DEPUTADO DINIS PINHEIRO (PSDB), 1º Secretário da ALMG
Discurso
Lê Relatório de Atividades da Assembleia Legislativa, relativo ao ano de
2010.
Reunião
97ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 16ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 30/12/2010
Página 61, Coluna 2
Assunto (ALMG).
Legislatura 16ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 30/12/2010
Página 61, Coluna 2
Assunto (ALMG).
97ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 16ª
LEGISLATURA, EM 16/12/2010
Palavras do Deputado Dinis Pinheiro
RELATÓRIO
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS NA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 16ª LEGISLATURA
– 2010
A Mesa da Assembleia Legislativa, no exercício da competência que
lhe confere o inciso III do "caput" do art. 79 do Regimento
Interno, apresenta o Relatório das Atividades desta Casa na 4ª
Sessão Legislativa Ordinária da 16ª Legislatura. (Lido na 97ª
Reunião Ordinária, em 16/12/2010.)
1 – APRESENTAÇÃO
Missão recebida, missão cumprida. É com a sensação de haver
executado com a devida propriedade as tarefas que nos foram
confiadas que, em nome da Mesa Diretora desta Casa, faço o balanço
deste final de sessão legislativa.
Mesmo que o envolvimento dos parlamentares nas recentes eleições
para o Executivo e o Legislativo, tanto em nível federal quanto
estadual, tenha provocado uma redução no ritmo dos trabalhos no
início do segundo semestre, projetos de grande interesse para
Minas Gerais foram examinados e aprovados, em um esforço
concentrado das Comissões e do Plenário.
A qualidade e a legitimidade das normas apresentadas nesta Casa
refletem o espírito de negociação, a capacidade de diálogo e a
maturidade democrática demonstrados por todos os Deputados.
A discussão dos problemas e políticas do Estado foi mais uma vez
objeto de intensa participação popular, por meio dos seminários
legislativos, fóruns técnicos, ciclos de debates, audiências e
debates públicos, quando os cidadãos puderam expressar suas
opiniões e demandas, contribuindo fortemente para o
aperfeiçoamento do processo legislativo. Nesse âmbito, o Plano
Decenal da Educação, aprovado em 2010, observou, ainda em 2009, a
implementação da primeira consulta pública pela internet para
acolher as sugestões individuais da população.
Por seu turno, as Comissões Permanentes deslocaram-se pelas
diversas regiões do Estado para obter informações, ouvir
denúncias, reunir subsídios para as ações legislativas. A Comissão
de Segurança Pública, por exemplo, promoveu audiências com
comunidades de vinte cidades em busca de um diagnóstico sobre a
questão das drogas, da criminalidade e da violência, o que
resultou na realização de um proveitoso fórum técnico.
Durante os quatro anos da legislatura, normas de grande alcance
social foram aprovadas pela Assembleia. Ressaltam, entre elas, a
lei do ICMS Solidário, trazendo mais recursos para os municípios
mais carentes; a lei referente à Bolsa Verde, beneficiando
posseiros ou produtores envolvidos na preservação da
biodiversidade; a dos recursos hídricos; e a que torna gratuito o
exame do pezinho, que detecta doenças dos recém-nascidos o mais
cedo possível. Também de interesse de toda a população, já vigoram
a reforma do Código Florestal e a Lei Antifumo.
Foram debatidos, na sessão legislativa que se encerra, o pacto
federativo; a qualidade de vida e as políticas públicas para o
idoso; a atual legislação eleitoral e suas inovações; o esporte na
infância e na adolescência como caminho para a cidadania; os
desafios à mobilidade urbana.
Entre as soluções apresentadas para as demandas trazidas à Casa,
encontram-se o "recall" dos veículos Toyota, por problemas no
sistema de aceleração, e a transformação do Parque do Sumidouro em
área de preservação, permitindo o manejo de atividades
sustentáveis no local.
Por intervenção da Casa, o orçamento estadual incluiu recursos
para cursos do Cetec na área da aeronáutica, diante da necessidade
premente de mão de obra especializada nesse importante setor.
Entre as proposições aprovadas em 2010, podem ser destacadas a
que promove a integração social dos sentenciados, por meio do
trabalho; a que altera as normas de execução penal no Estado; a
que obriga o envio de registro de óbitos ao Detran para
cancelamento de carteiras de habilitação, evitando as já
costumeiras fraudes; a que determina a utilização pelo Estado de
massa asfáltica produzida com pneus inservíveis; a chamada "PEC da
Ficha Limpa Mineira"; e a que altera a lei sobre águas
subterrâneas e a lei sobre os rios de preservação permanente.
O Planejamento Estratégico, que pretende balizar a atuação da
Assembleia até 2020, também começou a ser executado, dando seus
primeiros frutos, como o novo portal na internet, viabilizando um
acesso mais fácil do público externo e interno aos trabalhos e aos
procedimentos legislativos.
Já consolidada como referência nacional, a Assembleia de Minas
tem seus avanços creditados à dedicação de seus parlamentares,
respaldados pelos investimentos na estrutura administrativa da
Casa e na formação e aperfeiçoamento de seu corpo técnico. O apoio
eficiente de servidores de gabinete e da área administrativa tem
sido fundamental para a concretização dos objetivos propostos pela
direção do Parlamento.
Deputado Dinis Pinheiro
1º-Secretário
2 – ATIVIDADES INSTITUCIONAIS
2.1 – PLENÁRIO
Apesar da natural redução do ritmo dos trabalhos legislativos no
início do segundo semestre, em virtude das eleições, o Plenário da
Assembleia discutiu e aprovou neste ano várias matérias
importantes para o Estado e a sociedade mineira.
Dentre as proposições aprovadas nesta sessão legislativa,
destacam-se:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Criação do Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas – Lei
Complementar nº 111, de 13/1/2010
Ementa: Institui o Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de
Contas do Estado de Minas Gerais e altera a Lei Complementar nº
102, de 17 de janeiro de 2008, que dispõe sobre a organização do
Tribunal de Contas e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei Complementar nº 52/2009, de autoria do
Presidente do Tribunal de Contas.
Essa lei institui o Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de
Contas do Estado para publicação e divulgação dos atos processuais
e administrativos. Durante a tramitação da matéria, foi
apresentada emenda que aprimorou o projeto, indicando-se o órgão
em que a versão impressa será publicada.
A adoção dessa medida visa conferir mais transparência às ações
públicas, de forma que o cidadão possa exercer o controle social e
os gestores públicos possam acompanhar as decisões de seu
interesse. As informações disponibilizadas têm ampla segurança,
uma vez que será utilizada certificação digital e assinatura
eletrônica, credenciadas pela Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira – ICP-Brasil.
Exigência do título de bacharel em Direito para o ingresso no
Quadro de Oficiais da Polícia Militar – Emenda à Constituição nº
83, de 3/8/2010
Ementa: Acrescenta os §§ 3º e 4º ao art. 142 da Constituição do
Estado.
Autoria: Deputado Mauri Torres, como primeiro signatário.
Essa emenda à constituição veicula dois comandos. O primeiro
exige, para o ingresso no Quadro de Oficiais da Polícia Militar –
QO-PM –, que o candidato possua o título de bacharel em Direito,
além de se submeter a concurso público de provas e títulos que
conte com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção
do Estado de Minas Gerais. O segundo determina que o cargo de
Oficial do Quadro de Oficiais da Polícia Militar – QO-PM –, com
competência para o exercício da função de Juiz Militar e das
atividades de polícia judiciária militar, integra, para todos os
fins, a carreira jurídica militar do Estado.
No que tange ao primeiro comando, a inovação segue a linha
adotada pelos Estados de Goiás, do Rio Grande do Sul e de Santa
Catarina, que já exigem o bacharelado em Direito para o ingresso
nos respectivos Quadros de Oficiais da Polícia Militar. Quanto ao
segundo, verifica-se o reconhecimento da função de Juiz Militar
exercida por oficial da Polícia Militar como atividade de carreira
jurídica, assim como ocorre com o Juiz de Direito do juízo
militar. De fato, o oficial da ativa da Polícia Militar nomeado
para o cargo de Juiz Militar da Justiça Militar Estadual equipara-
se ao magistrado de carreira e desempenha tarefas que exigem o
emprego preponderante de conhecimentos jurídicos.
Com o objetivo de coibir interpretações que possam gerar qualquer
tipo de conflito de competência entre os órgãos de segurança
pública do Estado, a Assembleia introduziu no projeto um
dispositivo segundo o qual as mudanças pretendidas não implicam
supressão, alteração nem acréscimo das competências
constitucionalmente previstas para a Polícia Civil, a Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros.
Estabelecimento de tabela de vencimento básico dos cargos de
Procurador do Estado – Lei nº 18.798, de 31/3/2010
Ementa: Estabelece a tabela de vencimento básico dos cargos de
Procurador do Estado e altera a Lei n° 18.017, de 8 de janeiro de
2009, que institui a Gratificação Complementar de Produtividade –
GCP –, na carreira da Advocacia Pública do Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 2.752/2008, de autoria do Governador do
Estado.
A proposição que deu origem à Lei nº 18.798, de 2010, foi
apresentada pelo Governador do Estado na forma de projeto de lei
complementar. Durante a tramitação, no entanto, foi transformada
em projeto de lei por decisão da Presidência da Assembleia, em
razão da natureza da matéria, uma vez que a fixação de vencimentos
não é própria de lei complementar, que exige "quorum" especial
para aprovação.
Inicialmente, o Projeto de Lei nº 2.752/2008 tratava apenas do
reajuste das tabelas de vencimento básico dos cargos de Procurador
do Estado, da carreira da Advocacia Pública do Estado.
Posteriormente, foi apresentado, pelo Governador, substitutivo
propondo também a alteração da Lei nº 18.017, de 2009, que trata
da Gratificação Complementar de Produtividade – GCP –, destinada
aos integrantes da carreira da Advocacia Pública do Estado.
A Lei nº 18.798, de 2010, foi aprovada na forma de substitutivo
apresentado pela Comissão de Fiscalização Financeira e
Orçamentária, o qual, além de incorporar o conteúdo do
substitutivo apresentado pelo Governador, propôs a revogação de
item do Anexo II da Lei Complementar nº 92, de 2006, que, de forma
equivocada, continha a tabela de vencimentos básicos dos cargos de
Procurador do Estado.
Alteração da estrutura orgânica da Secretaria de Estado de
Planejamento e Gestão e criação de cargos de provimento em
comissão e de funções gratificadas da administração direta do
Poder Executivo – Lei nº 18.804, de 31/3/2010
Ementa: Altera a Lei Delegada n° 126, de 25 de janeiro de 2007,
que dispõe sobre a estrutura orgânica básica da Secretaria de
Estado de Planejamento e Gestão, e a Lei Delegada n° 174, de 26 de
janeiro de 2007, que dispõe sobre o Grupo de Direção e
Assessoramento do Quadro Geral de Cargos de provimento em comissão
e as funções gratificadas da administração direta do Poder
Executivo, e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.142/2010, de autoria do Governador do
Estado.
A Lei nº 18.804, de 2010, cria o Núcleo Gestor da Cidade
Administrativa na estrutura orgânica básica da Secretaria de
Estado de Planejamento e Gestão – Seplag –, bem como cargos em
comissão necessários para garantir a gestão da Cidade
Administrativa, nova sede do governo do Estado.
A matéria foi amplamente discutida na Assembleia, tendo em vista
a repercussão da obra na administração pública estadual e na vida
do cidadão. Deve-se ressaltar ainda o fato de que a concentração
dos órgãos do Estado em uma única sede possibilitará mais
eficiência na prestação do serviço público. No transcorrer da
tramitação, as comissões da Assembleia apresentaram emendas com o
objetivo de adequar o projeto às normas jurídicas vigentes e
conferir mais clareza ao texto da lei.
Ampliação do objetivo social da Companhia Energética de Minas
Gerais – Cemig – Lei nº 18.695, de 5/1/2010
Ementa: Dá nova redação ao inciso II do § 1° do art. 2° da Lei n°
8.655, de 18 de setembro de 1984, que dispõe sobre mudança de
denominação da Centrais Elétricas de Minas Gerais S. A. – Cemig –
para Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig – e sobre
ampliação de seu objetivo social, e dá outra providência.
Origem: Projeto de Lei nº 3.619/2009, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei confere nova redação a um dispositivo da Lei n° 8.655,
de 1984, a fim de permitir que a Cemig preste também serviços de
desenvolvimento e exploração de sistemas de telecomunicação e de
informação, como telefonia, TV por assinatura e internet.
Esses serviços ganharam considerável importância nos processos de
trabalho da empresa e sempre foram usados em seu âmbito interno.
Percebeu-se, com efeito, que eles podem gerar receitas adicionais,
aumentando os lucros da Cemig, já que existe uma capacidade
excedente de infraestrutura que possibilita a comercialização
desses sistemas, que podem ser desenvolvidos pela própria estatal
ou por empresas de que participe, majoritária ou minoritariamente.
O Governador do Estado vetou dispositivo da proposição (oriundo
de alteração proposta e aprovada pela Assembleia durante a
tramitação do projeto) que revertia em prol da modicidade das
tarifas as receitas decorrentes do uso das instalações de
distribuição em atividades de telecomunicação.
No entanto, o Plenário da Assembleia rejeitou o veto, garantindo
aos cidadãos mineiros a possibilidade de redução das tarifas
cobradas pela Cemig.
Criação e extinção de cargos pertencentes ao Grupo de Atividades
de Ciência e Tecnologia do Poder Executivo – Lei nº 18.710, de
7/1/2010
Ementa: Cria e extingue cargos pertencentes ao Grupo de
Atividades de Ciência e Tecnologia do Poder Executivo, a que se
refere a Lei n° 15.466, de 13 de janeiro de 2005, altera as Leis
n° 15.784, de 27 de outubro de 2005, e n° 15.787, de 27 de outubro
de 2005, e as Leis Delegadas n° 129, de 25 de janeiro de 2007, e
n° 174, de 26 de janeiro de 2007, e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 3.439/2009, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei extingue e cria cargos de carreira pertencente ao Grupo
de Atividades de Ciência e Tecnologia do Poder Executivo. Foram
extintos 11 cargos vagos da carreira de Técnico em Atividades de
Ciência e Tecnologia, de nível médio de escolaridade, para dar
lugar a 11 cargos de Gestor em Ciência e Tecnologia, de nível
superior. A medida viabiliza o ingresso de profissionais de nível
superior na carreira, atendendo à demanda da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig.
Ademais, foi alterado o art. 9º da Lei nº 15.787, de 2005,
tornando possível o pagamento dos adicionais por tempo de serviço
para o servidor designado que se encontre na hipótese prevista no
artigo alterado. A medida pretendeu atender à demanda dos
representantes dos servidores do magistério, encaminhada pela
Secretaria de Estado de Educação e aprovada pela Câmara de
Coordenação Geral, Planejamento, Gestão e Finanças.
A Assembleia Legislativa teve participação relevante na
elaboração da Lei nº 18.710, aprovando emenda que tornou possível
a redução de até 25% da jornada diária dos servidores do Poder
Executivo que venham a desempenhar suas funções na Cidade
Administrativa.
Finalmente, também em razão de emenda aprovada por esta Casa, foi
criado um cargo de Piloto de Helicóptero, destinado à Polícia
Civil, o que se justifica pelo importante papel que a corporação
desempenha ao combater o crime, colaborar com as ações do MG
Transplantes e atuar em parceria com entidades e órgãos
responsáveis pela prevenção a incêndios florestais.
Alteração da estrutura orgânica da Auditoria-Geral do Estado –
AGE – Lei Complementar nº 112, de 13/1/2010
Ementa: Altera a Lei Complementar nº 81, de 10 de agosto de 2004,
que institui as carreiras do Grupo de Atividades Jurídicas do
Poder Executivo, a Lei Complementar nº 83, de 28 de janeiro de
2005, que dispõe sobre a estrutura orgânica da Advocacia-Geral do
Estado – AGE – e a Lei Delegada nº 177, de 26 de janeiro de 2007,
que estabelece as tabelas de remuneração dos cargos de provimento
em comissão da AGE.
Origem: Projeto de Lei Complementar nº 55/2009, de autoria do
Governador do Estado.
Essa lei complementar altera de forma significativa a estrutura
orgânica da Advocacia-Geral do Estado – AGE –, especialmente no
que concerne à criação da Câmara de Coordenação e à composição do
Conselho Superior da AGE.
O projeto que deu origem à lei foi muito debatido na Assembleia e
houve contundente manifestação dos Procuradores do Estado na busca
de assegurar a independência no desempenho de suas funções, bem
como a representatividade democrática do Conselho que se criou. A
atuação desta Casa foi fundamental para se chegar a um consenso, o
que resultou na edição de uma lei que atendeu aos interesses dos
servidores, dos representantes do referido órgão e da sociedade.
Como a Advocacia-Geral é órgão que orienta juridicamente as
decisões da administração pública, pode-se dizer que foi atendido
o interesse da coletividade, na medida em que o texto da nova lei
busca a eficiência da administração pública.
Reajuste dos valores do subsídio dos membros do Poder Judiciário
do Estado – Lei nº 18.698, de 5/1/2010
Ementa: Reajusta os valores do subsídio dos membros do Poder
Judiciário do Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 3.976/2009, de autoria do Presidente do
Tribunal de Justiça.
Essa lei objetiva reajustar os valores do subsídio dos membros do
Poder Judiciário do Estado. Os índices de reajuste foram os mesmos
concedidos aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, nos termos
da Lei Federal nº 12.041, de 2009: 5% a partir de 1º/9/2009 e
3,88% a partir de 1º/2/2010.
O valor do subsídio vigente à época da tramitação da matéria
nesta Casa permanecia inalterado desde 1º/1/2006, tendo sofrido
significativa desvalorização em decorrência da inflação. A edição
da nova lei visa, portanto, recompor o valor real da remuneração
dos membros daquele Poder.
Reajuste do subsídio de autoridades do Tribunal de Contas do
Estado
– Reajuste do subsídio dos Conselheiros e dos Auditores do
Tribunal de Contas do Estado – Lei nº 18.699, de 5/1/2010
Ementa: Reajusta o subsídio dos Conselheiros e dos Auditores do
Tribunal de Contas do Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 4.006/2009, de autoria do Presidente do
Tribunal de Contas.
– Estabelecimento do subsídio do Procurador do Ministério Público
junto ao Tribunal de Contas do Estado – Lei nº 18.715, de 8/1/2010
Ementa: Estabelece o subsídio do Procurador do Ministério Público
junto ao Tribunal de Contas do Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 4.005/2009, de autoria do Presidente do
Tribunal de Contas.
Essas duas leis reajustam os valores do subsídio de autoridades
do Tribunal de Contas. A medida visa ajustar o sistema
remuneratório dos Conselheiros, Auditores e Procuradores aos
preceitos da Constituição Federal.
Antes de aprovar a matéria, a Assembleia verificou o impacto
orçamentário e financeiro do reajuste, com o intuito de comprovar
sua conformidade com as leis orçamentárias e, em especial, com a
Lei de Responsabilidade Fiscal. Constatou-se não haver impedimento
à aprovação do reajuste.
Reajuste do subsídio dos membros do Ministério Público do Estado
– Lei nº 18.700, de 5/1/2010
Ementa: Reajusta os valores do subsídio dos membros do Ministério
Público do Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 3.977/2009, de autoria do Procurador-
Geral de Justiça do Estado.
Essa lei reajusta os valores do subsídio dos membros do
Ministério Público do Estado. Os índices de reajuste são os mesmos
concedidos ao Procurador-Geral da República, nos termos da Lei
Federal nº 12.042, de 2009: 5% a partir de 1º/9/2009 e 3,88% a
partir de 1º/2/2010.
A nova lei visa assegurar a irredutibilidade do subsídio dos
membros do Ministério Público, o que implica a necessidade de
reajuste periódico, de acordo com os índices inflacionários, para
recomposição de seu valor real.
Reajuste do vencimento dos servidores e alteração do plano de
carreira dos servidores do Tribunal de Contas do Estado – Lei nº
18.799, de 31/3/2010
Ementa: Reajusta o vencimento dos servidores do Tribunal de
Contas do Estado, altera as Leis nº 12.974, de 28 de julho de
1998, e nº 13.770, de 6 de dezembro de 2000, e dá outras
providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.147/2010, de autoria do Presidente do
Tribunal de Contas.
Essa lei concede melhoria salarial aos servidores do Tribunal de
Contas do Estado por meio de reajuste de 10% sobre seu vencimento
básico e elevação de quatro padrões na carreira para o servidor
efetivo que tenha ingressado no Tribunal no período compreendido
entre 1º/8/2008 e o início da vigência da lei. Essa elevação de
padrões confere tratamento isonômico para esses servidores, uma
vez que os demais, que ingressaram no Tribunal antes de 1º/8/2008,
haviam sido posicionados quatro padrões acima na carreira por
força da Lei nº 17.690, de 2008.
