Pronunciamentos

DEPUTADO FRED COSTA (PEN)

Questão de Ordem

Solicita a desobstrução dos trabalhos e a votação do projeto de lei, de autoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG –, que dispõe sobre a criação e transformação de cargos nos Quadros de Pessoal da Secretaria do Tribunal de Justiça Militar e nas Secretarias de Juízo Militar, e das demais matérias da pauta.
Reunião 23ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 17ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 23/12/2014
Página 10, Coluna 1
Assunto (ALMG). JUDICIÁRIO. PESSOAL.
Proposições citadas PL 3507 de 2012

23ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 18/12/2014

Palavras do deputado Fred Costa


O deputado Fred Costa - Bom dia a todos. Sr. Presidente, parabenizo V. Exa. pelo esforço contínuo para fazer aquilo que deveria ser inerente à nossa função, ou seja, estar presente neste Plenário para discutir e votar as proposituras. Assim, cada um pode externar o seu sentimento não só por meio de palavras, mas sobretudo por meio de seu voto. Não quero entrar nessa polarização partidária e política, porque o cidadão nada tem a ver com ela. E mais que isso, a história está mostrando que ele é vítima dessa polarização. Aqui, na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, o sentimento que deveria prosperar era o de proporcionar bem-estar social ao cidadão e buscar, de forma incansável, melhor qualidade de vida para todos. Infelizmente, em função de questão político-partidária, está sendo causado um prejuízo gigantesco à sociedade, de forma específica. Sem exercício nenhum de sofisma - como observamos nos últimos tempos nesta Casa -, gostaria de provocar os colegas. Talvez eu seja um dos mais jovens, um dos poucos que não têm filhos - mas desejo tê-los em breve. Sugiro que se coloquem no lugar dos pais e das mães dessas meninas, que dedicaram boa parte dos seus últimos anos aos estudos, à qualificação, ao intelecto, a fim de ser aprovadas num concurso público. Foram aprovadas, mas estão preteridas há mais de dois anos, sem que se fizessem ser ouvidas. Ao longo desse período, vários setores de servidores públicos foram justamente atendidos, contemplados por esta Casa. Por que não são atendidas essas pessoas que se submeteram a um concurso público, que estudaram, que não estão atrás de boquinha, de benefícios, de cargo de recrutamento amplo, que não exige concurso público? Não podemos votar o projeto delas. Vou definir essa situação na frase de um religioso, o Pe. Adolf Kolping, um alemão que se notabilizou por projetos sociais. Ele falou certa vez: “É impossível acreditar numa instituição religiosa ou política sem que as pessoas que estejam à sua frente demonstrem coerência de vida praticando o que defendem”. Ora, aqueles que defendem os trabalhadores - acredito - não são somente do partido que leva em seu nome a defesa dos trabalhadores. Todos que aqui estamos temos obrigação de defender os trabalhadores, então por que não se fazem presentes para que possamos contemplar as meninas do Projeto nº 3.507/2012 e os demais presentes? Eles não estão aqui porque acham o deputado X, Y ou Z simpático e bonito ou porque querem felicitá-los pelo Natal: legitimamente estão pleiteando e dependem de algumas pessoas que se dizem representantes do povo, mas que, na prática, não se mostram verdadeiramente comprometidas com o direito dos cidadãos, dos trabalhadores. Faço um apelo. Está chegando o Natal, época em que é quase inerente ao cidadão mostrar-se mais complacente, fazer reflexões, ser solidário. Vamos ser não só solidários, complacentes e fraternos; vamos demonstrar que, em nossa prática de vida, em nosso exercício de função... Isso aqui não é trabalho, isso é efêmero, e demonstração disso é a eleição. Quantos de nós não a perdemos? Isso aqui é passageiro; amanhã voltaremos a ser cidadãos como qualquer outro, podendo, inclusive, ser vítima como esse povo todo. Então, venham e votem. No Parlamento, é normal que não concordemos com tudo. O mandato é representativo, político. É natural que colegas não concordem na integralidade com o projeto A, B, C, D ou E, mas venham aqui, tenham coragem e se manifestem perante todos, votem. Não podemos, por causa de uma disputa político-partidária, prejudicar os cidadãos mineiros. Vamos dar exemplo para Minas e para o Brasil.