93ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 18ª LEGISLATURA, EM 9/11/2017

Palavras do deputado Geraldo Pimenta

O deputado Geraldo Pimenta* – Sr. Presidente, membros da Mesa, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, servidores, galeria, mineiros e mineiras, boa tarde. Gostaria, inicialmente, Sr. Presidente, de cumprimentar o Sr. Herbert Carneiro, presidente do Tribunal de Justiça, por uma decisão recente sobre uma dívida que a Andrade Gutierrez cobra da Prefeitura de Betim – dívida, segundo vários estudos, resultado de corrupção, no final dos governos da ditadura militar. Uma dívida que já fora paga, cuja cobrança, felizmente, na semana passada, depois de várias lutas do governo de Betim, dos moradores de Betim, da população de Betim, o Tribunal de Justiça suspendeu. Então, gostaria de parabenizar o tribunal por essa decisão e a toda Betim, que, felizmente, respira num momento de crise violenta, evitando gastar os recursos da saúde, da educação, da folha de salários. Agora podemos investir em outras áreas. Então, gostaria inicialmente de fazer essa saudação.

A segunda questão, Sr. Presidente, é que o deputado André Quintão veio à tribuna falar sobre os fóruns regionais. Gostaria de dizer que essa é uma experiência muito importante para os mineiros. Tivemos o governador Pimentel à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, quando inovou com o orçamento participativo e também com o orçamento digital. Foram experiências importantes, porque mostraram uma forma diferente de governar: ouvindo as pessoas mesmo. Então, fico perplexo quando ouço falas em sentido contrário, questionando o governador por ouvir as pessoas, por viajar para as várias regiões de Minas, ouvindo as pessoas para governar. Neste momento de crise econômica, política, social, precisamos otimizar os recursos públicos.

Não há outra forma senão estar próximo das pessoas, do povo, ouvindo as demandas essenciais, mais importantes, e aplicar corretamente os recursos públicos nessas demandas prioritárias. Então, os fóruns regionais, o orçamento participativo, o orçamento digital, os governos de portas abertas, tudo isso faz bem para a democracia.

Uma terceira questão é que o governo Temer respira por aparelho, mas quer aprovar de qualquer forma a reforma da previdência. Um governo que está com 3% de aprovação, um governo moribundo, querendo aprovar uma reforma da previdência como aprovou a reforma trabalhista. Não é possível. Por isso, amanhã, as centrais sindicais, os sindicatos, os movimentos sociais irão novamente às ruas dizer não ao trabalho escravo, dizer não à implementação da reforma trabalhista no País, que está marcada para começar a valer no dia 11 de novembro. Essa manifestação será mais do que justa, e amanhã todos estão convidados a ir às ruas defender direitos sagrados, como a licença-maternidade, o trabalho da gestante, da parturiente e da lactante em condições salubres, e não como foi aprovado, porque a gestante poderá trabalhar em ambiente insalubre. Isso é um absurdo. Por isso, amanhã todos os mineiros estão convocados a ir às ruas defender esses direitos sagrados.

Presidente, fora, Temer! Está passando da hora. Obrigado.

* – Sem revisão do orador.