A Lei nº 18.799 concede também abono para os servidores do
Tribunal de Contas, a fim de garantir valores de vencimento básico
nas condições que especifica, além de transformar cargos e
promover alterações dos quadros para adequá-los à estrutura do
Tribunal, objetivando, principalmente, a valorização de seus
servidores.
A Assembleia teve participação relevante no processo de
elaboração da lei, examinando as medidas propostas em face dos
limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e demonstrando a
necessidade de alterações nos valores dos reajustes propostos,
apontando, ainda, a necessidade da adoção de outras medidas, o que
foi prontamente atendido pelo Tribunal de Contas.
Criação de cargos no quadro de pessoal do Ministério Público do
Estado – Lei nº 18.800, de 3/3/2010
Ementa: Cria cargos no Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares
do Ministério Público do Estado, altera a Lei nº 16.180, de 16 de
junho de 2006, e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.384/2010, de autoria do Procurador-
Geral de Justiça do Estado.
Essa lei concede melhoria salarial aos servidores do Ministério
Público do Estado por meio de reajuste de 10% sobre seu vencimento
básico.
Além disso, cria 32 cargos de provimento em comissão para
assessoramento e coordenação, 121 cargos de Oficial do Ministério
Público, de nível médio de escolaridade, e 282 cargos de Analista
do Ministério Público, de nível superior, todos necessários à
estruturação do planejamento estratégico da instituição, bem como
à garantia de que cada Promotoria de Justiça disponha de um
Analista e de um Oficial.
A lei veda ao servidor ocupante de cargo de provimento em
comissão o recebimento de horas extras em razão da prestação de
serviços extraordinários, uma vez que esse tipo de gratificação
não condiz com a natureza de cargo de confiança, cuja remuneração
já contempla as atividades especiais a serem desenvolvidas por seu
ocupante.
Com a edição dessa lei, o Ministério Público pretende contar com
uma estrutura que corresponda aos serviços que presta, além de
promover a valorização de seus servidores, medidas essenciais para
o bom desempenho de sua função jurisdicional.
Reajuste dos subsídios dos membros da Defensoria Pública do
Estado – Lei nº 18.801, de 31/3/2010
Ementa: Reajusta o subsídio dos membros da Defensoria Pública do
Estado e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.386/2010, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei reajusta o subsídio dos Defensores Públicos estaduais. O
reajuste aprovado foi escalonado em três etapas, com vigências a
partir de 1º/5/2010, 1º/9/2011 e 1º/9/2012.
Houve um reajuste de aproximadamente 21,5%, com vigência a partir
de 1º/5/2010, para o cargo de Defensor Público. Já para os cargos
de Defensor Público-Geral, Subdefensor Público-Geral e de
Corregedor-Geral, o reajuste, com vigência a partir de 1º/5/2010,
foi de aproximadamente 8,7%. O reajuste do subsídio do cargo de
Defensor Público, considerando-se a diferença entre os valores
vigentes antes da edição dessa lei e os que passarão a valer a
partir de 1º/9/2011, será de aproximadamente 52%. Considerando-se
os valores que passarão a vigorar a partir de 1º/9/2012, o
reajuste será de aproximadamente 82%.
A Assembleia Legislativa teve participação relevante na
elaboração dessa lei, apresentando substitutivo que corrigiu
impropriedades técnicas existentes no texto proposto pelo
Governador do Estado.
A lei busca valorizar o Defensor Público, servidor indispensável
à função jurisdicional do Estado, que desempenha a relevante
função de orientar e defender juridicamente as pessoas que não
dispõem de recursos para arcar com a assistência jurídica de que
necessitam.
Reajuste dos valores das tabelas de vencimento básico das
carreiras do Poder Executivo – Lei nº 18.802, de 31/3/2010
Ementa: Reajusta os valores das tabelas de vencimento básico das
carreiras do Poder Executivo que menciona e dá outras
providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.387/2010, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei reajusta os valores dos vencimentos básicos de várias
carreiras do Poder Executivo, dentre elas as carreiras da
Educação, da Saúde e da Defesa Social. O aumento do piso
remuneratório dos professores e especialistas em educação, com
vigência a partir de 1º/5/2010, foi estendido aos servidores
aposentados e pensionistas que fazem jus à paridade.
O projeto de lei original foi alterado pela Assembleia para
adequar-se às normas jurídicas vigentes. Ademais, buscou-se a
valorização dos referidos profissionais, atendendo-se à
necessidade de correção dos valores dos vencimentos básicos por
eles percebidos.
Prorrogação, por 60 dias, da licença-maternidade no âmbito do
Poder Executivo estadual – Lei nº 18.879, de 27/5/2010
Ementa: Dispõe sobre a prorrogação, por sessenta dias, da licença-
maternidade, no âmbito da administração pública direta, autárquica
e fundacional do Poder Executivo estadual.
Origem: Projeto de Lei nº 4.388/2010, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei institui, no âmbito da administração pública direta,
autárquica e fundacional do Poder Executivo estadual, programa
destinado a prorrogar por 60 dias a duração da licença-
maternidade. A medida contribui para a efetividade do direito
social de proteção à maternidade e à infância, bem como para o
atendimento da exigência constitucional de proteção especial do
Estado à família e à criança.
A prorrogação, que será automaticamente concedida à servidora que
requerer a licença-maternidade, inicia-se no dia subsequente ao do
término da vigência da licença. A lei prevê ainda que o direito à
prorrogação estende-se à servidora adotante ou detentora de guarda
judicial para fins de adoção de criança.
A Assembleia teve participação relevante no processo de
elaboração da lei. Com vistas a coibir eventuais desvirtuamentos
no gozo do benefício, incluiu-se dispositivo estabelecendo que,
durante o prazo de prorrogação da licença-maternidade, a servidora
não poderá exercer atividade remunerada e a criança não poderá ser
mantida em creche ou instituição similar. Além disso, acrescentou-
se comando que impede que o gozo desse benefício prejudique o
desenvolvimento da servidora na carreira.
Criação de cargos em comissão na secretaria do Tribunal de
Justiça – Lei nº 18.859, de 11/5/2010
Ementa: Cria cargos no Quadro de cargos de provimento em comissão
da Secretaria do Tribunal de Justiça e altera a Lei nº 16.645, de
5 de janeiro de 2007.
Origem: Projeto de Lei nº 3.501/2009, de autoria do Tribunal de
Justiça.
Essa lei cria 54 cargos de provimento em comissão na estrutura
administrativa do Tribunal de Justiça, dos quais 50 são de
recrutamento amplo e quatro de recrutamento limitado. Foram
criados 30 cargos de Assessor Judiciário, de recrutamento amplo;
dois cargos de Gerente de Cartório, de recrutamento limitado; dois
cargos de Escrevente, de recrutamento limitado; e 20 cargos de
Assistente Judiciário, de recrutamento amplo. O provimento desses
cargos está condicionado à existência de disponibilidade de
recursos orçamentários e financeiros, a ser verificada pelo
Presidente do Tribunal de Justiça.
A criação desses cargos tem como objetivo tornar viável a
instalação de duas câmaras de julgamento no Tribunal de Justiça,
motivada pelo aumento constante da demanda processual. Os cargos
de Desembargador, necessários para o funcionamento de tais
câmaras, estão previstos na Lei Complementar nº 105, de 2008.
Os cargos criados podem proporcionar mais celeridade nas decisões
judiciais e, consequentemente, contribuir para atenuar um dos mais
graves problemas da justiça, que é a morosidade dos julgamentos.
Revisão anual dos vencimentos e proventos dos servidores do Poder
Judiciário – Lei nº 18.909, de 31/5/2010
Ementa: Dispõe sobre a revisão anual dos vencimentos e proventos
dos servidores do Poder Judiciário do Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 4.389/2010, de autoria do Tribunal de
Justiça.
A proposta do Tribunal de Justiça, convertida em lei, fixou em 1º
de maio a data-base para a revisão dos vencimentos e proventos dos
servidores do Poder Judiciário do Estado. Desse modo, deu
cumprimento ao disposto no art. 37, X, da Constituição da
República, que assegura a revisão geral anual dos vencimentos e
proventos dos servidores públicos.
Estruturação da carreira de Especialista em Políticas Públicas e
alteração de vencimento dos policiais civis – Lei nº 18.974, de
29/6/2010
Ementa: Estabelece a estrutura da carreira estratégica de
especialista em políticas públicas e gestão governamental, altera
as tabelas de vencimento das carreiras policiais civis de que
trata a Lei Complementar nº 84, de 25 de julho de 2005, e dá
outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.485/2010, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei estabeleceu um novo modelo de desenvolvimento de
servidores na carreira de Especialista em Políticas Públicas e
Gestão Governamental. Tal carreira é considerada estratégica para
a administração pública estadual uma vez que se busca dotar o
Estado de administradores públicos capacitados para a gestão da
máquina pública e para a elaboração, avaliação e implementação de
políticas públicas, sendo, por isso, considerados vetores de
disseminação das iniciativas de modernização da gestão pública.
As Comissões da Casa propiciaram ampla discussão da matéria,
apresentando emendas e um substitutivo para aprimorar o texto
original do projeto de lei encaminhado pelo Governador.
A lei abrange também normas relativas às tabelas de vencimento
das carreiras de Delegado de Polícia, Médico-Legista, Perito
Criminal, Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia. A
inclusão na lei de tais dispositivos teve o objetivo de adequar as
tabelas de vencimentos dos referidos servidores às alterações
promovidas pela a Lei Complementar nº 113, de 2010, que alterou a
estrutura das carreiras da Polícia Civil.
Estabelecimento do subsídio das carreiras da Educação Básica e do
pessoal civil da Polícia Militar – Lei nº 18.975, de 29/6/2010
Ementa: Fixa o subsídio das carreiras do grupo de atividades de
Educação Básica do Poder Executivo estadual e do pessoal civil da
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e dá outras
providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.689/2010, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei estabelece o regime remuneratório de subsídio para as
carreiras do Grupo da Educação Básica do Poder Executivo e do
pessoal da Polícia Militar, com o objetivo de modernizar a
estrutura remuneratória das carreiras da Educação e reduzir as
disparidades entre as remunerações de servidores com a mesma
função, a fim de tornar a carreira do magistério mais atraente,
com profissionais mais bem qualificados.
A proposição convertida na lei em referência foi alterada pela
Assembleia Legislativa mediante a apresentação de substitutivo e
emendas para que o texto se adequasse às normas jurídicas
vigentes. Tais propostas resultaram no aprimoramento dos critérios
de posicionamento dos servidores nas tabelas de vencimento; na
modificação de carreiras da Educação Superior, antes não abarcadas
pelo projeto de lei; na alteração da cláusula de vigência, que foi
antecipada para 1° de janeiro de 2011.
O projeto original foi fruto de demanda existente na área de
educação para a valorização dos servidores, tendo sido objeto de
ampla discussão entre o governo, a categoria, a Assembleia e a
sociedade. Sua importância está no fato de conferir mais dignidade
à carreira, pela valorização dos profissionais, tendo em vista a
relevância da função exercida para a sociedade.
Reajuste dos vencimentos dos servidores do Poder Judiciário – Lei
nº 18.976, de 29/6/2010
Ementa: Reajusta os vencimentos dos servidores do Poder
Judiciário do Estado de Minas Gerais, mediante alteração do Anexo
X da Lei nº 13.467, de 12 de janeiro de 2000, que altera o plano
de carreiras dos servidores efetivos do Poder Judiciário.
Origem: Projeto de Lei nº 4.663/2010, de autoria do Tribunal de
Justiça.
A proposta do Tribunal de Justiça, convertida em lei, definiu
que, a partir de 1º de janeiro de 2011, o valor do padrão PJ-01 do
item "b" da Tabela de Escalonamento Vertical de Vencimentos
constante no Anexo X da Lei nº 13.467, de 2000, relativo aos
servidores do Poder Judiciário, fica reajustado em 10,14%,
passando a ser de R$813,40.
A lei não se aplica ao servidor inativo cujos proventos tenham
sido calculados nos termos dos §§ 3º e 17 do art. 40 da
Constituição Federal e sejam reajustados na forma prevista no § 8º
do mesmo artigo e ao servidor de que trata o art. 9º da Lei
Complementar nº 100, de 5 de novembro de 2007. Além disso, a
aplicação dos comandos normativos está condicionada ao cumprimento
dos limites estabelecidos pela Lei Complementar Federal nº 101, de
2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ampliação do campo de atuação da empresa Minas Gerais
Administração e Serviços S. A. – Lei nº 19.087, de 21/7/2010
Ementa: Altera a Lei nº 11.406, de 28 de janeiro de 1994, que
reorganiza a autarquia Instituto de Previdência dos Servidores
Militares do Estado de Minas Gerais – IPSM –, introduz alterações
na estrutura orgânica de Secretarias de Estado e dá outras
providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.144/2010, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei alterou dispositivos legais que disciplinam a empresa
pública Minas Gerais Administração e Serviços S. A. – MGS –, que
tem por finalidade a prestação de serviços técnicos,
administrativos e gerais à administração pública direta e
indireta. A lei aprovada possibilitou a ampliação do campo de
atuação da empresa, que poderá passar a prestar serviços também
aos Municípios e às entidades públicas municipais. Até então, ela
só podia prestar serviços para a administração pública direta e
indireta estadual.
Ademais, a lei tratou de regularizar a legislação que disciplina
a vinculação da MGS, adequando-a às normas previstas no art. 4º,
II, "c", da Lei Delegada nº 126, de 2007, e no art. 28, X, "c", da
Lei Delegada nº 112, de 2007, que tratam da vinculação da empresa
à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – Seplag.
Alteração nas carreiras policiais civis – Lei Complementar nº
113, de 29/6/2010
Ementa: Altera a Lei Complementar nº 84, de 25 de julho de 2005,
e a Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969, transforma os cargos
que menciona e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei Complementar nº 60/2010, de autoria do
Governador do Estado.
Essa lei alterou a estrutura das carreiras policiais civis, os
requisitos para o ingresso nelas e a estrutura orgânica da Polícia
Civil.
Houve mudança na hierarquia das carreiras policiais civis, com o
nivelamento das carreiras de Médico Legista, Perito Criminal,
Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia, mantida a
autoridade superior do Delegado de Polícia. Ademais, na estrutura
das carreiras, foi criado um novo grau no último nível hierárquico
de cada carreira, que passou a ter os graus A e B.
A lei aprovada, cujo projeto original foi amplamente discutido e
aprimorado por esta Casa, introduziu medidas que beneficiam os
policiais civis, valorizando, dessa forma, as carreiras da Polícia
Civil e dignificando a relevante função desempenhada pelos
integrantes desse órgão. Ao longo da discussão e do aprimoramento,
foram apresentados diversos substitutivos e emendas à proposição
original.
De acordo com a nova lei, os novos ingressos de servidores na
carreira de Investigador de Polícia dar-se-ão apenas no primeiro
quadro, de modo que passa a ser exigido o nível superior de
escolaridade. Essa exigência não se aplica, porém, aos aspirantes
à carreira de Agente de Polícia em curso de formação promovido
pela Acadepol na data de publicação da nova lei.
Foram criados, ainda, quadros distintos para as carreiras de
Escrivão de Polícia I e de Escrivão de Polícia II. A primeira terá
nível superior de escolaridade e seu quadro será formado com o
provimento de novos servidores submetidos a concursos públicos
realizados a partir da publicação da nova lei. Por outro lado, o
quadro da carreira de Escrivão de Polícia II é formado com a
transformação dos 1.878 cargos de Escrivão de Polícia. O seu nível
de escolaridade é o médio e ele é composto pelos servidores que
atualmente ocupam os cargos transformados, quais sejam os cargos
de Escrivão de Polícia.
Também em razão de um dos substitutivos apresentados, a lei fixou
as atribuições de todos os cargos integrantes das carreiras
policiais civis. Tal medida visa à profissionalização do serviço
público e à garantia da segurança das relações jurídicas.
Ressalta-se, por fim, que, em razão desse aprimoramento pelo qual
passou a proposição na Assembleia, a lei aprovada tratou também de
regulamentar a concessão do Adicional de Desempenho no âmbito da
Polícia Civil.
Alterações na carreira do Grupo de Atividades Jurídicas do Poder
Executivo – Lei Complementar nº 114, de 13/5/2010
Ementa: Altera a Lei Complementar nº 81, de 10 de agosto de 2004,
que institui as carreiras do Grupo de Atividades Jurídicas do
Poder Executivo, e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei Complementar nº 62/2010, de autoria do
Governador do Estado.
A norma em epígrafe altera a redação do art. 6º da Lei
Complementar nº 81, de 2004, vedando a Procurador do Estado o
exercício da advocacia contra o Estado de Minas Gerais ou as
entidades integrantes de sua administração indireta.
Anteriormente, aos Procuradores do Estado era proibido o
exercício não só da advocacia fora de suas atribuições
institucionais como também de qualquer outra atividade remunerada,
exceto a decorrente das acumulações constitucionalmente
permitidas. Em consonância com o Estatuto da Ordem dos Advogados
do Brasil – OAB –, a norma em questão restringiu a vedação ao
exercício da advocacia contra o Estado ou contra as entidades de
sua administração indireta, contribuindo para tornar a carreira da
Advocacia do Estado mais atraente para profissionais qualificados
que não podiam ingressar nos seus quadros por exercer advocacia
privada.
Para adequar a medida à legislação vigente, o art. 4º da lei
revoga o art. 21 da Lei Complementar nº 75, de 2004; o inciso I do
art. 28 e o art. 31 da Lei Complementar nº 81, de 2004; e o art.
11 da Lei Complementar nº 96, de 2007.
Por fim, a norma promoveu alterações pontuais na Lei Complementar
nº 81, de 2004. A alteração mais relevante tem o objetivo de
determinar que os cargos de chefia dos setores jurídicos dos
órgãos que compõem a Advocacia Pública do Estado deverão ser
ocupados, preferencialmente, pelos Procuradores do Estado.
Alteração das exigências para o ingresso no Quadro de Praças e no
Quadro de Oficiais da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais –
Lei Complementar nº 115, de 5/8/2010
Ementa: Altera a Lei nº 5.301, de 16 de outubro de 1969, que
contém o Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais, e dá
outras providências.
Origem: Projeto de Lei Complementar nº 61/2010, de autoria do
Governador do Estado.
A lei complementar em epígrafe estabeleceu a exigência de nível
superior de escolaridade para o ingresso no Quadro de Praças da
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais. Dispôs, ainda, que,
para o ingresso no Quadro de Oficiais da Polícia Militar, são
necessárias a apresentação do título de bacharel em Direito
expedido por estabelecimento reconhecido pelo sistema de ensino
federal, estadual ou do Distrito Federal e a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil na realização do concurso público.
Para fins de adequação dos quadros de Praças das instituições
militares às novas disposições quanto ao ingresso na carreira de
Praças e de Praças Especialistas da Polícia Militar, a lei
estabeleceu uma regra de transição para os próximos cinco anos,
admitindo a graduação no nível médio de escolaridade,
exclusivamente, para a formação em curso de nível superior
realizado na própria instituição. Estabeleceu, ainda, que esse
período de transição poderá ser prorrogado por período
equivalente, por ato do Governador do Estado.
Durante a tramitação do projeto de lei complementar nesta Casa,
foram apresentados vários substitutivos e emendas. Em razão de
propostas de alterações acatadas pelo Plenário desta Casa, o texto
aprovado assegurou que, para o ingresso no Corpo de Bombeiros
Militar, ficou mantida a exigência da graduação em nível médio.
Por outro lado, para ingresso no Quadro de Oficiais do Corpo de
Bombeiros Militar, passou a ser exigida a conclusão do curso de
formação de oficiais, em nível superior de graduação, promovido
pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.
Também em razão de substitutivo aprovado por esta Casa, a lei
complementar estabeleceu que o gozo do benefício da prorrogação da
licença-maternidade não prejudicará o desenvolvimento da militar
na carreira, adotando-se a mesma regra estabelecida para as
servidoras públicas civis do Poder Executivo.
Direcionamento estratégico da Assembleia Legislativa – Resolução
nº 5.334
Ementa: Dispõe sobre o Direcionamento Estratégico da Assembleia
Legislativa do Estado de Minas Gerais e dá outras providências.
Origem: Projeto de Resolução nº 4615/2010, de autoria da Mesa da
Assembleia.
Essa resolução dispõe sobre o Direcionamento Estratégico da
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, que estabelece a
forma de atuação desta Casa durante os próximos 10 anos. Assim,
sendo a missão deste Parlamento exercer a representação e promover
a participação da sociedade na elaboração das leis estaduais e na
avaliação de políticas públicas para o desenvolvimento do Estado e
estabelecido o ponto a que se pretende chegar até 2020, traçam-se
os objetivos estratégicos para definição dos resultados
necessários ao cumprimento da missão.
