90ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 18ª LEGISLATURA, EM 19/12/2018

Palavras do deputado Sargento Rodrigues

O deputado Sargento Rodrigues – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos acompanha pela TV Assembleia. Volto a esta tribuna, Sr. Presidente, agora já avançando para o final da sessão legislativa, para, mais uma vez, trazer aqui a nossa indignação com o governo de Fernando Pimentel, do PT, que até o momento não anunciou aos servidores públicos civis e militares de Minas Gerais a data do pagamento do 13º salário. Por mais apelo que eu receba dos meus colegas deputados para encerrarmos esta sessão com mais brevidade, considerando que hoje à tarde haverá a diplomação dos deputados eleitos, eu não poderia deixar de retornar a esta tribuna para trazer a indignação do conjunto dos servidores públicos de Minas Gerais, que ainda aguardam ansiosamente o pagamento do 13º salário. O governador Fernando Pimentel esqueceu que o 13º salário é um direito do servidor. Trata-se de um governo absolutamente irresponsável, um governo negligente, e um governo, eu poderia dizer, com toda a clareza, de práticas criminosas, porque, ao longo deste mandato, tem cometido uma série de atrocidades do ponto de vista da administração pública. Inchou a máquina pública, criou seis secretarias e milhares de cargos comissionados. Inchou a Cemig, a Copasa e a Codemig com a companheirada do PT, e pouco se lixou para o pagamento em dia dos servidores. É lamentável! É um filme muito triste e melancólico a gestão de Fernando Pimentel e do seu partido em Minas Gerais.

Presidente, não podemos deixar de, mais uma vez, cobrar responsabilidade de Pimentel à frente da administração. E é por isso que nós, um conjunto de mais de 30 parlamentares, estamos aqui para não permitir a aprovação do famigerado fundo estadual, que tenta atrelar receitas futuras fictícias, numa contabilidade fraudulenta, para simplesmente livrar a pele de Fernando Pimentel, do PT.

Hoje, mais uma vez, as esposas de policiais militares estão na porta do Batalhão Rotam em protesto, exigindo o pagamento do 13º salário. Só espero, Sr. Presidente, que, antes mesmo de terminar esta legislatura – ou seja, até amanhã –, o governador Fernando Pimentel se vire e dê um jeito para pagar. Este estado vai entrar em colapso absoluto quando os servidores da segurança, da saúde e tantos outros pararem definitivamente. Parece que é isso que ele quer: que o servidor cruze os braços.

Quero aqui fazer um apelo aos demais colegas servidores, principalmente ao nosso pessoal da ativa. Se vocês querem realmente um resultado efetivo da cobrança do pagamento do 13º salário, terão de ir às ruas; terão de paralisar os serviços de segurança, de saúde, de educação; terão de mostrar para a população de Minas Gerais a penúria, o desespero por que as famílias dos servidores estão passando. Somente assim Fernando Pimentel vai entender o recado, já que a irresponsabilidade dele transborda por todo o seu governo.

Se os servidores, principalmente os da ativa, ficarem apenas tecendo críticas por meio do Facebook e do WhatsApp, não obterão o resultado pretendido. Para isso, é preciso cruzar os braços, como fizemos em 1997, no governo de Eduardo Azeredo; e como fizemos, em junho de 2004, durante o primeiro governo de Aécio Neves. É preciso parar as atividades de segurança, de educação e de saúde e mostrar para a população o desrespeito do governador Fernando Pimentel. Espero que esse cidadão, que foi absolutamente irresponsável à frente da administração do governo de Minas Gerais, tenha piedade e anuncie o pagamento do 13º salário, porque o Natal está batendo à porta das famílias desses servidores. Estamos aguardando.

Amanhã, presidente, se não houver nenhum anúncio, pediremos 1 minuto de silêncio pelo velório que foi a gestão de Fernando Pimentel, do PT, em Minas Gerais. Muito obrigado, presidente.