Pronunciamentos

DEPUTADO PAULO GUEDES (PT)

Questão de Ordem

Solicita nova discussão da pauta pelo Colégio de Líderes para desobstrução dos trabalhos e votação das matérias.
Reunião 23ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 17ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 23/12/2014
Página 13, Coluna 1
Assunto (ALMG).

23ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 18/12/2014

Palavras do deputado Paulo Guedes


O deputado Paulo Guedes - Sr. Presidente, estou acompanhando atentamente, mas, neste momento, poderíamos ter um pouco de calma e prudência, pois há muitos interesses. Por exemplo, o senador Aécio Neves veio aqui e mandou descumprir a pauta que havíamos tratado, o que incendiou o Plenário novamente. Então, queria sugerir que os deputados se reunissem. Eles querem fazer pauta-bomba e inviabilizar o próximo governo, e essa não é a questão. Quero discordar do líder deputado Bonifácio Mourão, que cita os jornais dizendo que somos contra o aumento dos servidores: muito pelo contrário, queremos discutir com o próximo governo, dentro da realidade financeira do Estado, já que a equipe de transição se nega a passar informações consistentes para o novo governo. Todas as informações estão chegando truncadas, não sabemos o que receberemos no dia 1º de janeiro. Só sabemos de uma coisa: o próprio jornal que a Andréa controla e que o deputado Bonifácio Mourão citou informou que a dívida de Minas subiu cinco vezes mais nesses 12 anos: era um pouco menos de R$20.000.000.000,00 e agora está em R$102.000.000.000,00. Essa é a herança maldita que receberemos. Em relação ao aumento dos servidores, sabemos que existem várias classes no Estado. Deputado Rogério Correia, fiquei sabendo que há servidor que recebe até R$90.000,00 por mês, enquanto alguns professores e servidores não recebem nem o piso. Sou a favor de rediscutirmos, no próximo governo, a possibilidade de dar um aumento maior para algumas categorias que, há tempos, há 12 anos, durante o governo do PSDB em Minas Gerais, estão amargando sem aumento real. Portanto, vamos nos entender com calma, tranquilidade. Quero sugerir, então, à presidência da Casa que interrompa os trabalhos, convoque o Colégio de Líderes... Para discutirmos uma pauta ou voltar à ideia da pauta que havíamos tratado, com a possibilidade de votarmos os projetos de deputados, os quais receberam aprovação unânime no Colégio de Líderes. Tudo isso pode ser construído com serenidade e, acima de tudo, com respeito de ambas as partes. O governo que está saindo não pode inviabilizar o que está chegando, nem vice-versa. Então, vamos nos entender com serenidade e discutir, para tirarmos daqui um denominador comum. Não podemos, porém, apenas jogar para a plateia como o Aécio quer fazer. Ele joga para a plateia em Brasília e, não satisfeito, vem jogar para a plateia aqui. Ficou 12 anos e não resolveu o problema dos servidores com a Lei nº 100; enganou todo o mundo, os servidores; não pagou o piso dos professores; e agora, depois que sai, depois de 12 anos de maldade, depois de um choque que inventaram e com o qual quebraram Minas e perseguiram os servidores, no final do governo, faltando uma semana, querem fazer gracinhas e acabar de inviabilizar o Estado. Portanto, precisamos ter muita prudência e responsabilidade nesta hora. Queria dizer-lhes que uma coisa é a realidade e outra é querer jogar para a plateia. Esse é um momento de prudência, e a bancada governista, que é maioria nesta Casa, não pode culpar uma minoria da oposição por inviabilizar as votações aqui. O bloco de oposição aqui é pequeno e exerce seu poder de discutir as matérias e de obstruir quando necessário, quando entendermos que alguma matéria é maléfica ao Estado e ao povo mineiro. Queria deixar clara aqui essa posição para podermos, com serenidade, quem sabe, voltar a nos sentar à mesa com o Colégio de Líderes e encontrar soluções viáveis que atendam e resolvam os impasses criados aqui no Plenário.