Para que se chegue a tais resultados, foram definidos na
resolução cinco compromissos que o Parlamento assume com o povo
mineiro e que correspondem às ideias fundamentais pelas quais a
Casa deve pautar sua atuação: a promoção de maior participação da
sociedade por meio de instrumentos que possibilitem a manifestação
de suas demandas; a consideração dos interesses da sociedade como
insumo imprescindível à produção de leis de qualidade; a
participação ativa na formulação de políticas públicas que visem à
redução das desigualdades regionais, à melhoria dos indicadores
sociais e ao desenvolvimento sustentável do Estado; avaliação das
políticas públicas implementadas pelo Poder Executivo com base nas
metas estabelecidas e nos resultados alcançados bem como na
observância dos princípios da legalidade, legitimidade,
moralidade, economicidade e razoabilidade; e a atuação
institucional pautada pela ética, austeridade, transparência e
eficiência administrativa.
De acordo com a resolução, a Mesa da Assembleia definirá em
regulamento, a cada biênio, as prioridades para implementação do
Direcionamento Estratégico e a respectiva carteira de projetos –
sendo esta o agrupamento de projetos estratégicos prioritários a
serem realizados.
É necessário, por fim, que haja um rigoroso sistema de
acompanhamento e controle que possibilite verificar o andamento da
implementação dos projetos. Para a execução dessa tarefa, a
resolução institui o Comitê Executivo Assembleia 2020, que será
integrado por seu Coordenador-Geral – função que será exercida
pelo Diretor de Planejamento e Coordenação – e pelos gestores de
projetos, cujas atribuições serão detalhadas em regulamento.
Proposições aprovadas, aguardando promulgação ou sanção
Adequação da Constituição do Estado ao disposto na Constituição
da República – Proposta de Emenda à Constituição nº 54/2009
Ementa: Altera a Constituição do Estado para adequação ao
disposto na Constituição da República.
Autoria: Deputado Lafayette de Andrada, como primeiro signatário.
A Proposta de Emenda à Constituição nº 54/2009 pretende promover
alterações no texto da Constituição Estadual para adequá-lo às
diversas reformas promovidas na Constituição da República desde
sua promulgação em 1988.
O texto original da Constituição Federal já foi sensivelmente
modificado por mais de 60 emendas de reforma ou revisão. Essas
emendas alteraram a Carta da República em matérias especialmente
relevantes para os Estados, como administração pública,
previdência social, sistema tributário e Poder Judiciário.
De acordo com o art. 25 da Carta Federal, o poder constituinte
decorrente dos Estados da Federação, dotado de autonomia, deve
respeitar os princípios constitucionais de observância obrigatória
pelos Estados. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, essa exigência importa em um princípio de simetria, que
vincula ou restringe o âmbito de atuação do constituinte estadual.
A própria extensão da proposição revela que a Carta mineira,
embora também tenha sido reformada em algumas ocasiões, inclusive
para fins de adaptação a alterações promovidas no âmbito federal,
diverge da Constituição da República em diversas matérias. A
correção dessa situação de insegurança jurídica é, assim,
imprescindível para impedir restrições judiciais à prerrogativa de
auto-organização estadual, principalmente no que toca às
alterações promovidas pelas chamadas Reformas Administrativa,
Previdenciária, do Poder Judiciário e Tributária, expressas nas
Emendas Constitucionais nºs 19 e 20, de 1998; nº 30, de 2000; nº
37, de 2002; nºs 41 e 42, de 2003; e nº 45, de 2004.
Evidentemente, esse trabalho se dá no âmbito da autonomia do
Estado, com alguma margem para a opção do constituinte derivado
estadual. Observa-se, não obstante, que a proposição se pauta por
rigorosa observância do texto vigente da Constituição da
República, evitando interpretações polêmicas.
Estabelecimento de condições para provimento de cargos e empregos
que envolvam funções de direção na administração pública estadual
– Proposta de Emenda à Constituição nº 63/2010
Ementa: Altera a Constituição do Estado vedando a nomeação ou
desugnação para os cargos que menciona daqueles considerados
inelegíveis nos termos da legislação federal.
Autoria: Deputado Alencar da Silveira Jr., como primeiro
signatário.
A Proposta de Emenda à Constituição nº 63/2010 objetiva
estabelecer condições para o provimento de cargos e empregos que
envolvam funções de direção na administração pública estadual.
Objetivamente, visa a considerar as hipóteses de inelegibilidade
decorrente de ato ilícito constantes na legislação federal como
impedimentos também ao exercício dos cargos de Secretário de
Estado, Secretário Adjunto, Subsecretário e equivalentes e dos
cargos ou empregos de direção superior nas entidades da
administração indireta e, ainda, à participação em lista tríplice
a ser submetida ao Governador do Estado para a escolha de
autoridades nos casos previstos na Constituição mineira.
A proposição insere-se no contexto de importante processo de
densificação do princípio da moralidade administrativa, na linha
da recém-editada "Lei da ficha limpa" (Lei Complementar Federal nº
135/2010), que alterou a Lei Complementar Federal nº 64/1990, para
incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a
probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. A
Proposta de Emenda à Constituição nº 63/2010 inova na medida em
que busca estender condicionamentos originalmente impostos ao
provimento de cargos eletivos também para o exercício de funções
públicas de direção de caráter não eletivo.
Arbitragem na Administração – Projeto de Lei nº 4.462/2010
Ementa: Dispõe sobre a adoção do juízo arbitral para a solução de
litígio em que o Estado seja parte e dá outras providências.
Autoria: Comissão Especial sobre a Arbitragem.
O Projeto de Lei nº 4.462/2010 faculta ao Estado e às entidades
da administração indireta (autarquia, fundação pública, sociedade
de economia mista e empresa pública) a utilização do juízo
arbitral para a solução de conflitos que envolvem direitos
patrimoniais disponíveis. Nesse caso, são as partes que escolhem a
Câmara Arbitral de sua confiança para o julgamento do conflito, e
a decisão tem eficácia jurídica análoga à do Poder Judiciário.
Para exercer a função de árbitro, a pessoa tem de ter
nacionalidade brasileira, ser maior de idade, capaz e possuir
conhecimento técnico sobre o assunto previsto no contrato, entre
outros requisitos. A Câmara Arbitral deverá ter,
preferencialmente, sede no Estado de Minas Gerais, estar
regularmente constituída sob a forma de associação sem fins
lucrativos e ter reconhecida idoneidade, competência e experiência
na administração de procedimentos arbitrais.
A vantagem da arbitragem consiste na celeridade e rapidez no
julgamento da controvérsia, sem comprometer a imparcialidade, pois
o projeto estabelece que a sentença deve ser prolatada no prazo de
cento e oitenta dias contados da data de instituição da
arbitragem. A arbitragem na administração é uma forma de atenuar a
morosidade do Poder Judiciário, que, normalmente, demora muito
tempo para decidir os conflitos de interesse. Além disso, é bom
ressaltar que o projeto não impõe a utilização do juízo arbitral,
mas apenas faculta o seu uso pelos órgãos e entidades da
administração pública.
AGROPECUÁRIA
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba – Lei
nº 18.720, de 13/1/2010
Ementa: Altera a Lei nº 15.019, de 15 de janeiro de 2004, que
dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba – Fundo
Jaíba.
Origem: Projeto de Lei nº 3.481/2009, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei promoveu a adequação da Lei nº 15.019, de 15/1/2004, que
dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba – Fundo
Jaíba –, às regras da lei geral dos fundos do Estado, Lei
Complementar nº 91, de 2006.
Dentre as modificações estão a determinação expressa da duração
indeterminada do Fundo; a definição da Secretaria de Estado de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Seapa – como sua gestora;
a autorização para que o agente financeiro do Fundo, o Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG –, receba bens mediante
dação em pagamento para quitação de financiamentos com recursos do
Fundo; e a alteração nas regras de remuneração do BDMG, antes
fixada em 3% e que passa para 2% a 4% ao ano, possibilitando maior
flexibilidade para o atendimento de públicos diferenciados.
Transformação e processamento da produção oriunda da agricultura
familiar – Lei nº 18.814, de 20/4/2010
Ementa: Altera a Lei nº 16.680, de 10 de janeiro de 2007, que
dispõe sobre o apoio a iniciativas de comercialização direta entre
agricultores familiares e consumidores.
Origem: Projeto de Lei nº 630/2007, de autoria do Deputado
Weliton Prado.
A alteração promovida na Lei nº 16.680, de 2007, que dispõe sobre
o apoio a iniciativas de comercialização direta entre agricultores
familiares e consumidores, visa estimular a industrialização da
produção como forma de fortalecer a agricultura familiar bem como
de capacitar os produtores e dinamizar o processo de
comercialização de seus produtos.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Afixação de placas que alertem para o fato de que a exploração
sexual de crianças e adolescentes é crime – Lei n° 18.723, de
13/1/2010
Ementa: Altera o "caput" do art. 1° da Lei n° 17.507, de 29 de
maio de 2008, que torna obrigatória a afixação, em hotéis,
pensões, motéis e estabelecimentos congêneres, de placas que
alertem sobre o fato de que a exploração sexual de crianças e
adolescentes é crime.
Origem: Projeto de Lei nº 3.157/2009, de autoria do Deputado Eros
Biondini.
A norma amplia a abrangência da Lei nº 17.507, de 2008, que torna
obrigatória a afixação de placas de advertência sobre a exploração
sexual de crianças e adolescentes em hotéis, pensões, motéis e
estabelecimentos congêneres, estendendo o comando a escolas,
hospitais, maternidades e postos de saúde públicos. Além disso,
determina que nas placas a serem afixadas conste a recomendação
"Denuncie a pedofilia".
Ao incluir estabelecimentos de saúde e instituições de ensino no
comando da Lei nº 17.507, a norma visa alertar um público mais
amplo sobre a gravidade da pedofilia e da exploração sexual de
crianças e adolescentes e, dessa forma, contribuir para coibi-las.
Instituição da política de fomento ao voluntariado transformador
– Lei nº 18.716, de 8/1/2010
Ementa: Institui a política estadual de fomento ao voluntariado
transformador.
Origem: Projeto de Lei n° 3.653/2009, de autoria da Deputada
Rosângela Reis.
A lei institui a política estadual de fomento ao voluntariado
transformador, destinada a preparar cidadãos e instituições para a
prática do voluntariado.
Pretende-se que essa política de fomento seja capaz de garantir o
acompanhamento das atividades de voluntariado empreendidas pelos
srgãos do governo do Estado, pelo empresariado e pelo terceiro
setor e de promover a articulação de diferentes iniciativas de
voluntariado, sempre em consonância com as políticas públicas.
Adaptação de veículos para aprendizagem de pessoas com
deficiência – Lei n° 18.940, de 14/6/2010
Ementa: Obriga os Centros de Formação de Condutores a destinar e
a adaptar veículos para a aprendizagem de pessoas com deficiência
física.
Origem: Projeto de Lei nº 1.398/2007, de autoria do Deputado
Dinis Pinheiro.
Essa lei tem por finalidade assegurar o exercício da prática de
direção veicular pelo deficiente físico, direito intrinsecamente
condicionado à aprovação do candidato nos exames teórico e prático
aplicados pelo Detran. Com efeito, a lei contribui para garantir,
nos Centros de Formação de Condutores – CTSs – com frota superior
a 10 veículos, a disponibilidade de um veículo adaptado ao uso por
pessoas com deficiência. Além disso, a lei prevê a possibilidade
de associação entre CTCs para o cumprimento dessa determinação.
Ao aprovar essa lei, esta Casa contribui para a concretização da
garantia constitucional da proteção a que fazem jus todos os
cidadãos mineiros, especialmente aqueles que integram a parcela
mais vulnerável da população, a exemplo das pessoas com
deficiência.
CULTURA
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Salvaguarda do patrimônio cultural associado ao transporte
ferroviário – Lei nº 19.092, de 2/8/2010
Ementa: Altera a Lei nº 11.726, de 30 de dezembro de 1994, que
dispõe sobre a política cultural do Estado de Minas Gerais, e a
Lei nº 12.398, de 12 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Plano
Mineiro de Turismo e dá outras providências.
Origem: Projeto de Lei n° 3.056/2009, de autoria do Deputado João
Leite.
O patrimônio cultural associado ao transporte ferroviário é
constituído por edificações, trilhos, pontes, viadutos, túneis,
locomotivas e por outros bens de grande valor histórico e
cultural, como mapas, registros de tráfego, plantas e fotografias.
Esse acervo cultural foi-se degradando a partir da decadência do
transporte de passageiros e da privatização da Rede Ferroviária
Federal – RFFSA –, o que desarticulou o sistema nacional de
transporte ferroviário.
Essa lei tem por objetivo preservar o patrimônio cultural
associado ao transporte ferroviário no âmbito do Estado de Minas
Gerais. Para tanto, inclui, no Plano Mineiro de Turismo (Lei nº
12.398, de 1996), o incentivo ao turismo direcionado para o
patrimônio cultural associado ao transporte ferroviário entre as
políticas nas quais o Estado implementará ações estratégicas. Além
disso, a lei insere a salvaguarda dos acervos associados ao
transporte ferroviário nas diretrizes da política cultural para o
patrimônio, arroladas no art. 6° da Lei n° 11.726, de 1994.
Durante sua tramitação, a matéria foi objeto de audiência pública
realizada pela Comissão de Cultura, em 2009, ocasião em que
estiveram presentes órgãos e entidades, públicas e privadas, de
defesa do patrimônio cultural, bem como representantes da área do
transporte ferroviário no Estado.
Proposições aprovadas, aguardando sanção
Política Estadual de Arquivos – Projeto de Lei nº 335/2007
Ementa: Dispõe sobre a Política Estadual de Arquivos.
Autoria: Deputado Arlen Santiago.
O projeto de lei consolida, em norma única e específica, a
matéria concernente à política pública de arquivos do Estado e aos
critérios de gestão e conservação dos documentos públicos e
privados de interesse social.
Diante da complexidade técnica da matéria, durante o 1º turno da
tramitação do Projeto de Lei nº 335/2007 foi constituído um grupo
de trabalho que realizou estudos preliminares para o seu
aperfeiçoamento. Como resultado desse trabalho, foi elaborada uma
minuta de substitutivo para ser submetida à apreciação de
representantes do Conselho Estadual de Arquivos, das instituições
arquivísticas públicas do Estado e de profissionais e
pesquisadores da área.
Esse processo de elaboração coletiva culminou na realização de
uma audiência pública da Comissão de Cultura, em 30 de junho deste
ano, que debateu as questões mais relevantes propostas na minuta e
acolheu sugestões de representantes do Conselho Estadual de
Arquivos, dos arquivos dos três Poderes do Estado, do Ministério
Público e do Tribunal de Contas, além de profissionais e
pesquisadores da área, para o aperfeiçoamento da minuta.
As principais inovações incorporadas ao texto do substitutivo
foram a formulação de conceitos que buscam articular mecanismos
para a adequada gestão arquivística no Estado e a inclusão de
fomento e apoio aos Municípios como um dos objetivos da política,
para que protejam seu patrimônio em âmbito local. Outra alteração
foi a inclusão da política estadual de arquivos no âmbito dos
Poderes e órgãos do Estado.
No reexame da matéria, no 2º turno, foi incorporado comando
prevendo que os arquivos privados de instituições religiosas
anteriores ao Código Civil sejam considerados de interesse público
e social.
Pretende-se, por meio do projeto, além de afirmar o valor
cultural dos acervos permanentes das instituições públicas e
privadas de Minas Gerais, articulá-los de forma sistêmica e
propiciar mecanismos adequados para o acesso à informação
arquivística.
DEFESA DO CONSUMIDOR
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Lista Antimarketing – Lei nº 19.095, de 2/8/2010
Ementa: Disciplina o marketing direto ativo e cria lista pública
de consumidores para o fim que menciona.
Origem: Projeto de Lei nº 309/2007, de autoria do Deputado Célio
Moreira.
A norma prevê a criação de lista pública, identificada como
"Lista Antimarketing", para registro dos consumidores que não
desejam receber ofertas comerciais por meio de marketing direto
ativo. Além disso, a lei veda ao fornecedor a apresentação de
ofertas comerciais por meio de marketing direto ativo a qualquer
consumidor nos domingos e feriados, em qualquer horário; em
qualquer dia, entre as 21 e as 8 horas.
A lei em questão estabelece critérios para a prática do marketing
direto ativo no Estado, com o intuito de evitar abuso na prestação
desse serviço, sempre resguardando a vontade e a privacidade do
consumidor.
A norma mostra-se abrangente e inovadora ao regulamentar o
marketing direto ativo, que é, nos termos do parágrafo único do
seu art. 1º, a estratégia de vendas que consiste em estabelecer
interação entre o fornecedor e o consumidor com o escopo de
oferecer produtos, independentemente da vontade do consumidor.
DIREITOS HUMANOS
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Incentivo ao trabalho de sentenciados – Lei nº 18.725, de
13/1/2010
Ementa: Altera a Lei nº 11.404, de 25 de janeiro de 1994, que
contém normas de execução penal, e a Lei nº 18.401, de 28 de
setembro de 2009, que autoriza o Poder Executivo a conceder
subvenção econômica às pessoas jurídicas que contratarem egressos
do sistema prisional do Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 3.321/2009, de autoria da Deputada
Maria Tereza Lara.
Essa lei determina que, na contratação de obras e serviços pela
administração pública direta e indireta do Estado, serão
reservados para sentenciados até 10% do total das vagas
existentes. Tal determinação foi inserida na Lei nº 11.404, de
1994, que contém normas de execução penal, e pode contribuir para
aumentar as oportunidades de trabalho – considerado um importante
agente ressocializador – para os sentenciados do sistema prisional
do Estado.
Além disso, a lei institui, por meio de alteração na Lei nº
18.401, de 2009, o certificado Parceiros da Ressocialização, a ser
concedido, anualmente, às pessoas jurídicas que contratarem
egressos e sentenciados do sistema prisional. O objetivo do
certificado é tanto reconhecer a responsabilidade social
demonstrada por empresas que adotam essa prática quanto estimular
outras a fazerem o mesmo.
Proposições aprovadas, aguardando sanção
Modificações no Fundo de Defesa de Direitos Difusos – Projeto de
Lei nº 3.857/2009
Ementa: Altera a Lei nº 14.086, de 6 de dezembro de 2001, que
cria o Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos.
Autoria: Governador do Estado.
O objetivo desse projeto é adequar a Lei nº 14.086, de 2001, que
cria o Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos – Fundif –, à
Lei Complementar nº 91, de 2006, que dispõe sobre a instituição, a
gestão e a extinção de fundos estaduais. O Fundif é destinado a
reparar danos causados ao meio ambiente, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e a
outros bens ou interesses difusos e coletivos e também ao
consumidor, em decorrência de infração à ordem econômica.
A Comissão de Constituição e Justiça apresentou substitutivo,
que, além de prever mais uma fonte de recursos para o fundo
(rendimentos provenientes de depósitos bancários e de aplicações
financeiras), retira do órgão gestor do Fundif a competência para
realizar o acompanhamento da execução financeira e orçamentária do
fundo, tendo em vista que a Lei Complementar nº 91, de 2006,
estabelece que essa obrigação cabe privativamente ao grupo
coordenador do fundo. Além disso, o substitutivo suprime a
referência à possibilidade de prorrogação do prazo de vigência do
fundo por considerar tal disposição incompatível com o seu caráter
indeterminado, estabelece que o Conselho Estadual de Defesa de
Direitos Difusos – Cedif – compõe a estrutura organizacional da
Secretaria de Desenvolvimento Social – Sedese – e determina que os
representantes dos órgãos municipais de defesa dos direitos
difusos e das entidades sem fins lucrativos que compõem o grupo
coordenador do Fundif serão escolhidos pelo Presidente do Cedif,
cargo reservado ao titular da Sedese.
Posteriormente, a Comissão de Direitos Humanos apresentou emenda
ao substitutivo, a qual estabelece que esses representantes serão
escolhidos pelos respectivos segmentos e não pelo titular da
Sedese. Essa alteração busca garantir a representatividade desses
componentes do grupo coordenador do Fundif, contribuindo para
aprimorar o controle da sociedade sobre a gestão dos recursos do
fundo.
EDUCAÇÃO
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Notificação ao Conselho Tutelar sobre maus-tratos contra aluno –
Lei n° 18.877, de 24/5/2010
Ementa: Estabelece normas para o cumprimento, no âmbito dos
estabelecimento de ensino do Sistema Estadual de Educação, do
disposto no art. 13 da Lei Federal nº 9.069, de 13 de julho de
1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências.
Origem: Projeto de Lei n° 2.612/2008, de autoria do Deputado
Gilberto Abramo.
A Lei Estadual nº 18.877, de 2010, determina, em caráter
suplementar à legislação federal, que o estabelecimento de ensino
notifique ao Conselho Tutelar a ocorrência de maus-tratos a
alunos.
