23ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 18/12/2014

Palavras da deputada Maria Tereza Lara

A deputada Maria Tereza Lara - Deputado Hely Tarqüínio, que preside esta reunião, deputado Dilzon Melo, companheiros deputados do nosso bloco, gostaria de falar ao presidente Dinis Pinheiro e peço que as minhas palavras sejam transmitidas a ele. Na segunda-feira, conseguimos um grande avanço, ou melhor, um acordo político para votar todos os projetos e sair do empasse. Houve um acordo de uma pauta com o presidente. A decisão foi colocar na pauta só projetos frutos de acordo por unanimidade dos líderes, mas, de certa forma, essa decisão foi rompida. Precisamos refazer o nosso acordo. Se houve problemas no processo, no transcurso do acordo, precisamos voltar a conversar porque o acordo não pode ser rompido. Devemos encontrar uma saída. Estamos no final do ano, um momento importante de mudança de governo. Depois vou explicar para as jovens o que significa essa mudança de governo. O que estamos fazendo é tentar um acordo. O governo atual e o futuro governo estão tentando se entender em algumas questões. Isso é democracia. De fato, estamos a poucos dias do novo governo, e o acompanhamento das decisões que vão influenciar o trabalho do novo governo é muito importante. Gostaria de deixar isso claro. No Brasil, essa discussão acontece em todas as esferas: municipal, estadual e federal, o que é bastante positivo. Ontem, um nobre colega, que respeito muito, falou sobre o próximo governo e disse que ele não entraria aqui. Não quero repetir as palavras dele porque foram muito negativas, mas dizer que o Fernando Pimentel foi eleito democraticamente pelas urnas, no 1º turno. Ele entrará nesta Casa, por direito, em razão dos votos obtidos com a sua vitória na democracia e abençoado por Deus. Aliás, o Fernando Pimentel tem o compromisso de fazer o seu governo, ouvindo a população e priorizando os mais pobres, apesar de que deve governar para todos. Ele também deverá regionalizar o seu governo porque Minas são muitas. É bom que isso fique claro, e o nosso papel é prestar toda a nossa contribuição. Sempre defendi nesta Casa o papel e a participação das mulheres e hoje gostaria de repetir isso às jovens que aqui estão. Se o projeto de vocês entrar na pauta, podem contar com o meu voto. Entretanto, é importante ponderar que não será generalizando ou batendo no próximo governo ou no PT que o problema de vocês será resolvido. Precisamos de todos os partidos desta Casa para conseguir aprovar esse projeto. Então queremos o respeito para todos. Quero também, Sr. Presidente, encerrar dizendo que realmente este é o momento de uma parada, de uma reflexão. Não quero entrar no mérito amplamente debatido dos projetos, mas, se não há acordo, devemos novamente nos sentar e discutir a questão. Se realmente há problemas, quais são eles? Será em uma mesa redonda da democracia que encontraremos uma saída, pois não dá para ficarmos aqui dias e dias e dias com alguns parlamentares defendendo uma situação e outros, outra. Pondero - aliás, com todo o respeito ao sindicato que apoio e pelo qual tenho o maior apreço - que, por exemplo, um sindicato apoia o projeto e outro não, e digo isso sem crítica, pois é um fato. Quer dizer, a situação fica difícil. Conversei com o deputado Rogério Correia: qual é a sua posição? A situação dessa forma fica difícil para esta Casa. Seria importante que eles se sentassem e definissem como adequar o projeto a fim de atender, de alguma forma, a um e outro. Vocês estão colocando a nossa Casa em uma situação difícil, pois a quem atenderemos? Então me permitam essa franqueza. Às vésperas do Natal, vocês devem sentar-se e nos ajudar a encontrar uma saída. Parabéns a vocês que estão lutando. É isso mesmo que deve ser feito. Obrigada, Sr. Presidente. Gostaríamos que o senhor transmitisse ao presidente a nossa proposta.