Pronunciamentos

DÉLIO MALHEIROS, Vice-prefeito - Belo Horizonte - MG.

Discurso

Comenta o tema do evento dentro do primeiro painel.
Reunião 9ª reunião ESPECIAL
Legislatura 17ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 12/04/2014
Página 20, Coluna 1
Evento Ciclo de debates: Resistir Sempre – Ditadura Nunca Mais: 50 anos do Golpe de 64.
Assunto SEGURANÇA PÚBLICA. DIREITOS HUMANOS.
Observação O número que acompanha o Requerimento Sem Número, constante do campo Proposições, é para controle interno, não fazendo parte da identificação da Proposição referida.
Proposições citadas RQS 2522 de 2013
RQS 2592 de 2013
RQC 8347 de 2013

9ª REUNIÃO ESPECIAL DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 31/3/2014

Palavras do vice-prefeito Délio Malheiros


Palavras do Vice-Prefeito Délio Malheiros

Exma. Sra. Ministra e Exmo. Sr. Presidente desta Casa, apenas gostaria de trazer uma saudação a mais a este evento que a Assembleia realiza, à abertura do ciclo de debates dos 50 anos da ditadura.

A ditadura neste país significou um atraso terrível para a política, para a juventude, para a educação, enfim, para tudo no Brasil. Foram 21 anos de atraso de 1964 a 1985. Na época do Getúlio, o atraso foi de 12 anos, fora o de mais 5 anos, ocorrido entre 1950 e 1955. Portanto, esse atraso em cadeia da nossa democracia deixou marcas profundas na sociedade brasileira. Esperamos que esse tempo nunca mais volte.

Tive a experiência de viver uma ditadura no Iraque, onde morei por um ano e meio, e nada é tão terrível para uma sociedade como isso. Precisamos da democracia, da liberdade dos direitos individuais, da liberdade de expressão e do mais comezinho direito do homem de ir e vir. Ao discutir esse assunto, a Assembleia oferece mais uma maneira de revivermos a história, para não permitirmos que esse tempo volte a assombrar não só o Brasil, mas também o mundo inteiro. Imagino o que passam os coreanos do norte, os sírios e todos aqueles que vivem sob uma ditadura em qualquer lugar do mundo. Assim sendo, é importante que o Brasil assuma um papel de vanguarda na América do Sul para levantar trincheiras contra qualquer ato que seja atentatório à democracia na América do Sul, na América Central, na América do Norte, na Europa ou em qualquer outro lugar.

Presidente, parabéns à Assembleia de Minas por reviver esse momento histórico; por reconhecer a fragilidade dos cidadãos que naquela época foram perseguidos; e por entender que as 66 pessoas não morreram em vão, já que deixaram um pouco da sua história, do seu sangue e da sua semente para que esse fato não se repita. Hoje vivemos uma democracia plena. Podemos reclamar de tudo, menos de que não estamos vivendo um momento democrático. O nosso país deve de fato assumir um papel de vanguarda contra qualquer regime de exceção, não importa onde. Esse é o nosso papel, o papel do brasileiro. Parabéns a Assembleia e parabéns a todos!

O locutor – Com a palavra, a ministra Eleonora Menicucci, para proferir a palestra magna “Direito à verdade, à história e à memória”.