Os professores e dirigentes das escolas, em virtude do contato
diário com os alunos, são os profissionais que têm mais condições
de identificar indícios de que crianças e adolescentes estejam
sofrendo abuso e violência. Isso porque parte significativa das
vítimas não apresenta lesões visíveis, mas costuma manifestar
alterações no comportamento e no rendimento escolar. Espera-se,
assim, que a norma seja um importante instrumento de proteção e de
prevenção à violência cometida contra crianças e adolescentes.
Veiculação de mensagens sobre educação alimentar e nutricional
nas capas e contracapas dos cadernos escolares – Lei nº
19.256/2010
Ementa: Altera o art. 3º da Lei nº 11.824, de 6 de junho de 1995,
que dispõe sobre a obrigatoriedade da veiculação de mensagens de
conteúdo educativo nas capas e contracapas de cadernos escolares
adquiridos pelas escolas públicas.
Origem: Projeto de Lei nº 3.277/2009, de autoria da Comissão de
Participação Popular.
O art. 3º da Lei nº 11.824, de 1995, nos incisos I a VIII,
estabelece que o conteúdo educativo das mensagens veiculadas nos
cadernos escolares adquiridos pelas escolas públicas versará,
principalmente, sobre matéria que envolva direitos e garantias
individuais e coletivos; direitos sociais; direitos culturais;
proteção ao meio ambiente; direitos políticos; aspectos éticos da
conduta individual; cidadania e aspectos relevantes de seu
exercício; e o bem comum como objetivo do desempenho social do
cidadão. O Projeto de Lei nº 3.277/2009 acrescenta ao dispositivo
o inciso IX, com a expressão "educação alimentar e nutricional".
A educação alimentar e nutricional tem por objetivo informar
sobre práticas alimentares saudáveis, preservar culturas
alimentares das diversas regiões do País e diminuir o desperdício,
com indicações a respeito do aproveitamento integral dos
alimentos.
Já que as escolas são locais próprios para prestar
esclarecimentos sobre temas essenciais ao bem-estar individual e
coletivo, o projeto visa, com a inclusão de informações relativas
à nutrição nas capas e contracapas de cadernos escolares,
estimular a aquisição de hábitos alimentares mais adequados.
Proposições aprovadas, aguardando sanção
Plano Decenal de Educação – Projeto de Lei n° 2.215/2008
Ementa: Aprova o Plano Estadual de Educação de Minas Gerais.
Autoria: Governador do Estado.
O projeto de lei atende à Lei Federal nº 10.172, de 2001, que
determina que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
elaborem planos decenais de educação – que estabelecem ações
estratégicas e metas para a política educacional do Estado nos 10
anos subsequentes – com base no Plano Nacional de Educação.
As ações estratégicas e metas do Plano Decenal abrangem educação
infantil, ensinos fundamental e médio, educação superior, educação
de jovens e adultos, educação especial, educação tecnológica e
formação profissional, educação indígena, do campo e quilombolas,
formação e valorização dos profissionais da educação,
financiamento e gestão e interação entre as redes de ensino.
Algumas das metas propostas são: conectar laboratórios de
informática à internet, qualificar o profissional da educação
infantil, ampliar a jornada escolar até a oferta de horário
integral no ensino fundamental e reduzir o abandono escolar e
aumentar a taxa de conclusão no ensino médio, com a preparação
para o trabalho por meio de cursos profissionalizantes.
A proposição foi amplamente discutida com a sociedade civil
organizada no primeiro semestre de 2009. A Assembleia promoveu o
fórum técnico "Plano Decenal de Educação em Minas Gerais: desafios
da política educacional", que contou com a participação da
Secretaria do Estado de Educação e de várias entidades do setor.
Uma extensa programação de pronunciamentos e debates sobre o tema
teve lugar no Plenário da Casa e, no interior de Minas Gerais,
foram realizados oito encontros regionais, quatro deles promovidos
pela Assembleia e os demais, por entidades e movimentos sociais.
Além disso, em março de 2009, foi realizado o debate público
"Plano Decenal: metas e ações estratégicas para a educação em
Minas Gerais", promovido pela Comissão de Educação, Ciência,
Tecnologia e Informática.
Ao longo da tramitação em 1º turno, aquela Comissão apresentou
substitutivo para atualizar a proposição, já que o projeto
original era de 2008 e se baseava em estudos anteriores. Discutido
em Plenário, foram apresentadas, ainda, 46 emendas ao
substitutivo.
Em audiência pública ocorrida em março de 2010, o conteúdo das
emendas foi discutido pelos parlamentares em conjunto com membros
das Comissões de Representação do fórum técnico "Plano Decenal da
Educação de Minas Gerais", do seminário legislativo "Esporte,
infância e adolescência – caminhos para a cidadania", do ciclo de
debates "Alimentação escolar como estratégia de segurança
alimentar e nutricional" e técnicos da Consultoria da Casa. Houve
acordo em relação à maioria das emendas apresentadas, que versavam
sobre o aumento da carga horária da disciplina de educação física,
a oferta de cursos de capacitação a docentes que atuam na educação
indígena e quilombola, a extinção da política de nucleação das
escolas do campo em área urbana, a integração de psicólogos,
psicopedagogos e fonoaudiólogos ao quadro de profissionais da
educação, a liberação remunerada de professores que estejam
frequentando cursos de graduação e pós-graduação e a implantação
de ações de acompanhamento social para alunos do ensino
fundamental e suas famílias.
Nas discussões de 2º turno, a Comissão apresentou novas emendas,
de modo a promover adequações do Plano Decenal à realidade das
políticas de educação do Estado. Também durante a fase de
discussão do projeto em Plenário, no 2º turno, foram apresentadas
novas emendas e subemendas por acordo de Lideranças. Essas
proposições buscavam promover ajustes nos textos das emendas
apresentadas no parecer de 2º turno da Comissão de Educação,
Ciência, Tecnologia e Informática e do vencido.
O projeto foi aprovado incorporando a maior parte das emendas
apresentadas no 2º turno. As alterações propostas incidiram,
destacadamente, sobre os programas de alimentação e transporte
escolar, o desenvolvimento de atividades extraturno e em fins de
semana nas escolas estaduais, a implantação dos padrões de
atendimento dos ensinos fundamental e médio e o acompanhamento
social nas escolas estaduais de ensino fundamental.
No que diz respeito ao piso salarial do magistério, a meta foi
antecipadamente cumprida com os ajustes promovidos pela nova lei
que fixa o subsídio para as carreiras da educação básica no Estado
– Lei nº 18.975, de 2010 –, o que tornou desnecessária sua
inclusão no Plano Decenal de Educação, uma vez que o parâmetro
antes definido foi superado pelo novo paradigma legal.
FINANÇAS PÚBLICAS
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Revisão, para o exercício de 2010, do Plano Plurianual de Ação
Governamental – PPAG 2008-2011 – Lei nº 18.694, de 4/1/2010
Ementa: Dispõe sobre a revisão do Plano Plurianual de Ação
Governamental – PPAG 2008-2011 –, para o exercício de 2010.
Origem: Projeto de Lei nº 3.808/2009, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei trata da revisão, para o exercício 2010, do Plano
Plurianual de Ação Governamental – PPAG 2008-2011. O PPAG,
revisado anualmente com a participação da sociedade civil
organizada, é uma lei que estabelece a programação de todas as
ações desenvolvidas pelos órgãos e entidades da administração
pública estadual, determinando quanto e como o governo vai
investir em setores como saúde, educação, segurança, meio ambiente
e transporte, no período de quatro anos.
A matéria foi discutida em audiências públicas realizadas pelas
Comissões de Participação Popular e de Fiscalização Financeira e
Orçamentária, que resultaram na apresentação de 192 propostas de
alteração do Plano. Analisadas, essas propostas, que foram
formuladas com base nas sugestões da sociedade civil, geraram 99
emendas, que foram acatadas e incluídas no texto da proposição.
Lei Orçamentária Anual – Lei nº 18.693, de 4/1/2010
Ementa: Estima as receitas e fixa as despesas do Orçamento Fiscal
do Estado de Minas Gerais e do Orçamento de Investimento das
Empresas Controladas pelo Estado para o exercício de 2010.
Origem: Projeto de Lei nº 3.809/2009, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei contém a estimativa de receitas e a previsão de despesas
do governo para o ano seguinte à sua edição. Por meio dela, o
governo expressa a política econômico-financeira e o programa de
trabalho governamental, ou seja, quanto ele espera arrecadar e
como pretende gastar os recursos arrecadados.
As despesas autorizadas na lei orçamentária são compatíveis com
as estabelecidas no PPAG, de forma que os recursos são
distribuídos para o custeio dos programas de governo desenvolvidos
pelos órgãos e entidades da administração nos diversos setores,
como saúde, educação, segurança, meio ambiente e transporte.
A lei aprovada incluiu 80 emendas formuladas com base em
sugestões da sociedade civil, apresentadas em audiências públicas
realizadas pelas Comissões de Participação Popular e de
Fiscalização Financeira e Orçamentária para a discussão do PPAG.
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO –, Lei nº 19.099 de
9/8/2010
Ementa: Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da lei
orçamentária para o exercício financeiro de 2011 e dá outras
providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.576/2010, de autoria do Governador do
Estado.
A LDO estabelece para a administração pública estadual as
prioridades e metas para o exercício de 2011 a serem atingidas por
meio da execução dos programas e ações previstos no Plano
Plurianual de Ação Governamental – PPAG. As metas estabelecidas
correspondem aos programas estruturadores detalhados no PPAG 2008-
2011.
A norma estabelece, ainda, que os orçamentos sejam elaborados em
consonância com as referidas prioridades e metas e adequados à
Revisão do PPAG 2008-2011 para o exercício de 2011.
Além das metas e prioridades, a lei define as diretrizes para a
elaboração do orçamento fiscal, como a discriminação de sua
estrutura; os parâmetros para sua elaboração; os requisitos e
condições para a assinatura de convênios; as vedações para a
transferência de recursos; a forma de divulgação de informações,
para fins de transparência da gestão fiscal; e as regras para o
orçamento de investimento das empresas controladas pelo Estado.
Entre as emendas apresentadas ao projeto, durante sua tramitação
na Assembleia, destaca-se a que prevê, nas aquisições de bens e
contratações de serviços no âmbito da administração pública direta
e indireta do Poder Executivo e dos demais Poderes, do Ministério
Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas, que os
editais de licitação especificarão requisitos mínimos de
sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Ampliação do alcance da isenção de IPVA – Lei n° 18.726, de
13/1/2010
Ementa: Altera o inciso III do art. 3° da Lei n° 14.937, de 23 de
dezembro de 2003, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade
de Veículos Automotores – IPVA.
Origem: Projeto de Lei n° 2.123/2008, de autoria do Deputado
Walter Tosta.
Essa lei amplia o alcance da isenção do Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores – IPVA – em dois casos. O
primeiro se refere à isenção concedida a veículo de pessoa com
deficiência física adaptado por exigência do órgão de trânsito
para possibilitar sua utilização pelo proprietário. A modificação
eliminou a exigência de que o veículo seja novo e tenha até 127 HP
de potência bruta. Essa mudança beneficia aqueles que têm menor
poder aquisitivo e somente podem adquirir veículo usado. Além
disso, a isenção do IPVA, antes restrita ao exercício em que se dá
o primeiro emplacamento, foi estendida aos demais exercícios.
O segundo caso diz respeito à isenção concedida a veículo de
motorista profissional autônomo utilizado para o serviço de
transporte escolar. Nesse caso, foi retirada a condição de que o
transporte escolar seja realizado na zona rural ou desta para a
zona urbana e incluiu-se a possibilidade de que o transporte seja
prestado por cooperativa ou por sindicato. Outra mudança é a de
que a Prefeitura Municipal possa contratar o motorista também por
meio de sindicato, e não apenas de cooperativa, ou, ainda,
individualmente.
O Projeto de Lei nº 2.123/2008, que deu origem a essa lei, foi
discutido em audiência pública promovida conjuntamente pelas
Comissões de Direitos Humanos e de Constituição e Justiça, em
23/6/2008.
Ratificação de regime especial de tributação ao setor de
industrialização de máquinas e equipamentos pesados para
indústrias siderúrgicas – Resolução nº 5.330, de 17/3/2010
Ementa: Ratifica regime especial de tributação concedido ao setor
de industrialização de máquinas e equipamentos pesados para
indústrias siderúrgicas, nos termos do art. 225 da Lei n° 6.763,
de 26 de dezembro de 1975.
Origem: Projeto de Resolução nº 2.416/2008, de autoria da
Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
Essa resolução ratifica o regime especial de tributação concedido
ao setor de industrialização de máquinas e equipamentos pesados
para indústrias siderúrgicas, que consiste na adoção de medidas de
proteção do setor, em virtude de perda de competitividade
decorrente de benefício fiscal concedido irregularmente pelo
Estado do Rio de Janeiro.
Ratificação de regime especial de tributação à indústria de
laticínios – Resolução nº 5.331, de 25/3/2010
Ementa: Ratifica regime especial de tributação concedido à
indústria de laticínios, nos termos do art. 225 da Lei n° 6.763,
de 26 de dezembro de 1975.
Origem: Projeto de Resolução nº 3.793/2009, de autoria da
Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
Essa resolução ratifica o regime especial de tributação concedido
à indústria de laticínios, que consiste na adoção de medidas de
proteção do setor, em virtude de perda de competitividade na
comercialização de produtos para os Estados vizinhos, o que foi
ocasionado pela concessão irregular de benefícios fiscais pelos
Estados do Rio de Janeiro, de Goiás, do Espírito Santo e da Bahia.
Ratificação de regime especial de tributação à indústria de
revestimento cerâmico – Resolução nº 5.332, de 26/3/2010
Ementa: Ratifica regime especial de tributação concedido à
indústria de revestimento cerâmico, nos termos do art. 225 da Lei
n° 6.763, de 26 de dezembro de 1975.
Origem: Projeto de Resolução nº 3.794/2009, de autoria da
Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
Essa resolução ratifica o regime especial de tributação concedido
à indústria de revestimento cerâmico, que consiste na adoção de
medidas de proteção do setor, justificada pela perda de
competitividade e pelo eventual risco de fechamento de
estabelecimentos em decorrência de benefício fiscal concedido
irregularmente pelo Estado da Bahia.
Isenção de emolumentos e taxas judiciárias para beneficiários de
assentamentos rurais – Lei nº 18.711, de 8/1/2010
Ementa: Altera as Leis n° 14.313, de 19 de junho de 2002, n°
15.424, de 30 de dezembro de 2004, e n° 16.318, de 11 de agosto de
2006.
Origem: Projeto de Lei nº 3.680/2009, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei amplia o rol de isenções de emolumentos aplicáveis aos
assentados da reforma agrária e de programas assemelhados no
Estado, estabelecido na Lei nº 14.313, de 2002, de modo a garantir
a gratuidade dos seguintes atos do exercício de poder de polícia
administrativa: emissão de certidões positivas e negativas pelos
cartórios, taxa de fiscalização judiciária, taxa judiciária e
custas judiciais devidas nas ações em que as terras integrem a
causa de pedir, inclusive o pagamento de valores cobrados nos
autos a título de prestação dos serviços de medição, demarcação,
elaboração de plantas e memorial descritivo. Essas isenções
ampliam o conjunto de medidas que visam ao sucesso dos
assentamentos rurais, beneficiando camadas de baixa renda.
A Lei nº 18.711, de 2010, também promove alterações nos
requisitos para que as entidades não governamentais promotoras de
projetos desportivos se habilitem para receber recursos
provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, Lei nº 16.318, de
2006. Com isso, simplifica-se a norma e o processo de habilitação
para o recebimento de recursos para a promoção de projetos
desportivos.
Parte da Lei nº 18.711, de 2010, foi promulgada pelo Presidente
da Assembleia, após o Plenário rejeitar o veto oposto pelo
Governador.
Redução na alíquota do ICMS incidente nas operações com álcool
para fins carburantes – Lei nº 19.098, de 6/8/2010
Ementa: Altera a Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, que
consolida a Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais e dá
outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.641/2010, de autoria do Governador do
Estado.
O objetivo dessa lei é reduzir de 25 para 22% a alíquota do
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS – incidente nas operações
internas com álcool para fins carburantes. Como forma de
compensação a lei autoriza a elevação da alíquota do ICMS
incidente sobre as operações internas com gasolina para fins
carburantes, de 25 para 27%.
A lei foi aprovada com alterações significativas por meio de
substitutivo apresentado pela Comissão de Fiscalização Financeira
e Orçamentária. A maioria das medidas introduzidas tem como
objetivo tornar mais claro o texto de normas tributárias,
conferindo a elas efetividade. Esse é o caso da alteração relativa
aos tratamentos tributários para a agricultura familiar e para o
produtor de leite e derivados e da lei do Pró-Confins. Também foi
modificada a Lei de Incentivo ao Esporte, estabelecendo que
poderão ser utilizados, para efeito desse incentivo, créditos
tributários relativos ao ICMS inscritos em dívida ativa há pelo
menos 1 ano. Foram, ainda, ajustados prazos referentes aos
tratamentos tributários dispensados às empresas de marketing
direto, eletroeletrônicos e laticínios, em virtude da demora na
sua regulamentação, e foi revogado dispositivo relativo ao
tratamento tributário do transporte ferroviário, com o intuito de
torná-lo mais flexível e adequado às especificidades do setor.
Abertura de crédito especial em favor do Funapec –Lei nº 19.080,
de 20/7/2010
Ementa: Autoriza a abertura de crédito especial em favor do Fundo
de Assistência ao Pecúlio dos Servidores do Estado de Minas Gerais
– Funapec.
Origem: Projeto de Lei nº 4.412/2010, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei cria dotação no Orçamento do Estado para permitir a
destinação de recursos para o Fundo de Assistência ao Pecúlio dos
Servidores do Estado de Minas Gerais – Funapec. Esse fundo
objetiva dar suporte financeiro ao Programa Estadual de
Assistência ao Pecúlio dos Servidores do Estado de Minas Gerais,
responsável por assegurar determinados benefícios (pecúlio, seguro
coletivo e seguro do cônjuge) aos servidores do Estado e seus
dependentes que, ao longo das últimas décadas, aderiram a tais
benefícios. Se aprovado, o projeto beneficiará cerca de 98 mil
servidores e seus dependentes que contribuem para o plano de
benefícios do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de
Minas Gerais – Ipsemg.
Adequação do Fundo Estadual de Cultura – FEC – à Lei Complementar
nº 91, de 19/1/2006 –Lei n° 19.088, de 22/7/2010
Ementa: Altera a Lei nº 15.975, de 12 de janeiro de 2006, que
cria o Fundo Estadual de Cultura – FEC.
Origem: Projeto de Lei nº 3.855/2009, de autoria do Governador do
Estado.
Essa lei altera a Lei nº 15.975, de 2006, que cria o Fundo
Estadual de Cultura – FEC –, promovendo adequações à Lei
Complementar nº 91, de 2006, que trata da instituição, da gestão e
da extinção de fundos estaduais.
Dentre as alterações introduzidas na lei, destacam-se o
estabelecimento de prazo para concessão de financiamento ou
liberação de recursos, o detalhamento das funções do FEC e a
determinação de que a Secretaria de Estado de Cultura seja o órgão
gestor e o agente executor do fundo.
Além disso, a lei amplia o rol de beneficiários do fundo,
permitindo que pessoas jurídicas de direito privado e entidades de
direito público, ainda que não sejam classificadas como de
natureza artística e cultural, concorram ao benefício do FEC, e
explicita a forma por meio da qual será feita menção ao apoio dado
pelo fundo aos projetos artísticos e culturais.
Outra modificação importante da nova lei é a destinação de 4% do
total dos recursos resultantes de retornos de financiamentos
concedidos pelo Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico
do Estado de Minas Gerais – Fundese –, incluído o principal e
encargos, deduzida a comissão do agente financeiro, para o FEC,
como recursos diretamente arrecadados.
Os recursos do fundo podem ser aplicados tanto na modalidade de
financiamento reembolsável quanto na modalidade não reembolsável,
na proporção de 50%. Por meio dessa modificação, o apoio e o
incentivo ao desenvolvimento cultural ganham reforço, o que está
em conformidade com os objetivos do Fundo previstos no art. 1º da
Lei nº 15.975, de 2006.
Por fim, a lei exclui a comissão devida ao Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais S. A. – BDMG –, de 0,8% do valor
total da operação, descontada da parcela única ou da primeira
parcela a ser liberada, quando se tratar de liberação de recursos
não reembolsáveis, e mantém a tarifa de abertura de crédito
equivalente a 1% do valor do financiamento e a comissão de 3%
a.a., incluída na taxa de juros. Essa alteração, por tornar o
financiamento menos oneroso, incentiva a realização de mais
projetos de cunho artístico e cultural.
Modificações no Fundo Estadual de Habitação – Lei n° 19.091, de
30/7/2010
Ementa: Altera a Lei nº 11.830, de 6 de julho de 1995, que cria o
Fundo Estadual de Habitação – FEH.
