, João. Só não caí porque realmente fui muito bom – arrastando o papo. Mas o braço que segurou... Na hora em que terminou a cavalgada e tomei banho foi que vi que tinha tido uma lesão forte no ombro. Não tive dúvida. Isso foi em um sábado; na segunda-feira, eu já estava consultando o médico, que já prescreveu fisioterapia, e a fisioterapeuta fez um belíssimo trabalho. Conversando com ela, disse-lhe que eu viajava demais nos finais de semana. Como vai acontecer amanhã: sairei de madrugada e só chegarei no domingo à noite, vou visitar os municípios. Eu chegava muito cansado. Falei para ela: “Chego moído”. Ela falou: “Você precisa fazer pilates”. E faz cinco anos que faço pilates, duas vezes por semana. Viajo, chego a casa, tomo banho e parece que não aconteceu nada, porque o corpo está esticado. Realmente isso faz uma diferença muito grande.

Tenho experiência profissional como empresário também. A minha esposa e o meu filho têm aqui, em Belo Horizonte, uma casa de repouso, uma casa de idosos, com aproximadamente 50 pessoas. Lá há uma sala de fisioterapia e terapia ocupacional. É impressionante o resultado. Então, nós convivemos diariamente com fisioterapeutas, com terapeutas e conhecemos, na prática, a importância da profissão de vocês. Vocês estão de parabéns!

Estou representando aqui o nosso presidente, deputado Agostinho Patrus, grande líder desta Casa e da política mineira, que escreveu: (– Lê) “Recuperando pacientes e promovendo uma melhor qualidade de vida, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais vêm desempenhando um papel cada vez mais relevante entre os profissionais da saúde.

Os 50 anos de regulamentação das duas carreiras mostram um trajeto que acumula um sólido conhecimento, amparado tanto na tecnologia quanto em novas práticas. Em franca expansão no Brasil e no mundo, essas áreas vêm recebendo o merecido reconhecimento acadêmico e social.

O desenvolvimento das duas profissões foi impulsionado pela necessidade de reabilitação das pessoas vitimadas pelas duas guerras mundiais, atestando, desde então, a profunda qualidade humana de seus praticantes.

Inseridos numa realidade em que as ciências da saúde demandam cada vez mais um trabalho interdisciplinar, abrangendo desde questões éticas e ambientais do saneamento básico à alimentação, os dois ramos exigem profissionais eficazes, produtivos e conscientes de sua competência científica. Assim estão hoje firmemente presentes no cotidiano das pessoas, estimulando a recuperação de funções físicas e sociais e também levando ao bem-estar psíquico.

Profissões distintas, a terapia ocupacional e a fisioterapia cuidam da saúde de maneira diferente, mas trabalham de forma complementar. Na terapia ocupacional, o paciente é conduzido ao maior grau de independência e autonomia possível, em prol de sua melhor interação social. Exercícios e jogos tornam-se ocupações agradáveis, ligando, de um modo integrado, a mente e o corpo.

O trabalho do fisioterapeuta, visando à recuperação do movimento corporal, dos reflexos mais simples aos mais complexos, além de facilitar a vida social, também cuida do autoconhecimento. As necessidades individuais são plenamente atendidas quando esses profissionais da saúde valorizam a motivação e a autodeterminação.

Hoje, com o estabelecimento de teorias norteadas pelo objetivo de conferir, antes de tudo, um sentido à vida, ambas as profissões têm se valido do crescente desenvolvimento de técnicas e novas tecnologias. Muitas vezes, o paciente é levado a reaprender as atividades de sua vida diária. Está superando, ainda, questões importantes que afetam sua vida profissional e sua própria identidade.

O dia 13/10/1969 marca a criação simultânea dessas duas profissões. Promovendo a saúde física e mental, elas têm suas bases de atuação estruturadas e definidas por uma formação acadêmica rigorosa.

Um mundo mais justo, saudável e inclusivo está, portanto, no horizonte que nós, os representantes do povo, compartilhamos com os profissionais da saúde. De nosso trabalho simultâneo e de nossos ideais, depende um futuro que respeite profundamente nossos cidadãos, dignos de uma vida melhor.

Com a confiança de que, nos anos vindouros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais irão tornar-se profissionais ainda mais necessários, cumprimentamos os dirigentes associativos e os representantes das duas atividades aqui reunidas. Parabéns a todos! Muito obrigado.”.