Origem: Projeto de Lei nº 3.858/2000, de autoria do Governador do
Estado.
As modificações introduzidas pela Lei nº 19.091, de 2010, têm
como objetivo principal a adequação do Fundo Estadual de Habitação
– FEH –, que tem seus recursos destinados ao financiamento de
programas habitacionais para a população de baixa renda, à Lei
Complementar nº 91, de 2006, que trata da instituição, gestão e
extinção de fundos estaduais.
A nova lei conceitua programa de habitação de interesse social,
estabelece prazo de concessão de financiamento, enumera os
recursos do fundo e prevê seus beneficiários. Além disso, permite
que o fundo estadual receba recursos do Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social – FNHIS.
Estabelecimento de critérios para que o Estado possa regularizar
os créditos de natureza agrícola securitizados, adquiridos pelo
Estado no processo de privatização do Bemge e do Credireal, que se
encontram em situação de inadimplência – Lei n° 19.238, de
7/12/2010
Ementa: Autoriza o Poder Executivo a negociar os direitos e
créditos de natureza agrícola securitizados, adquiridos pelo
Estado no processo de privatização do Banco do Estado de Minas
Gerais S. A – Bemge – e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais
S. A. – Credireal –, alongados nos termos da Lei Federal nº 9.138,
de 29 de novembro de 1995, e da Resolução nº 2.238, de 31 de
janeiro de 1996, do Banco Central do Brasil, regidos pelas normas
específicas ditadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN – e dá
outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 4.699/2010, de autoria do Governador do
estado
A proposição pretende estabelecer critérios para que o Estado
possa regularizar os créditos de natureza agrícola securitizados,
adquiridos pelo Estado no processo de privatização do Banco do
Estado de Minas Gerais S. A. – Bemge – e do Banco de Crédito Real
de Minas Gerais S. A. – Credireal –, que se encontram em situação
de inadimplência.
A lei aprovada minimizará o custo administrativo financeiro do
Estado, bem como eliminará onerosos custos judiciais envolvidos na
cobrança de tais valores, o que está de acordo com as normas da
boa governança.
As medidas preconizadas no texto da norma visam eliminar a
manutenção do alto custo financeiro para o Estado e do elevado
ônus das custas judiciais envolvidas, evitando a absorção de
prejuízo, pelo Estado, em relação aos contratos inadimplentes.
Proposições aprovadas, aguardando sanção
Aperfeiçoamento e otimização do sistema de cobrança de custas, de
taxa judiciária, de penalidades e de outras despesas devidas ao
Estado em decorrência de processos judiciais – Projeto de Lei n°
4.256/2010
Ementa: Altera a Lei nº 14.939, de 29 de dezembro de 2003, que
dispõe sobre as custas devidas ao Estado no âmbito da Justiça
Estadual de primeiro e segundo graus e dá outras providências.
Autoria: Governador do Estado.
A proposição tem por objetivo aperfeiçoar e otimizar o sistema de
cobrança de custas, de taxa judiciária, de penalidades e de outras
despesas devidas ao Estado em decorrência de processos judiciais.
As medidas propostas pelo projeto visam, assim, reduzir despesas
para o Estado, eliminando a execução de dívidas cujos diminutos
valores inviabilizem a mobilização do aparato estatal e
jurisdicional, ou seja, dívidas cujos valores não superem os
custos de sua cobrança.
Contratação de operação de crédito para o Programa Nacional de
Desenvolvimento do Turismo – Prodetur Nacional/Minas Gerais –
Projeto de Lei n° 4.413/2010
Ementa: Autoriza o Poder Executivo a contratar operação de
crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – e dá
outras providências.
Autoria: Governador do Estado.
O projeto de lei autoriza o Poder Executivo a contratar operação
de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID –,
até o valor equivalente a US$18.000.000,00 (dezoito milhões de
dólares americanos), para fins de financiamento do Programa
Nacional de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur Nacional/Minas
Gerais, que busca o implemento da atividade turística no Estado
mediante atendimento de demandas em níveis nacional e
internacional, nos termos do Programa Nacional de Desenvolvimento
do Turismo.
A edição de lei que autorize o Estado a contratar a operação de
crédito é condição para que o financiamento possa ser concedido,
bem como a oferta de contragarantia à garantia oferecida pela
União para a realização da operação, que para a operação
pretendida são as cotas e as receitas tributárias previstas nos
arts. 155, 157 e 159, de acordo com o § 4º do art. 167 da
Constituição da República.
O Prodetur Nacional/Minas Gerais visa melhorar a qualidade de
vida da população permanente nos Municípios integrantes do Polo
Turístico da Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de
estimular o desenvolvimento da atividade turística, em busca da
sustentabilidade, consolidando uma identidade regional. As ações
do programa serão orientadas pelos seguintes componentes:
Estratégia de Produto Turístico, Estratégia de Comercialização,
Fortalecimento Institucional, Infraestrutura e Serviços Básicos e
Gestão Ambiental. Trata-se de componentes que já orientam ações
existentes no Plano Plurianual de Ação Governamental na subfunção
Turismo, que devem ser suplementadas com o advento da contratação
do empréstimo.
Autorização ao Poder Executivo para ceder, a título oneroso, à
empresa Minas Gerais Participações S. A. ou ao Fundo de
Investimento em Direitos Creditórios, direitos creditórios,
tributários ou não, e carteiras de ativos e créditos da Minas
Caixa, do Credireal e do Bemge- Projeto de Lei n° 4.687/2010
Ementa: Autoriza o Poder Executivo a ceder, a título oneroso,
direitos creditórios originários de créditos tributários e não
tributários ou integrantes de carteiras de ativos diversos e
demais créditos de propriedade do Estado de Minas Gerais.
Autoria: Governador do Estado.
O projeto autoriza a cessão de direitos creditórios, tributários
ou não, e carteiras de ativos e créditos da Caixa Econômica do
Estado de Minas Gerais – MinasCaixa –, Banco de Crédito Real de
Minas Gerais S. A. – Credireal – e Banco do Estado de Minas Gerais
– Bemge, a título oneroso, do Poder Executivo à empresa Minas
Gerais Participações S. A. – MGI – ou ao Fundo de Investimento em
Direitos Creditórios – FIDC –, de acordo com as normas da Comissão
de Valores Mobiliários – CVM.
A aprovação da nova lei deverá gerar a redução dos custos de
administração e o saneamento das carteiras atuais dos ativos
previstos no projeto, sem alterar os privilégios próprios dos
créditos subjacentes aos direitos creditórios cedidos, ao mesmo
tempo em que se garante que o adquirente do direito creditório não
terá poderes para alterar a obrigação tributária do contribuinte.
Ratificação de Regime Especial de Tributação concedido à
indústria náutica – Projeto de Resolução nº 4.770/2010
Ementa: Ratifica Regime Especial de Tributação concedido ao
contribuinte mineiro da indústria náutica, nos termos do art. 225
da Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975.
Autoria: Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
Esse projeto de resolução tem como objetivo ratificar o regime
especial de tributação concedido à indústria náutica, que consiste
na adoção de medidas de proteção ao setor, como forma de evitar
redução da produção, demissão de empregados e inúmeros outros
prejuízos em decorrência de benefício fiscal concedido
irregularmente pelo Estado do Rio de Janeiro.
Concessão de autorização ao Poder Executivo para prestação de
contragarantia à União em operação de crédito externa junto à
agência oficial alemã Kreditanstalt für Wiederaufbau – KFW –
Projeto de Lei n° 4.489/2010
Ementa: Autoriza o Poder Executivo a prestar contragarantia á
União em operação de crédito externa junto à agência oficial alemã
Kreditanstalf für Wiederaufbau-KFW- e dá outras providências.
Autoria: Governador do Estado.
Esse projeto trata da concessão de autorização ao Poder Executivo
para prestar contragarantia à União em operação de crédito a ser
celebrada entre a Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa-
MG – e a agência oficial alemã Kreditanstalt für Wiederaufbau –
KFW – até o valor equivalente a €100.000.000,00 (cem milhões de
euros).
Os recursos da referida operação de crédito serão
obrigatoriamente aplicados na execução das atividades e projetos
de despoluição da Bacia do Rio Paraopeba em sistemas de coleta e
tratamento de esgotos e unidade de tratamento de resíduos.
Portanto, essa proposição visa contribuir para a melhoria da
qualidade de vida da população da região e para a preservação do
meio ambiente.
MEIO AMBIENTE
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Alteração da lei sobre águas subterrâneas e da lei sobre rios de
preservação permanente – Lei nº 18.712, de 8/1/2010
Ementa: Altera o art. 32 da Lei n° 13.771, de 11 de dezembro de
2000, que dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação
das águas subterrâneas de domínio do Estado e dá outras
providências, e o art. 3° da Lei n° 15.082, de 27 de abril de
2004, que dispõe sobre rios de preservação permanente e dá outras
providências.
Origem: Projeto de Lei n° 492/2007, de autoria do Deputado
Leonardo Moreira.
Essa norma altera duas leis que tratam de recursos hídricos. Na
Lei nº 13.771, de 2000, que dispõe sobre águas subterrâneas,
estende para o setor de construção civil a obrigação (já prevista
para atividades de pesquisa mineral) de adoção de medidas de
proteção de aquíferos interceptados por sondagens, escavações e
obras.
Na Lei nº 15.082, de 2004, que dispõe sobre rios de preservação
permanente, acrescenta dispositivo prevendo a possibilidade de
modificação do leito e das margens desses rios em casos de
intervenções de utilidade pública e interesse social, desde que
autorizadas pelo órgão ambiental competente.
Parte da lei foi promulgada pelo Presidente da Assembleia, após o
Plenário rejeitar o veto oposto pelo Governador.
Uso de "asfalto borracha" na pavimentação de vias públicas – Lei
n° 18.719, de 13/1/2010
Ementa: Dispõe sobre a utilização, pelo Estado, de massa
asfáltica produzida com borracha de pneumáticos inservíveis e dá
outras providências.
Origem: Projeto de Lei nº 40/2007, de autoria do Deputado Gustavo
Valadares.
Essa lei dispõe sobre a utilização, pelo Estado, de massa
asfáltica produzida com borracha de pneus inservíveis na
construção e na recuperação de vias públicas. Juridicamente, pneu
ou pneumático inservível é aquele que não mais se presta a
processo de reforma que permita rodagem adicional.
Quando descartados inadequadamente, os pneumáticos inservíveis
constituem um grave problema para o meio ambiente e a saúde devido
à sua difícil degradação na natureza e à disseminação de doenças
infectocontagiosas, como a dengue. Estima-se que 30 milhões de
unidades são descartadas por ano e que há um passivo da ordem de
300 milhões dispostas inadequadamente no meio ambiente.
A lei estabelece que, na aquisição de massa asfáltica, o Estado
dará preferência ao "asfalto borracha" nos processos licitatórios
das obras estaduais de pavimentação de vias, contribuindo para a
erradicação do descarte inadequado desses pneumáticos.
Alteração do uso do solo em áreas de mata seca – Lei nº 19.096,
de 3/8/2010
Ementa: Altera a Lei nº 17.353, de 17 de janeiro de 2008, que
dispõe sobre a alteração do uso do solo nas áreas de ocorrência de
mata seca.
Origem: Projeto de Lei nº 4.057/2009, do Deputado Gil Pereira.
Essa lei objetiva alterar o conceito de mata seca em vigor, de
forma a caracterizá-la como complexo vegetacional típico e
peculiar da Região Norte de Minas, e modificar a referência de
delimitação da área de abrangência da Lei nº 17.353, de 2008.
Apesar de assemelhada a outras formações deciduais que ocorrem em
áreas de contato exclusivo da mata atlântica com a caatinga ou
mesmo do cerrado com a caatinga, a mata seca mineira, em especial
a partir da face posterior da Serra do Espinhaço, pode ser tratada
como peculiaridade regional, com uma delimitação específica e uma
denominação própria.
As controvérsias em torno da caracterização e da delimitação da
área em que ocorre essa vegetação no Norte de Minas vêm
dificultando o desenvolvimento de atividades econômicas e
desvalorizando os imóveis rurais naquela região. A norma proposta
representa uma atitude positiva do Estado na administração de seu
território, com base no reconhecimento de suas fragilidades
socioambientais, sem retirar das agências ambientais a atribuição
de analisar, autorizar e licenciar ambientalmente os
empreendimentos propostos para a região.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
apresentou substitutivo com a finalidade de delimitar a área de
ocorrência da mata seca conforme o mapa "Biomas de Minas Gerais",
que integra a publicação "Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas
para sua conservação", aprovada pelo Conselho Estadual de Política
Ambiental – Copam – por meio da Deliberação Normativa nº 55, de
2002.
Proposições aprovadas, aguardando sanção
Ampliação do controle social sobre unidades de conservação –
Projeto de Lei nº 4.066/2009
Ementa: Dispõe sobre a criação, a ampliação e o desmembramento de
parques florestais e dá outras providências.
Autoria: Deputado Arlen Santiago.
Esse projeto pretende submeter a criação, a ampliação e o
desmembramento de unidades de conservação – UCs – à aprovação da
Assembleia Legislativa por meio de lei.
Entendendo que o objetivo da proposta é a ampliação do controle
social sobre as áreas protegidas em Minas Gerais, a Comissão de
Constituição e Justiça apresentou o Substitutivo nº 1, revogando o
§ 3º do art. 24 da Lei nº 14.309, de 2002, que dispõe sobre as
políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado.
Por sua vez, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável apresentou o Substitutivo nº 2, que organiza, em um
único artigo da referida norma, os diversos dispositivos
referentes à criação, à alteração de limites, à mudança de
categoria e à supressão de UCs e torna obrigatória a realização de
audiências públicas prévias para a criação de todas as categorias
e espécies de unidades de conservação no Estado.
SAÚDE PÚBLICA
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Utilização de seringas de agulha retrátil nos hospitais e
estabelecimentos de saúde localizados no Estado – Lei n° 18.797,
de 31/3/2010
Ementa: Determina a utilização de seringas de agulha retrátil nos
hospitais e estabelecimentos de saúde localizados no Estado.
Origem: Projeto de Lei n° 2.935/2008, de autoria do Deputado
Arlen Santiago.
A lei determina a utilização exclusiva de seringas de agulha
retrátil – aquelas em que a agulha se acopla ao êmbolo ao final da
utilização – nos procedimentos realizados nos estabelecimentos de
saúde públicos e privados localizados no Estado. Dessa forma,
pretende-se evitar acidentes com agulhas contaminadas descartadas.
Foi concedido o prazo de 360 dias contados da data da publicação
da lei para que os estabelecimentos públicos e privados se adaptem
às disposições nela contidas. Aos estabelecimentos que, após esse
prazo, infrigirem a norma, será aplicada multa de 1.000 Ufemgs.
O Presidente da Assembleia promulgou a lei após a rejeição, pelo
Plenário, do veto do Governador.
Semana do Aleitamento Materno – Lei n° 18.796, de 31/3/2010
Ementa: Institui a Semana do Aleitamento Materno.
Origem: Projeto de Lei n° 262/2007, de autoria do Deputado Padre
João.
A Semana Mundial de Aleitamento Materno é comemorada de 1º a 7 de
agosto em mais de 120 países, inclusive no Brasil. Estabelecida
desde 1992 pela World Alliance for Breastfeeding Action (Aliança
Mundial para Ação em Aleitamento Materno), conta com o apoio do
Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef –, da Organização
Mundial da Saúde – OMS – e da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação – FAO – e tem o objetivo de promover o
aleitamento e reforçar a importância da amamentação para o
desenvolvimento saudável da criança e a redução da mortalidade
infantil.
A Secretaria de Estado de Saúde já desenvolve campanhas sobre o
aleitamento materno e participa da Semana Mundial de Aleitamento
Materno, mas a instituição da Semana de Aleitamento Materno no
calendário oficial de Minas Gerais pode trazer ainda mais destaque
ao tema e regularidade às discussões a seu respeito.
A lei foi promulgada pelo Presidente da Assembleia, após a
rejeição, pelo Plenário, do veto do Governador.
Saúde do Homem – Lei n° 18.874, de 20/5/2010
Ementa: Dispõe sobre a Política Estadual de Atenção Integral à
Saúde do Homem no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
Origem: Projeto de Lei n° 3.586/2009, de autoria do Deputado
Alencar Ruy Muniz.
A proposição institui a Política de Atenção Integral à Saúde do
Homem no âmbito do Estado por meio de ações que estimulem, na
população masculina, o cuidado com sua própria saúde e incentivem
essa população a participar de atividades de prevenção de doenças
que lhe sejam comuns. É também objetivo da política implantar e
implementar a atenção à saúde sexual e reprodutiva dos homens.
Para que a política estadual estivesse em consonância com a
nacional – já que o Ministério da Saúde editou a Portaria nº
1.944, de 27 de agosto de 2009, instituindo a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem –, a Comissão de Saúde
apresentou substitutivo, propondo as modificações necessárias. A
política mencionada tem, assim, o objetivo de promover a melhoria
das condições de saúde da população masculina, contribuindo para a
redução da sua morbidade e mortalidade. Entre as diretrizes dessa
política, estão: integralidade, que abrange a assistência à saúde
e a compreensão sobre os agravos à saúde; organização dos serviços
de saúde de forma a fazer com que o homem sinta-se integrado; e
priorização da atenção básica, com foco na estratégia da Saúde da
Família.
Direitos dos Usuários do SUS – Lei nº 19.093, de 2/8/2010
Ementa: Acrescenta o inciso XXI ao "caput" do art.2º da Lei nº
16.279, de 20 de julho de 2006, que dispõe sobre os direitos dos
usuários das ações e dos serviços públicos de saúde no Estado.
Origem: Projeto de Lei nº 236/2007, de autoria do Deputado Carlin
Moura.
A lei em epígrafe acrescentou dispositivo ao art. 2° da Lei nº
16.279, de 2006, incluindo, entre os direitos dos usuários dos
serviços de saúde do Estado, o acesso às contas detalhadas
referentes às despesas com exames, medicamentos, internações,
tratamentos e outros procedimentos médicos a que tiverem sido
submetidos.
Política Estadual de Prevenção e Combate à Dengue – Projeto de
Lei nº 955/2007
Ementa: Dispõe sobre a Política Pública Estadual de Prevenção e
Combate à Dengue.
Autoria: Deputado Vanderlei Jangrossi.
A proposição visa instituir a Política Pública Estadual de
Prevenção e Combate à Dengue, com o objetivo de reduzir as
ocorrências de óbito e as internações decorrentes dessa doença.
Em razão da semelhança de objeto, o Projeto de Lei nº 5.008/2010,
de autoria do Governador do Estado, e o Projeto de Lei nº
2.896/2008, de autoria da Deputada Ana Maria Resende, ambos em
tramitação na Casa, foram anexados ao projeto em comento.
Com vistas a aperfeiçoar a proposição, ao longo da tramitação na
Assembleia, foram sugeridas alterações no projeto original,
consubstanciadas em um substitutivo. Neste foram incluídos
comandos que visam à eliminação de possíveis criadouros de
mosquito transmissor da dengue, principal forma de combate à
doença, invocando a responsabilidade de pessoas físicas ou
jurídicas, públicas ou privadas, cuja atividade resulte em acúmulo
de material de qualquer natureza.
Esse substitutivo previu, ainda, a realização de campanhas
educativas por parte do Estado, penalidades para os casos de
descumprimento da norma e a criação de Comissões Permanentes de
Combate a Focos de Mosquito Transmissor da Dengue – as CPCDs –
pelas pessoas jurídicas a que se refere.
SEGURANÇA PÚBLICA
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Integração do cargo de Delegado de Polícia às carreiras jurídicas
do Estado – Emenda à Constituição nº 82, de 14/4/2010
Ementa: Acrescenta parágrafo ao art. 140 da Constituição do
Estado.
Origem: Proposta de Emenda à Constituição nº 14/2007, tendo como
primeiro signatário o Deputado Sargento Rodrigues.
Essa emenda à Constituição reconhece a natureza jurídica do cargo
de Delegado de Polícia e o integra, para todos os fins, às
carreiras jurídicas do Estado. Com o dispositivo, fica mais clara
no texto constitucional a situação funcional dos Delegados, cujo
cargo, nos termos da própria Constituição, é privativo de bacharel
em Direito, com ingresso exclusivamente mediante concurso público
realizado com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil. A
inserção formal do cargo de Delegado de Polícia nas carreiras
jurídicas confere a essa categoria de servidores um tratamento
análogo, em termos de prerrogativas, à dos Procuradores do Estado
e Defensores Públicos.
Condições para a cremação de cadáver – Lei nº 18.795, de
31/3/2010
Ementa: Dispõe sobre a cremação de cadáver.
Origem: Projeto de Lei nº 749/2007, de autoria do Deputado Dalmo
Ribeiro Silva.
Essa lei estabelece condições para a cremação de cadáver no
Estado e determina os procedimentos a serem adotados nos casos em
que houver indício de morte violenta ou atestado de óbito expedido
pelo Instituto Médico Legal. Determina, ainda, os procedimentos
relativos à guarda e à identificação das cinzas.
Em consonância com a Lei Federal nº 6.015, de 1973, que dispõe
sobre os registros públicos e dá outras providências, a Lei nº
18.795 estabelece que só se poderá cremar o cadáver da pessoa que
houver manifestado essa vontade, por documento público ou
particular; se houver interesse da família, desde que a pessoa
falecida não se tenha manifestado em contrário, também por
documento público ou particular; ou no interesse da saúde pública.
A cremação ocorrerá somente se o atestado de óbito houver sido
firmado por dois médicos ou por um médico-legista e, no caso de
morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária.
Em virtude de fatores econômicos e ambientais, observa-se que há
uma crescente demanda pelos serviços de cremação no Estado; por
essa razão, é conveniente editar normas para discipliná-los.
A lei foi promulgada pelo Presidente da Assembleia, após o
Plenário rejeitar o veto oposto pelo Governador.
Proposições aprovadas, aguardando sanção
Execução penal no Estado – Projeto de Lei nº 3.814/2009
Ementa: Altera a Lei nº 11.404, de 25 de janeiro de 1994, que
contém as normas de execução penal.
Autoria: Comissão Especial da execução das penas no Estado.
A proposição objetiva atualizar dispositivos da norma estadual de
execução penal em relação à legislação federal, além de inovar ao
determinar o uso da tecnologia da informação na gestão prisional.
Espera-se, sobretudo, que o aprimoramento do controle da execução
penal reduza problemas de gestão apontados pela Comissão Especial
da Execução das Penas no Estado, que funcionou na ASSEMBLEIA em
2009, tais como a demora na liberação de presos que já cumpriram
sua pena.
Outra mudança aprovada foi o acréscimo de um novo capítulo para
regulamentar o monitoramento de presos por meio de tornozeleira
eletrônica. Segundo a proposição, o Juiz poderá determinar o
monitoramento eletrônico, por ato motivado, nos casos de
autorização de saída temporária no regime semiaberto e de prisão
domiciliar e quando julgar necessário. O projeto também pretende
regulamentar os deveres do sentenciado submetido ao monitoramento
eletrônico, as punições para aqueles que descumprirem esses
deveres e os casos em que o benefício pode ser revogado. Além
disso, o texto também objetiva dar novo tratamento à visita
íntima, estendendo esse direito aos presos provisórios e aos
homossexuais, além de regulamentar os procedimentos necessários
para a realização da visita íntima e os casos em que esse direito
poderá ser suspenso.
Essas alterações na Lei nº 11.404, de 1994, foram propostas pela
Comissão Especial da Execução das Penas no Estado e, em seu
conjunto, dão continuidade à atenção especial que a Assembleia
sempre dirigiu ao sistema prisional.
Fornecimento de equipamentos de segurança para os bombeiros
militares – Projeto de Lei n° 3.708/2009
Ementa: Acrescenta o § 3º e altera o "caput" do art. 1º da Lei nº
12.223, de 1º de julho de 1996, que obriga o Estado a fornecer
equipamento de segurança ao policial civil.
Autoria: Deputado Sargento Rodrigues.
O projeto de lei visa incluir os bombeiros militares no universo
de servidores que devem receber do Estado equipamento de
segurança. Essa medida, de acordo com as Comissões que a
analisaram ao longo da tramitação na Casa, seria meritória, pois
pretende restaurar o "status quo" dos bombeiros militares, que,
quando estavam vinculados à Polícia Militar, recebiam esses
equipamentos. No entanto, com a edição da Emenda à Constituição nº
39, de 1999, ocorreu a desvinculação e a Lei nº 12.223, de 1996,
que enumera os órgãos que devem receber os equipamentos de
segurança, deixou de abranger os bombeiros. A proposta pretende,
portanto, alterar essa lei e, assim, conferir um tratamento
normativo isonômico em relação ao bombeiro militar, ao policial
civil, ao policial militar e ao agente penitenciário.
Proibição do uso de telefone celular em estabelecimento bancário
– Projeto de Lei nº 762/2007
Ementa: Dispõe sobre a proibição do uso de telefone celular em
estabelecimentos bancários.
Autoria: Deputado Célio Moreira.
A proposição proíbe o uso de telefone celular em estabelecimentos
bancários. Seu objetivo é coibir o crime popularmente conhecido
por "saidinha de banco". Nesse delito, o criminoso fica dentro do
estabelecimento bancário e informa a seus comparsas, à espera do
lado de fora, sobre a movimentação de clientes com dinheiro em
espécie. Assim, podem furtá-los ou roubá-los.
Nos termos propostos no projeto, ficará proibido o uso de
telefone celular pelos usuários do sistema bancário, quando
presentes em caixas de atendimento ao público ou no interior de
agências bancárias. O aparelho de telefonia móvel deverá ser
desligado nessas situações.
A Comissão de Segurança Pública debateu esse assunto em audiência
pública realizada em maio deste ano, na qual foi constatada a
pertinência da legislação a ser editada e colhidos subsídios para
eventual aperfeiçoamento do projeto.
Alteração das normas de execução penal – Projeto de Lei nº
3.814/2009
Ementa: Altera a Lei nº 11.404, de 25 de janeiro de 1994, que
contém as normas de execução penal
Autoria: Comissão Especial da execução das penas no Estado.
TRANSPORTE E TRÂNSITO
Proposições aprovadas e transformadas em normas jurídicas
Substituição de placa clonada – Lei n° 18.704, de 5/1/2010
Ementa: Dispõe sobre a substituição da placa de veículo automotor
que tiver sido clonada.
Origem: Projeto de Lei n° 2.032/2008, de autoria do Deputado Ruy
Muniz.
Essa lei tem como objetivo agilizar a obtenção de nova placa para
o veículo cuja placa tenha sido alvo de clonagem.
Com o crescimento do número de casos de clonagem de placas de
veículos em Minas Gerais, muitos cidadãos têm tido dificuldades
quando da obtenção de nova placa. A norma aprovada visa solucionar
o problema, uma vez que o Código de Trânsito Brasileiro, Lei
Federal nº 9.503, de 1997, não dispõe sobre esse assunto.
Envio de registros de óbitos ao Detran – Lei n° 18.703, de
5/1/2010
Ementa: Torna obrigatório o envio ao Detran-MG de relação de
registros de óbitos para fins de cancelamento da Carteira Nacional
de Habilitação – CNH.
Origem: Projeto de Lei n° 3.005/2009, de autoria do Deputado
Fábio Avelar.
Essa lei visa obrigar os Cartórios de Registro Civil de Pessoas
Naturais do Estado a comunicarem ao Departamento de Trânsito de
Minas Gerais – Detran-MG – o falecimento de pessoa portadora de
Carteira Nacional de Habilitação – CNH – a fim de que o citado
srgão cancele o número de registro desse documento.
O número de fraudes em consequência da transferência de multas
para a CNH de pessoa falecida vem crescendo sobremaneira, gerando
transtornos para as famílias dos falecidos e para o Estado. A lei
aprovada visa impossibilitar que tais fraudes ocorram.
2.2 – COMISSÕES PERMANENTES
Além de examinar em detalhes as proposições submetidas à sua
apreciação, as Comissões Permanentes da Assembleia, em crescente
parceria com a sociedade mineira, discutiram temas de interesse da
população e do Estado e se deslocaram a diversas cidades do
interior de Minas para colher informações, ouvir denúncias e
reunir subsídios para as ações legislativas. A seguir, são
relatadas as principais atividades de cada uma delas em 2010.
A Comissão de Administração Pública analisou em profundidade e
contribuiu para o aperfeiçoamento de várias proposições de
interesse da sociedade, com destaque para os seguintes projetos:
Projeto de Lei nº 4.388/2010, que amplia de 120 para 180 dias o
prazo de licença-maternidade para as servidoras do Poder Executivo
do Estado; Projeto de Lei nº 4.689/2010, que fixa os subsídios das
carreiras da educação básica do Poder Executivo e do pessoal civil
da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Projeto de Lei nº
4.070/2010, que amplia o valor do prêmio por produtividade no
Executivo; além de proposições que garantiram o reajuste de
salários a várias categorias do funcionalismo estadual.
Nas reuniões da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização,
foram debatidos os problemas enfrentados pelos servidores
estaduais cedidos às administrações municipais, uma vez que
projeto do governador regulamentando o pagamento de complementação
salarial a esses servidores pelas prefeituras tramitava na Casa;
as condições de funcionamento das unidades da Fundação Educacional
Caio Martins, tendo em vista as mudanças implementadas por sua
atual diretoria; a situação dos feirantes e donos de barracas que
trabalhavam no entorno do Mineirão e, com o fechamento do estádio
para reforma, se viram prejudicados.
O cumprimento das metas, pela Cemig, do Programa Luz para Todos
no Estado foi discutido em audiência pública. Esse programa foi
lançado pelo governo federal em 2003 com o objetivo de levar
energia às áreas rurais. É coordenado pelo Ministério de Minas e
Energia e executado pelas concessionárias de energia elétrica e
cooperativas de eletrificação rural.
Por ocasião da audiência, o superintendente do Programa Luz para
Todos em Minas e representante da Cemig, Ricardo José Charbel, e o
coordenador de Energia Rural do programa, Higino Zacarias,
explicaram que o atraso nas obras previstas foi provocado pelas
chuvas do início do ano, mas garantiram que a empresa cumpriria
até o final de 2010 a meta de instalação de 79 mil ligações de
energia elétrica em propriedades rurais no Estado.
A proibição imposta aos taxistas e motoristas de vans de
efetuarem o transporte intermunicipal de passageiros foi
amplamente debatida na comissão, que decidiu apresentar projeto de
resolução (PRE nº 4.823), ora em tramitação na Casa, com o
objetivo de revogar o dispositivo do Decreto Estadual nº 44.035
que contém a referida proibição.
As causas da interrupção das obras do Projeto Jaíba e as
reivindicações dos agricultores da região foram também objeto de
audiência pública. Durante a reunião, o representante da
Secretaria de Agricultura e gerente do projeto, Luiz Afonso Vaz de
Oliveira, explicou que o atraso das obras deveu-se às chuvas na
região e anunciou que os produtores rurais da área terão uma
redução de 72% na conta de energia elétrica e de 50 a 55% na conta
de água, benefícios assegurados pelo Programa Eficiência
Energética. Outras iniciativas foram divulgadas na reunião em
resposta às demandas dos produtores: estradas serão recuperadas e
há projeto de aquisição de um novo maquinário para melhorar a
capacidade de beneficiamento das sementes produzidas, com vistas à
exportação.
Além de apreciar os aspectos relativos à constitucionalidade,
legalidade e juridicidade dos projetos submetidos a seu exame, a
Comissão de Constituição e Justiça discutiu os efeitos da Lei
Federal nº 12.014, de 6 de agosto de 2009, que altera o art. 61 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o qual estabelece as
categorias de trabalhadores considerados profissionais da
educação, e o papel das ouvidorias como intermediárias nas
relações entre Estado, sociedade, empresas e consumidores.
Convidados presentes à reunião que tratou desse assunto
apresentaram diversas sugestões para melhorar a eficiência e a
visibilidade das ouvidorias públicas.
O projeto do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, um dos
projetos estruturadores do PPAG, que está sendo implantado pela
Secretaria de Estado de Cultura e tem por objetivo oferecer à
população novos espaços de conhecimento, arte, cultura, ciência e
entretenimento; o Projeto de Lei n.º 6.722/2010, de autoria do
Poder Executivo Federal, que institui o Programa Nacional de
Fomento e Incentivo à Cultura – Pró-Cultura –, que está tramitando
no Congresso Nacional e pretende substituir a atual Lei Rouanet; o
Projeto de Recuperação de Peças Sacras, da Promotoria de Defesa do
Patrimônio Cultural, e outras ações de salvaguarda dos bens
culturais móveis e imóveis em risco no Estado; o tráfico de peças
sacras e obras de arte; e o risco de espoliação e sinistros do
patrimônio histórico figuram entre as principais matérias em
discussão na Comissão de Cultura.
Com o propósito de instruir os interessados sobre os mecanismos
de fomento à cultura apresentados no Fórum Metropolitano de
Secretários e Gestores da Cultura e colocados pelo Estado de Minas
Gerais à disposição dos Municípios, produtores culturais e outros
profissionais da área, a comissão, em parceria com a Secretaria de
Cultura e a Agência Metropolitana, realizou seminário na
Assembleia que contou com a participação de artistas, agentes e
produtores culturais de diversas cidades mineiras.
Os efeitos do aumento do número de clientes dos planos de saúde,
em especial no que diz respeito à disponibilidade de leitos
hospitalares e à capacidade de atendimento dos médicos
credenciados; a situação de moradores do Bairro Anchieta cujos
edifícios encontram-se ameaçados de desabamento em virtude da
construção de um centro comercial naquele bairro; a regulamentação
do comércio de artigos de conveniência em farmácias e drogarias
(Projeto de Lei nº 1.512/07); o Projeto de Lei nº 4.124/09, que
cria a obrigatoriedade de publicação de informações sobre os
direitos dos consumidores no verso das notas e cupons fiscais
emitidos no Estado; o monopólio do Banco do Brasil na concessão de
empréstimos consignados a servidores públicos; o aumento do número
de assaltos a casas lotéricas e agências dos correios que
funcionam como correspondentes bancários; e os atrasos e
cancelamentos de voos e suas consequências no Aeroporto de Confins
foram objeto de debate nas reuniões da Comissão de Defesa do
Consumidor e do Contribuinte.
Após as audiências públicas realizadas para discutir o "recall"
de veículos feito pela Toyota nos Estados Unidos e na Europa, em
razão de acidentes e pânico provocados por falhas verificadas no
sistema de aceleração de veículos dessa marca, a comissão cobrou
do fabricante a mesma postura adotada em outros países, ou seja, a
convocação dos consumidores para a troca dos equipamentos e
acessórios sujeitos a falhas, e o promotor de Justiça de Defesa do
Consumidor do Procon Estadual, Amauri Artimos da Matta, determinou
a proibição de venda e emplacamento de veículos produzidos por
aquela montadora em todo Estado, até que sejam resolvidos os
problemas dos carros já comercializados. Em abril deste ano, a
montadora anunciou o "recall" do Corolla.
Atendendo a demandas da população, a Comissão de Direitos Humanos
realizou diversas reuniões para exame de denúncias de abuso de
poder e de violação de direitos humanos contra cidadãos de todas
as partes do Estado e análise de temas como: sugestões de mudanças
na Lei de Execução Penal do Estado que permitam ampliar os
convênios do governo com as Apacs; o Plano Nacional de Direitos
Humanos; a readmissão dos agentes penitenciários demitidos em
decorrência da greve ocorrida em 2009; a situação dos herdeiros da
área denominada Fazenda Peroba, antigo Bairro Ferrusso,
desapropriada pelo poder público para organização e estruturação
do Bairro das Indústrias, em Contagem; a omissão do poder público
na fiscalização do transporte clandestino de escolares na Região
Metropolitana de Belo Horizonte; as ameaças e perseguições
sofridas pelos professores da rede estadual de ensino que lutam
pela implementação do piso nacional do magistério; e as
dificuldades enfrentadas pelos egressos do sistema prisional,
especialmente com relação a sua reinserção no mercado de trabalho.
As causas e consequências do "bullying", termo inglês usado para
definir agressões e humilhações entre crianças e adolescentes,
especialmente no ambiente escolar, foram discutidas em audiência
pública da comissão, uma vez que Belo Horizonte, segundo estudos
do IBGE, é a segunda capital do País com maior índice de
ocorrência desse tipo de agressão.
Denúncias de tortura contra detentos em várias cadeias do Estado
foram também objeto de discussões. Em Caratinga, cerca de 30
presos prestaram depoimentos aos Deputados sobre a situação do
presídio local, e os exames de corpo de delito realizados
confirmaram agressões. Em visita ao presídio de São Sebastião do
Paraíso, para apuração de denúncias de tortura, membros da
comissão ouviram cerca de 50 detentos, para subsidiar relatório a
ser encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça e às Corregedorias
do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e do Sistema de Defesa
Social. Reunião conjunta com as comissões de Direitos Humanos e de
Segurança Pública foi promovida com o objetivo de discutir o
problema dessa cidade e de Monte Santo de Minas.
Dentre os assuntos incluídos na pauta de discussões da Comissão
de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática, destacam-se: as
emendas apresentadas em Plenário ao Projeto de Lei nº 2.215/2008,
que aprova o Plano Estadual de Educação; a autonomia da Unimontes
e a necessidade de se garantirem recursos no Orçamento do Estado
para investimento na carreira dos servidores daquela universidade.
Durante audiência realizada para apresentação dos projetos de
cursos na área de aeronáutica, a serem oferecidos pela Fundação
Centro Tecnológico de Minas Gerais – Cetec, a comissão aprovou o
pedido de inclusão dos recursos necessários para esse fim no
Orçamento do Estado para 2011. Os cursos visam suprir a carência
de mão de obra especializada na área.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, além de
apreciar a repercussão financeira e orçamentária dos projetos
submetidos à sua apreciação, discutiu a exigência contida na Lei
Federal nº 131/2009 para que os entes públicos divulguem em tempo
real informações sobre sua execução financeira, orçamentária,
contábil, operacional e patrimonial; e a proposta do Tesouro para
quitar a dívida do Estado com o Ipsemg, assumindo os precatórios
judiciais da autarquia.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável dedicou-
se ao debate dos seguintes assuntos: o Relatório de
Sustentabilidade 2008, elaborado pelos gestores e técnicos do
Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais – Sisema –; o
licenciamento ambiental com vistas à expansão do empreendimento BH
Shopping, sua repercussão e impacto na região; o problema da falta
de estrutura e de pessoal qualificado para que os Municípios
assumam o licenciamento ambiental de empreendimentos locais,
conforme previsto pelo Copam; a instalação de empreendimentos
verticalizados na orla da lagoa central de Lagoa Santa; o Projeto
de Lei nº 4.130/2009, de autoria do Deputado Chico Uejo, que
dispõe sobre a criação da Taxa de Proteção Ambiental.
Na discussão desse projeto, a comissão constatou o consenso entre
ambientalistas e ruralistas sobre a importância da criação da taxa
e recebeu sugestões para o aprimoramento da proposição, as quais
foram acatadas pelo autor.
Dentre as audiências públicas realizadas pela comissão, merecem
destaque a que discutiu o licenciamento ambiental para expansão do
BH Shopping e a que debateu a criação do Parque Nacional Alto da
Mantiqueira, proposta pelo Instituto Chico Mendes. Nessa reunião,
realizada em Passa-Quatro, foi anunciado o cancelamento do projeto
de criação do referido parque pelo governo federal, em atendimento
à solicitação dos moradores da região, que alegaram que a
desapropriação de fazendas para a instalação do parque causaria
sérios prejuízos aos produtores locais, que não têm outra condição
de sobrevivência.
A atuação da comissão na intermediação do conflito gerado pela
expansão da área do Parque do Sumidouro, situado nos Municípios de
Pedro Leopoldo e Lagoa Santa, provocando a desapropriação de
terras e o fechamento de mineradoras, deixando quase 900 pessoas
desempregadas e agricultores sem terras para cultivar, foi também
determinante. A solução encontrada pela comissão e aplaudida pelos
moradores foi apresentar projeto transformando o Parque do
Sumidouro em Área de Proteção Ambiental – APA –, com o objetivo de
permitir o manejo sustentável de atividades que não degradem o
meio ambiente.
Os efeitos gerados pela suspensão das atividades referentes à
extração de calcário na região de Córrego Fundo; a implantação do
projeto de exploração da Mina da Serrinha, localizada em
Brumadinho, e os constrangimentos a que têm sido submetidas as
comunidades da região envolvidas no projeto motivaram reuniões com
grande número de convidados na Comissão de Minas e Energia.
Os debates sobre o balanço das emendas populares apresentadas no
processo de revisão do PPAG 2008-2011, relativas às políticas de
atenção aos direitos da criança e do adolescente; as prioridades
de atuação da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança
e do Adolescente para 2010; as propostas de Minas Gerais para a
reestruturação do Conselho Nacional de Segurança Pública – Conasp
–; o balanço das ações públicas voltadas para os povos indígenas
em 2009 e as perspectivas e desafios para 2010; as diversas formas
de violência sexual contra crianças e adolescentes, o atendimento
às vítimas, a responsabilização dos agressores e as políticas
desenvolvidas no Estado, em parceria entre a sociedade civil e o
poder público; a eficácia e a eficiência dos conselhos criados com
o objetivo de permitir a participação direta da sociedade na
gestão dos entes públicos; e a minuta do projeto de lei que inclui
os catadores de materiais recicláveis no Regime Geral de
Previdência Social movimentaram as reuniões da Comissão de
Participação Popular.
Em audiência pública em Vespasiano, a comissão discutiu com a
comunidade local e das cidades vizinhas os impactos e perspectivas
da implantação da Cidade Administrativa naquela região.
O Projeto de Lei nº 4.057/2009, de autoria do Deputado Gil
Pereira, que dispõe sobre a alteração do uso do solo nas áreas de
ocorrência de mata seca, e o Programa Minas + Seguro no Estado
figuram entre os temas em debate na Comissão de Política
Agropecuária e Agroindustrial.
Na audiência pública promovida para discussão da Portaria nº 937,
de 2 de outubro de 2008, do Instituto Mineiro de Agropecuária –
IMA –, e suas consequências para os produtores de mudas de
espécies cítricas no Estado, o representante daquele instituto,
atendendo à solicitação da comissão, anunciou a retirada dos
prazos previstos na portaria e a fixação de novos prazos em comum
acordo entre autoridades e produtores.
A Comissão de Redação, cumprindo suas atribuições regimentais,
emitiu parecer de redação final sobre as inúmeras proposições que
lhe foram apresentadas.
Na Comissão de Saúde, foram discutidos os seguintes temas: a
situação em que se encontra o Hospital São Francisco de Assis,
desta capital; as ações de combate à dengue da Secretaria de
Estado de Saúde; as medidas preventivas de combate à proliferação
de bactérias super-resistentes; as questões relativas ao mal de
Parkinson e as providências que podem ser tomadas pelo Estado para
melhorar a qualidade de vida dos portadores dessa doença; a
Proposta de Emenda à Constituição da República que cria as
carreiras de agente comunitário de saúde e de agente de combate às
endemias; e a Lei Federal nº 9.797, de 6 de maio de 1999, que
dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da
mama pela rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde –
SUS – nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer,
bem como a importância de sua divulgação.
No interior do Estado, em audiência pública realizada em
Leopoldina, a comissão constatou a precária situação do serviço de
hemodiálise oferecido pelo SUS aos pacientes daquela cidade e
municípios vizinhos e cientificou a Secretaria de Estado de Saúde
da existência de 10 novos aparelhos de hemodiálise que se
encontravam ainda encaixotados nas dependências do hospital da
cidade. A secretaria determinou, então, a imediata instalação dos
referidos equipamentos.
A Comissão de Segurança Pública dedicou-se nesta sessão
legislativa especialmente a visitas a cidades do interior do
Estado para traçar um diagnóstico da segurança pública em Minas
Gerais e subsidiar fórum técnico sobre o tema realizado na
Assembleia no mês de agosto. Esse diagnóstico serviu de base ainda
para publicação indicando onde há maior necessidade de aplicação
dos recursos da segurança pública, com o objetivo de orientar a
votação do Orçamento e a revisão do PPAG.
O aprimoramento do processo de credenciamento, pelo Detran, de
Centros de Formação de Condutores foi tema de audiência da
comissão, que se propôs a elaborar projeto de lei para regularizar
a situação, já que inúmeras denúncias de irregularidades nas
atividades desses centros foram noticiadas.
Além de tratar em audiência pública do problema do consumo de
drogas na região denominada "Cracolândia", em Belo Horizonte, a
comissão visitou o local e pressionou as autoridades com vistas à
tomada de providências para combate ao alastramento do uso de
"crack" no Estado e para o acolhimento dos usuários desse tipo de
droga. Formas de combater o crime conhecido como "saidinha de
banco" foram discutidas em audiência da comissão.
Debates sobre Redes Sociais e Políticas Públicas; o Projeto de
Lei nº 4.132/2009, do Deputado Carlos Gomes, que dispõe sobre os
procedimentos a serem observados nos contratos de serviços
terceirizados, continuados ou não, em que participa a
Administração Pública; e as condições de trabalho degradantes que
colocam em risco a saúde dos maquinistas e provocam acidentes
frequentes nas locomotivas do Estado movimentaram as reuniões da
Comissão de Trabalho, da Previdência e da Ação Social neste ano.
Os projetos de intervenções viárias em Belo Horizonte, tendo em
vista a Copa do Mundo de 2014; a exploração do minério de ferro na
região do Alto do Rio Pardo e a possível construção de ferrovia
com recursos da Sudene, do BNDES, do Banco Nordeste ou de parceria
público-privada; os problemas e potencialidades turísticas de
diversos municípios mineiros, especialmente com relação à
capacidade de recebimento de turistas para a Copa de 2014; e as
dificuldades enfrentadas pelos pequenos franqueados em razão das
exigências previstas no edital de licitação de franquias da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foram os principais
temas em debate na Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e
Cooperativismo.
2.3 – COMISSÕES ESPECIAIS
Comissão Especial sobre a Arbitragem
Início das atividades: 14/11/2009
Encerramento das atividades: 24/3/2010
Após ouvir depoimentos de autoridades da área jurídica, a
comissão apresentou seu relatório final no dia 24 de março de
2010. No documento, além de minuta de projeto de lei disciplinando
o uso pela administração pública da arbitragem como forma de
solução de conflitos que dispensa a intervenção do Judiciário (o
projeto recebeu o nº 4.462/2010 e foi aprovado no final da sessão
legislativa), a comissão apresenta sugestões para que o recurso à
arbitragem seja ampliado e difundido no Estado, por meio de
iniciativas como a realização de seminários, a elaboração de
cursos específicos e a produção de cartilhas sobre o tema.
Comissão Especial da MinasCaixa
Início das atividades: 26/2/2010
Encerramento das atividades: 5/5/2010
Criada com o objetivo de proceder a estudos e apresentar
propostas para a regularização patrimonial dos imóveis da extinta
MinasCaixa e discutir a Política Estadual de Moradia de Interesse
Popular, a comissão, após ouvir convidados e mutuários, em seu
relatório final, sugere ao Executivo a apresentação de projeto de
lei para solucionar o problema. A comissão sugere a transferência
para o Fundo Estadual de Habitação da administração dos cerca de
mil imóveis financiados pelo banco e a atualização do saldo
devedor das unidades habitacionais e dos imóveis rurais com base
no Índice Nacional de Preços ao Consumidor, a partir da
inadimplência contratual. Descontos sobre o saldo devedor com base
na renda familiar foram também previstos.
3 – ATIVIDADES INSTITUCIONAIS DE INTERLOCUÇÃO COM A SOCIEDADE
O ano de 2010 foi especialmente significativo para a Assembleia
Legislativa pelo amplo trabalho de planejamento estratégico, que
envolveu todos os setores da Casa, e particularmente importante
para a valorização do processo de interlocução com a sociedade,
enfatizada tanto nas metas definidas para o ano de 2010 quanto na
"Visão de Futuro" e na "Missão" estabelecidas pela instituição.
Considerando todos os eventos organizados de forma coletiva pela
Assembleia, juntamente com a sociedade civil e com outros Poderes,
o fórum técnico "Segurança pública: drogas, criminalidade e
violência" foi um marco positivo. Não apenas pela amplitude da
discussão – foram realizadas 20 reuniões no interior e na Capital
–, mas também pelo forte apelo da temática, extremamente demandada
pela sociedade, que se vê refém de uma situação cada vez mais
caótica, imposta pelo avanço das drogas e da criminalidade a ele
associada.
A Gerência-Geral de Projetos Institucionais, empenhada no
aperfeiçoamento das formas de interlocução com a sociedade, buscou
investir ainda mais no aprimoramento do setor, dando continuidade
à política de qualificação de sua equipe e dos procedimentos
gerais de trabalho.
Parceria para formular políticas
A Assembleia Legislativa está sempre pronta a atender a uma
solicitação de parceria quando se trata de formular políticas
públicas ou de rever o planejamento de governo. Exemplo disso é a
sua disponibilidade para participar de eventos como as
conferências estaduais ou as audiências públicas de revisão do
PPAG.
Embora as conferências estaduais sejam uma realização do
Executivo, a participação da Assembleia, na sua organização e
realização, tem sido importante. Nos primeiros meses de 2010, a
GPI participou da organização e preparação de mais duas
conferências estaduais: a Conferência das Cidades e a Conferência
do Esporte.
A IV Conferência das Cidades de Minas Gerais, realizada pela
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana
– Sedru –, contou com os trabalhos dos funcionários da Casa desde
a fase preparatória e, em especial, na montagem da sistematização
do documento de propostas. Durante a realização da conferência,
coube à equipe da GPI assessorar todas as mesas, oferecer
treinamento para os coordenadores dos grupos de trabalho,
participar dos trabalhos de grupo, sistematizar o documento a ser
apreciado na plenária final, conferir as inscrições dos candidatos
à delegação nacional e coordenar a sua eleição.
Os temas debatidos foram os seguintes: Gestão democrática:
conselhos das cidades, planos, fundos e seus conselhos gestores;
Estatuto das cidades, planejamento urbano e a função social da
propriedade do solo urbano; Integração das políticas públicas de
desenvolvimento urbano; Relação entre os programas governamentais
e a política de desenvolvimento urbano. Na plenária final, foram
aprovadas 24 propostas de âmbito nacional e 19 de âmbito estadual
para serem enviadas à Conferência Nacional.
Também na III Conferência Estadual do Esporte Mineiro, a parceria
entre a Assembleia Legislativa estabeleceu-se desde a fase
preparatória até a realização final do evento. E essa parceria foi
ainda mais significativa na medida em que a Casa havia realizado,
no ano de 2009, o seminário legislativo "Esporte, infância e
cidadania", que propiciou o aproveitamento das discussões e dos
trabalhos realizados dentro do Legislativo mineiro. Os
organizadores da conferência puderam contar também com a parceria
da Comissão de Representação daquele seminário, o que muito
contribuiu para a qualificação das 56 propostas.
O outro evento desenvolvido em parceria com o Executivo foi a
revisão do PPAG 2008/2011, que teve nas audiências públicas pontos
de grande participação da sociedade. A GPI, que até então se
responsabilizava pela coordenação do evento juntamente com a GCT,
participou de sua realização, tanto na Capital quanto no interior,
mobilizando entidades, orientando os coordenadores de grupo e, na
falta desses, assumindo a coordenação das mesas de trabalho.
Todos esses eventos representaram a oportunidade de
fortalecimento da interação com um número significativo de
municípios e de conhecimento das suas demandas, em diversas áreas
temáticas, além da oportunidade de estruturação ou aprimoramento
de diversas políticas públicas, sendo a Assembleia protagonista.
Memória da mulher na política
Outro evento que contou com a participação da gerência foi a
comemoração do Dia Internacional da Mulher. Neste ano, o Núcleo de
Projetos Especiais (Memória Política e Dicionário Biográfico)
preparou o livro intitulado "Mulheres na Política: As
Representantes de Minas no Poder Legislativo", para homenagear as
mulheres que tiveram cargos eletivos no Poder Legislativo estadual
ou federal. O ponto alto do evento foi o lançamento desse livro,
que destaca a importância do trabalho parlamentar e representa uma
importante contribuição para o registro da memória feminina no
Parlamento.
Pacto federativo
No mês de maio, foi realizado o ciclo de debates "Pacto
federativo, questão tributária e políticas públicas no Brasil". O
evento deu ensejo ao aprofundamento das discussões sobre o desenho
do federalismo brasileiro e suas implicações na questão tributária
e nas políticas públicas, envolvendo diferentes visões trazidas
por atores do poder público e da sociedade civil organizada. E,
embora sua organização tenha sido impactada por questões políticas
e por dificuldades em sistematizar temáticas amplas e com
abordagens permeadas por divergências, representou uma
oportunidade de aprofundar a articulação da Assembleia com
instituições acadêmicas que desenvolvem estudos e pesquisas sobre
as temáticas estruturadoras do evento. Representou ainda a
oportunidade de testar o "Participe agora", nova ferramenta
disponibilizada no página da Assembleia na internet para
possibilitar a participação dos telespectadores da TV Assembleia
que estejam acompanhando a transmissão ao vivo das discussões de
um ciclo de debates.
Idosos
Qualidade de Vida e Políticas Públicas para Idosos em Minas
Gerais foi o tema de mais um ciclo de debates realizado pela Casa
em 2010, com o objetivo de refletir sobre a implementação das
políticas públicas para esse segmento da população, discutir os
impactos do Estatuto na garantia dos direitos dos idosos e
refletir sobre as alternativas para o envelhecimento saudável e
com dignidade.
A realização do evento, com a participação de entidades
envolvidas com a questão do idoso em Minas Gerais, propiciou a
articulação e a integração de seus representantes. Para a ocasião
foi elaborada uma cartilha com informações úteis sobre serviços
para idosos e um material sobre a proteção social à pessoa idosa,
abordando aspectos sociodemográficos do Brasil e de Minas Gerais,
os marcos normativos de proteção ao idoso e fazendo uma análise
das políticas estaduais de saúde, assistência social e direitos
humanos. Garantindo espaço para ampla participação das entidades
nas reuniões preparatórias e na mobilização dos participantes, a
Assembleia intensificou o intercâmbio entre o Poder Legislativo e
as entidades da sociedade civil voltadas para os idosos.
Repensando o processo eleitoral e avaliando as eleições para o
Legislativo estadual e federal
Em 31 de maio e 1º de junho de 2010, realizou-se um ciclo de
debates com o objetivo de discutir a atual legislação eleitoral e
suas inovações, com ênfase nas normas atinentes à campanha
eleitoral – financiamento, propaganda e prestação de contas – e
aos ilícitos eleitorais, e de propiciar a discussão entre o poder
público e a sociedade civil organizada sobre o tema proposto. Além
de possibilitar a análise da atual legislação eleitoral, com suas
inovações, e a disseminação das normas que seriam aplicadas nas
eleições de 2010, com suas mais recentes modificações, o ciclo de
debates permitiu intensificar o intercâmbio entre Poder
Legislativo e os operadores do direito eleitoral. O evento trouxe
inovações no tocante à participação popular, com a utilização do
"participe agora", dentro do seu "hotsite".
O processo eleitoral deu ensejo a um outro trabalho desenvolvido
no período que se seguiu às eleições de outubro de 2010. Os
consultores da gerência procederam à minuciosa análise do
resultado das eleições para Deputado, em âmbito estadual e
federal, com vistas à elaboração de matéria a ser publicada em
edição especial da Revista do Legislativo.
Desdobramento do seminário legislativo "Esporte, infância e
adolescência: caminho para a cidadania"
Na etapa final do seminário legislativo "Esporte, infância e
adolescência: caminho para a cidadania", realizado em 2009 em Belo
Horizonte, após uma discussão muito objetiva e aprofundada, foram
aprovadas 56 propostas, as quais foram encaminhadas à Comissão de
Educação, Ciência, Tecnologia e Informática. A Comissão de
Representação eleita na plenária final desenvolveu, durante todo o
1º semestre de 2010, um trabalho minucioso de análise do documento
final do seminário e de nova priorização das propostas, cujo
resultado final foi também entregue à Comissão de Educação,
Ciência, Tecnologia e Informática da Assembleia no mês de junho. O
trabalho desenvolvido pela Comissão de Representação serviu de
subsídio para a III Conferência Estadual do Esporte Mineiro.
Mobilidade urbana
No mês de agosto, foi realizado o ciclo de debates "Desafios da
mobilidade urbana", com o objetivo de discutir o planejamento
urbano, as políticas públicas de transporte e mobilidade urbana
sustentável e a integração dos sistemas de transporte no âmbito da
Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH.
A fase preparatória contou com ampla participação de várias
entidades, que acompanharam as reuniões, trazendo importante
contribuição para a formatação do evento. Nos dois dias de
realização do ciclo de debates, registrou-se elevado número de
participantes.
Drogas, criminalidade e violência
Nos dias 11, 12 e 13 de agosto, a Assembleia Legislativa promoveu
o fórum técnico "Segurança pública: drogas, criminalidade e
violência", que teve como objetivos: promover reflexão sobre os
resultados das audiências públicas realizadas pela Comissão
Permanente de Segurança Pública nas Regiões Integradas de
Segurança Pública de Minas Gerais; discutir os desafios impostos
pela criminalidade, em especial pelo crime organizado e pelo
tráfico de drogas, à sociedade e à atuação do Estado, com vistas à
melhoria das políticas de segurança pública e integração de
esforços dos diversos atores envolvidos no Sistema de Justiça
Criminal; discutir as políticas de prevenção à criminalidade e ao
uso de drogas sob a perspectiva da intersetorialidade com outras
políticas públicas; avaliar as políticas públicas de tratamento à
dependência química, refletindo sobre as possibilidades de
interface com a experiência das Comunidades Terapêuticas e de
outras iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil; discutir a
vitimização de grupos sociais vulneráveis às diversas formas de
violência.
O evento surgiu a partir do planejamento de trabalho da Comissão
de Segurança Pública da Casa, que percorreu o Estado realizando 20
audiências públicas com o objetivo de fazer um diagnóstico dos
problemas enfrentados pelas Regiões Integradas de Segurança
Pública – Risps. Nessas audiências, foram levantadas proposições
que se somaram àquelas elaboradas pelas Comissões Técnicas
Interinstitucionais – CTIs – e que, após discutidas e aprovadas,
deram forma ao documento final do fórum técnico.
A relevância do evento ficou evidenciada no grande número de
instituições e entidades que dele participaram, desde a sua fase
preparatória – a Comissão Organizadora foi formada por
representantes de 67 entidades –, trazendo importantes
contribuições. Uma delas foi a qualidade das exposições: foram
selecionados expositores de reconhecida expressão e capacidade
técnicas, com visões diferenciadas sobre o tema, o que repercutiu
na qualidade da discussão técnica nos grupos de trabalho e na
participação efetiva dos presentes – na fase final, mais de 850
pessoas compareceram à Assembleia para as discussões. Além disso,
as discussões realizadas na fase preparatória do evento resultaram
em uma inovação: a possibilidade de inscrição individual com
direito a voz e voto, o que significou mais um passo em direção à
visão de futuro da Assembleia de conferir maior poder ao cidadão.
No dia 5 de novembro, foi instalada oficialmente a Comissão de
Representação do fórum técnico, eleita na plenária final. A
comissão, constituída por representantes de 35 entidades e dois
representantes dos inscritos individualmente, é responsável por
acompanhar os desdobramentos do evento e se manter mobilizada para
cobrar a implementação das propostas aprovadas, atuando junto à
comissão permanente que conduziu o evento institucional, ou seja,
a Comissão de Segurança Pública.
Parlamento Jovem
Outro trabalho importante relacionado à educação e voltado para o
segmento jovem do qual a GPI sempre participa em parceria com a
Escola do Legislativo é o Parlamento Jovem. Realizado anualmente,
o evento representa uma oportunidade de formação cidadã para
alunos de curso médio, monitorados por alunos universitários. A
participação da GPI ocorre desde a fase preparatória até o
acompanhamento dos trabalhos de grupo e elaboração do documento a
ser discutido na sessão do Parlamento Jovem, realizada no
Plenário. Este ano, com a interiorização do evento, a GPI atuou
também na preparação dos monitores das Câmaras Municipais. Coube
também à gerência assessorar a Mesa, acompanhar a votação das
propostas e elaborar o documento final do evento, enviando-o à
Escola do Legislativo, que o encaminhou às escolas participantes
do projeto, e à Gerência-Geral de Consultoria Temática para
avaliação das propostas passíveis de serem incluídas no Plano
Plurianual de Ação Governamental.
Núcleo de Memória Política e Projetos Especiais
Entre os projetos desenvolvidos pelo Núcleo de Memória Política e
Projetos Especiais estava o de preparar mais um volume da série
"Memória Oral", que a princípio teria um exemplar dedicado ao ex-
Governador Francelino Pereira. Como os problemas de saúde do ex-
Governador impediram a continuidade do projeto, buscou-se outro
possível entrevistado. No primeiro semestre de 2010, iniciou-se a
pesquisa para preparação de roteiros preliminares de entrevista
com o Vice-Presidente da República José Alencar, que poderia ser o
tema do 6° volume da Coleção Memória Política de Minas.
Também neste ano, teve continuidade o trabalho de revisão,
atualização e ampliação do Dicionário Biográfico de Minas Gerais.
O projeto global já foi encaminhado para apreciação e aguarda
parecer sobre a efetivação de trabalhos para garantir a segunda
edição.
A chegada, em 2009, de novos historiadores ao setor possibilitou
não só a retomada do Projeto Memória Política, mas também a
formatação de novos projetos, como o das "Mulheres Mineiras no
Poder Legislativo". Esse projeto culminou com a publicação de um
livro, em março de 2010, como parte das comemorações do Dia
Internacional da Mulher. Foram distribuídos 900 exemplares. Em
decorrência da publicação, muitas outras atividades foram
desenvolvidas: palestra proferida na Companhia de Pesquisa de
Recursos Minerais (CRPM); entrevista concedida à Rádio Itatiaia
para veiculação em programa especial comemorativo do Dia
Internacional da Mulher; participação no programa Pensando em
Minas, transmitido pela TV Assembleia. Essas atividades resultaram
em maior visibilidade dos trabalhos técnicos sobre a história da
Assembleia e dos parlamentares mineiros, além de propiciar maior
interação com segmentos específicos da academia e da imprensa.
Também como fruto da publicação, verificou-se uma aproximação
efetiva do Núcleo de Memória Política com a Escola do Legislativo.
O Núcleo de Memória integra hoje o Grupo de Estudo Memória
Institucional, trabalho de cooperação e parceria com a Escola do
Legislativo. Além disso, participou da exposição itinerante
Formação do Povo Mineiro – História, Memória e Sociedade: Papel
das Instituições Públicas, fazendo uma palestra. E está
trabalhando em um novo projeto – Constituintes mineiras de 1967 e
1989: estudo compreensivo e comparativo das Constituintes
estaduais de 1967 e 1989 –, que já foi encaminhado para apreciação
e autorização de execução.
Aprimoramento em curso
Prosseguindo com a política de qualificação de sua equipe,
desenvolvida ao longo do ano passado, e considerando a necessidade
de revisão e de planejamento constantes, a Gerência-Geral de
Projetos Institucionais realizou, em fevereiro de 2010, o seu 1º
Seminário Interno, que contou, entre outras atividades, com
palestras de especialistas, reflexão sobre o trabalho realizado,
os desafios e os entraves, além de apresentação e implantação do
fluxo interno de trabalho. Após o Seminário Interno, as atividades
passaram a ser desenvolvidas de modo mais integrado, e a equipe
passou a buscar uma profissionalização mais efetiva. Com a
observância do fluxo, houve otimização de diversos procedimentos
técnicos de organização. Verificou-se também maior integração
entre os núcleos da GPI, redução dos prazos de execução das
atividades e melhoria da interface de trabalho com outros setores
da Casa. Ao longo de todo o ano, realizaram-se semanalmente
reuniões de avaliação e planejamento de atividades.
Esforço especial foi feito pelo Núcleo de Banco de Dados do
setor, que desenvolveu várias medidas visando ao seu
aprimoramento. Uma delas foi a eliminação de duplicações nas bases
de dados. Graças a um novo sistema criado pelos analistas dos
bancos de dados (SEI03 – Controle de duplicidade), foram
eliminadas duplicações de instituições no Sistema de Cadastro
Institucional (CI) e de participantes de eventos no Sistema de
Eventos Institucionais (EI). Isso resultou no aumento da
confiabilidade do CI e do EI.
Buscando aperfeiçoar os recursos de pesquisa do EI, foi feito um
trabalho em conjunto com os três analistas de sistemas dos bancos
de dados para ampliação das possibilidades de pesquisa e geração
de produtos no EI. Procedeu-se à criação de novos critérios de
busca, aumento da oferta de produtos da base, flexibilização na
geração dos relatórios e etiquetas, ampliação e aprimoramento do
controle de qualidade. Isso aumentou a capacidade de apresentação
de relatórios mais focalizados e a possibilidade de realização de
pesquisas mais sofisticadas, capazes de atender melhor às
demandas.
Além disso, foram incluídos no EI todos os eventos realizados
pela GPI, bem como os dados gerados a partir deles: estrutura de
realização, participantes com a devida associação de papéis,
grupos de organização, reuniões. O cadastramento completo torna o
banco mais confiável e com recuperação da informação mais ágil e
adequada, melhorando a capacidade de disponibilização de
informações a outros setores.
Foi feita também a revisão das informações dos eventos
cadastrados no EI, tais como: data, tema, estrutura de realização,
participantes, papéis, grupos de organização, reuniões, programas
e memórias de reunião anexadas ao sistema. Procedeu-se à correção
dos dados armazenados, como forma de tornar o banco mais confiável
e permitir a recuperação mais rápida e padronizada de informações.
Atendendo às demandas da GPI e de outros setores da Assembleia, o
Núcleo de Banco de Dados gerou diversos tipos de relatórios,
etiquetas e correio eletrônico relativos às pessoas, instituições
e eventos seguindo pesquisas específicas.
Foram elaborados roteiros de pesquisa considerando diversos
critérios com o objetivo de convidar entidades para participação
em eventos. Procedeu-se à limpeza dos erros do cadastro de
participantes, corrigindo informações dos participantes
cadastrados no EI, a partir das fichas atualizadas repassadas ao
Núcleo de Banco de Dados.
Foi feita também a inclusão no CI de instituições que não tinham
cadastro no banco, registrando todos os seus dados e atribuindo
categorias. Com isso, ampliou-se a base de dados do banco. Além
disso, foram alterados os dados incorretos de instituições
cadastradas e incluídas informações em falta a partir das fichas
cadastrais atualizadas repassadas ao Núcleo de Banco de Dados.
Outro trabalho desenvolvido foi o de validação das entidades
cadastradas por meio de formulário de inscrição para eventos
encaminhados por meio da internet. Isso levou à limpeza de erros
de instituições que entram no CI de forma automática através das
inscrições pela internet, como instituições sem categorias, com
entradas fora de padrão, sem atribuição de responsabilidade.
Planejamento estratégico
Pautando-se na linha de planejamento estratégico traçada pela
Assembleia Legislativa, a GPI está empreendendo esforços no
sentido de tornar mais efetivo, na próxima legislatura, o processo
de interlocução com a sociedade. Já estão em andamento as
atividades de preparação do Fórum Democrático para o
Desenvolvimento de Minas Gerais.
O evento a ser realizado em fevereiro de 2011, na sede do
Legislativo mineiro, objetiva colher, junto à sociedade civil, a
especialistas e aos parlamentares, sugestões que serão
encaminhadas para apreciação da Mesa da Assembleia, com vistas ao
estabelecimento de uma agenda para o trabalho legislativo no
próximo biênio.
O fórum terá como base a realização de 10 ciclos de debates sobre
os diferentes temas afetos às comissões permanentes da Casa – Meio
Ambiente, Cultura, Governança Regional e Urbana, Educação, Defesa
Social, Saúde, Direitos Humanos, Desenvolvimento Econômico e
Inovação, Assistência Social, Esporte e Juventude – e contará com
a participação do cidadão em uma consulta pública disponibilizada
na página da Assembleia no período de 1º a 25/2/2011 e com as
contribuições formais de especialistas e Deputados.
A realização desse fórum representa mais um avanço em direção ao
cumprimento do compromisso estabelecido pela Casa de "exercer a
representação política com participação da sociedade", no intuito
de "ser reconhecida como o poder do cidadão na construção de uma
sociedade melhor."
4 – MESA
A Mesa da Assembleia Legislativa, no exercício das competências
que lhe são atribuídas pelo Regimento Interno, dirigiu os
trabalhos legislativos e orientou os serviços administrativos no
ano de 2010 imbuída do propósito de fazer com que o Parlamento
mineiro prime ainda mais pela produção de leis de qualidade e seja
agente fundamental na elaboração, no monitoramento e na
fiscalização das políticas públicas necessárias para o
desenvolvimento sustentável do Estado.
Os Deputados integrantes da Mesa reconhecem que a Assembleia de
Minas já é apontada como referência em modernização
administrativa, aprimoramento das leis e canais de participação
social na elaboração e acompanhamento das políticas públicas,
entre outras ações. Consideram, contudo, que, em função das
rápidas transformações, das novas demandas sociais e das múltiplas
formas de comunicação que marcam a atualidade, o Legislativo
precisa estabelecer um sólido planejamento, que incorpore às
conquistas e aos valores construídos pela Casa uma visão de futuro
e métodos consistentes de elaboração e concretização de projetos.
A instituição do Direcionamento Estratégico da Assembleia para o
período de 2010-2020, por meio da Resolução nº 5.334, de
15/7/2010, foi, portanto, uma das ações de destaque neste ano, com
a definição dos objetivos e das estratégias de atuação do Poder
Legislativo com vistas ao cumprimento de suas atribuições
constitucionais.
Na resolução ficou também estabelecido que, a cada biênio, a Mesa
definirá as prioridades para implementação do Direcionamento
Estratégico e a respectiva carteira de projetos e que as metas
setoriais das diretorias e gerências-gerais e as metas individuais
dos servidores da Assembleia serão alinhadas com o Direcionamento
Estratégico.
Foi também criado, por meio da resolução, o Comitê Executivo
Assembleia 2020, composto pelo coordenador-geral e pelos gestores
dos projetos estratégicos, com a função de coordenar os trabalhos
de implementação e consolidação do direcionamento. A coordenação
geral do comitê ficou a cargo do titular da Diretoria de
Planejamento e Coordenação, que foi criada por meio dessa
resolução. A nova diretoria terá papel relevante na articulação
das ações do direcionamento.
Para o biênio 2010-2011, foram definidas, na Deliberação da Mesa
nº 2.489, de 2/8/2010, as seguintes prioridades:
1 – intensificação das ações que permitam à instituição
consolidar-se como agente propulsor do desenvolvimento do Estado
de Minas Gerais;
2 – fortalecimento do papel institucional das comissões como polo
agregador da representação política e da participação da sociedade
na formulação, no acompanhamento e na avaliação das políticas
setoriais do Estado;
3 – incremento das ações de interiorização e regionalização da
Assembleia Legislativa, de forma a ampliar o conhecimento e o
debate sobre as demandas locais e regionais, considerando-as como
insumo para a implementação de estratégias de desenvolvimento que
alcancem todo o Estado de Minas Gerais;
4 – desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias no
relacionamento com a sociedade mineira, de forma a permitir maior
interatividade entre o cidadão e o Legislativo Estadual;
5 – foco nos gabinetes parlamentares como canal privilegiado de
interlocução com os cidadãos e segmentos organizados da sociedade
e de identificação de demandas individuais e coletivas que possam
subsidiar as ações institucionais;
6 – aprimoramento dos mecanismos de divulgação das leis estaduais
e de compreensão do seu conteúdo pelo cidadão;
7 – incremento da sistematização e da divulgação de informações
relativas à execução das políticas setoriais pelo poder público
estadual, com vistas à fiscalização social e ao aprimoramento do
exercício da função fiscalizadora do Legislativo; e
8 – adoção das medidas necessárias ao alinhamento das ações e dos
projetos da Secretaria da Assembleia com o Direcionamento
Estratégico.
Na Deliberação da Mesa nº 2.489, de 2010, foi também definida a
seguinte carteira de projetos para o biênio:
1 – Assembleia como propulsora do desenvolvimento do Estado;
2 – Minas nos gabinetes parlamentares;
3 – A lei a serviço do cidadão;
4 – Portal de monitoramento e avaliação de políticas públicas;
5 – Novas tecnologias no relacionamento com a sociedade;
6 – Aprimoramento dos eventos da Assembleia;
7 – Informação de contexto para o parlamentar;
8 – Portal da Assembleia;
9 – Educação a distância;
10 – Gestão de competências em recursos humanos;
11 – Fazer mais com menos;
12 – Assembleia sustentável;
13 – Avaliação de desempenho institucional;
14 – Fale com a Assembleia;
15 – Monitoramento de requerimentos;
16 – Modernização da TV Assembleia;
17 – Aprimoramento do modelo de planejamento;
18 – Planejamento estratégico de comunicação;
19 – Planejamento estratégico de tecnologias de informação; e
20 – Planejamento estratégico de recursos humanos.
Cada projeto prioritário tem um gestor responsável, designado
pelo diretor-geral e subordinado tecnicamente ao diretor de
Planejamento e Coordenação.
Vale dizer que os projetos prioritários em andamento para
implementar o Direcionamento Estratégico mobilizam todos os
esforços da Casa e todas as suas ações podem ser acompanhadas de
perto pelo servidor por meio do "hotsite" criado especialmente
para esse fim, que oferece informações atualizadas quinzenalmente
sobre o curso de cada projeto.
Outra ação importante em 2010 foi o credenciamento da Escola do
Legislativo no Conselho Estadual de Educação para certificação de
cursos de pós-graduação "lato sensu" por meio de decreto do
governador, publicado em 8 de julho, já com a autorização de
funcionamento do Curso de Especialização em Poder Legislativo e
Políticas Públicas. O curso, que tem como público-alvo servidores
públicos e parlamentares, já publicou edital para a seleção da
primeira turma, com aulas no período de 18 de março de 2011 a 30
de novembro de 2012.
O credenciamento da Escola como instituição certificadora possui
natureza singular, já que não se trata de uma instituição de
ensino eminentemente universitária. Contudo, os requisitos
verificados pelo Conselho Estadual foram os mesmos: proposta
pedagógica, estrutura curricular, titulação do corpo docente e sua
qualificação, estruturas física e normativa.
É muito significativa para a Assembleia a habilitação da Escola
como instituição certificadora, pois representa o reconhecimento
das atividades acadêmicas que já vinham sendo realizadas pela
instituição, em parceria com a PUC Minas, por meio do Curso de
Especialização em Poder Legislativo, que já contava 10 edições.
Para a realização do Curso de Especialização Poder Legislativo e
Políticas Públicas, nos moldes como será ministrado, a Mesa editou
a Deliberação nº 2.490, de 9/8/2010, com alterações no regimento
interno da Escola e na assistência relativa à capacitação e à
qualificação profissional do servidor no âmbito da Assembleia
Legislativa.
Uma importante providência que se insere no programa de interação
do Poder Legislativo com a sociedade civil e estímulo ao exercício
da cidadania foi a edição, em 15/5/2010, da Ordem de Serviço nº 1,
que dispõe sobre a divulgação de informações referentes à execução
orçamentária e financeira da Assembleia em sua página na internet.
Adiantando-se à entrada em vigor da Lei Complementar Federal nº
131, de 27/5/2009, conhecida como Lei da Transparência, a Casa
passou a publicar, na internet, com atualização diária, quadros
com suas arrecadações bancárias e com a relação de pagamentos
efetuados a pessoas físicas ou jurídicas. No quadro de valores
arrecadados são explicitadas informações como data do crédito,
valor efetivamente creditado, identificação do crédito, entre
outras. Quanto aos valores pagos, são discriminados o número da
nota de autorização de pagamento gerado no Siafi-Assembleia, o
nome do credor, o valor líquido pago, a descrição da despesa e, em
caso de licitação, a modalidade em que foi realizada.
A divulgação desses dados conferiu ainda mais transparência à
prestação de contas do Parlamento, que já publica relatórios
mensais, trimestrais, quadrimestrais e anuais na internet e, desde
julho do ano passado, também as despesas de cada Deputado com a
verba indenizatória. Esses gastos dos parlamentares, conforme
disposto na ordem de serviço, passaram a ser atualizados
imediatamente após a aceitação da despesa pela Assessoria de
Análise de Prestação de Contas da Assembleia.
Outra inovação contida na ordem de serviço é o maior detalhamento
do relatório mensal da execução orçamentária. Classificada, até a
edição da norma em referência, por programa, projetos e
atividades, a execução passou a ter também classificação por
elemento de despesa.
Além disso, registre-se que a partir deste ano passaram a ser
publicados na prestação de contas na internet os extratos de todos
os contratos e convênios firmados pela Assembleia, incluindo os
aditamentos.
Entre as principais normas e atos normativos de iniciativa da
Mesa da Assembleia, destacam-se, além dos já citados, os
seguintes:
– Deliberação nº 2.474, de 15/3/2010, que proíbe a prática do
tabagismo nas dependências da Assembleia, salvo em áreas externas
ou descobertas, e nos veículos oficiais a seu serviço. Visa
conformar as normas internas da Casa com o disposto na Lei nº
18.552, de 4/12/2009, que proibiu o fumo em recintos fechados,
públicos ou privados;
– Deliberação nº 2.476, de 15/3/2010, que alterou a Deliberação
nº 2.432, de 8/9/2008, que dispõe sobre o Sistema de Carreira dos
Servidores da Secretaria da Assembleia Legislativa. A Mesa
entendeu justa a reivindicação feita pelos servidores e editou a
norma para que os afastamentos em razão de licença-maternidade,
licença-paternidade, licença para concorrer a mandato eletivo
federal, estadual ou municipal e licença por acidente de trabalho
não prejudiquem a contagem do período aquisitivo do servidor para
fins de desenvolvimento na carreira;
– Deliberação nº 2.495, de 29/11/2010, que regulamenta a gestão
patrimonial no âmbito da Assembleia Legislativa;
– Deliberação nº 2.496, de 6/12/2010, que institui o Comitê
Gestor do Portal Assembleia. O comitê ficará encarregado de
estabelecer os padrões, gerenciar os responsáveis pela atualização
de conteúdos no portal e monitorar a qualidade desses conteúdos,
articulando as tarefas dos setores envolvidos com o portal e
garantindo a continuidade de sua evolução.
Com relação à sua competência regimental de definir limites e
ordenar despesas, a Mesa esteve atenta em 2010 à previsão e aos
limites orçamentários, com a preocupação geral de reduzir custos,
otimizar os gastos e racionalizar os serviços e os procedimentos
administrativos.
Cabe destacar que o cumprimento da Lei de Responsabilidade
Fiscal, que impõe fortes limitações aos administradores públicos,
representa uma preocupação constante para a Assembleia. Como
resultado de um gerenciamento efetivo do gasto público, a Casa tem
conseguido manter os gastos com pessoal bem abaixo do fixado na
referida lei, que é de 2,2272% da receita corrente líquida do
Estado, mesmo neste ano, em que foram empossados mais 57
servidores aprovados no concurso público a que se refere o Edital
nº 1/2007. Conforme se pode verificar no Relatório de Gestão
Fiscal sem Dedução de Inativos e Pensionistas, publicado no
"Diário do Legislativo" e também na página da Assembleia na
internet, a Casa realizou, no período de setembro de 2009 a agosto
de 2010, o total de 1,5297% daquela receita.
No que diz respeito à área do processo licitatório, releva citar
a criação da Gerência de Apoio à Comissão Permanente de Licitação,
subordinada à Gerência-Geral de Administração de Material e
Patrimônio – GMP –, a fim de conferir mais celeridade e eficiência
aos processos de licitação. A Comissão Permanente de Licitação –
CPL – funciona como órgão colegiado vinculado à Diretoria-Geral e,
desde que foi criada, atividades como recebimento de pedidos para
abertura de licitação e redação de editais vinham sendo
desempenhadas pelos servidores da GMP, de acordo com a demanda.
Como todas as atividades referentes aos processos licitatórios são
de responsabilidade da CPL, o volume de trabalho desse órgão é
muito grande. Daí a necessidade de uma gerência que se
encarregasse do acompanhamento do processo licitatório do início
ao fim. A criação da gerência se mostrou muito profícua, conforme
se pode ver pelo resultado dos trabalhos na área de licitação.
Registre-se que durante o ano de 2010 a Assembleia utilizou
prioritariamente o pregão para a realização de compras e
contratações processadas por meio de licitação. A utilização do
pregão norteia-se fundamentalmente pela grande economia que essa
modalidade representa para a administração pública. Em termos
percentuais, a média da economia apurada até o início do mês de
dezembro deste ano foi de 19,73% em relação ao valor inicialmente
estimado pelos setores solicitantes.
Também foi utilizada a contratação de serviços e aquisição de
bens por meio de adesão a ata de registro de preços de outros
órgãos da administração pública estadual e federal, segundo
regulamentação constante no Decreto nº 44.787, de 18/4/2008, e na
Deliberação da Mesa nº 2.396, de 28/5/2007. Esse procedimento,
além de representar grande economia para o erário, agiliza o
atendimento a diversas demandas da Casa, pois permite à CPL
utilizar-se de licitações já concluídas por outros órgãos
estaduais e federais, desde que efetuadas pelo Sistema de Registro
de Preços. No ano de 2010 a Assembleia aderiu a quatro atas.
Para melhorar a infraestrutura geral da Casa, em 2010 foram
realizadas muitas obras de conservação e reparo e de melhora da
estrutura física. O foco dos trabalhos foi sempre o de resolver ou
prevenir problemas, proporcionar mais segurança às pessoas,
reduzir custos ou otimizar a utilização dos espaços.
Consciente de que a construção civil é o segmento que mais
consome matérias-primas e recursos naturais do planeta,
posicionando-se como o terceiro maior responsável pela emissão de
gases de efeito estufa na atmosfera, a Assembleia tem procurado
nortear a execução de obras civis com foco na construção
sustentável, que inclui no processo de planejamento e execução de
obras princípios sustentáveis, buscando explorar menos quantidade
de matéria e energia, causar menos poluição e produzir menos
resíduos.
Destacam-se, entre as principais obras executadas:
– conclusão dos trabalhos de reestruturação da área de segurança,
tendo em vista as modificações introduzidas pela Deliberação da
Mesa nº 2.473, de 21/12/2009;
– reforma da gráfica da Assembleia e aquisição de novos
equipamentos, para melhorar os serviços e as condições de trabalho
dos servidores, com a diminuição de ruídos e adequação do espaço
para acomodação de produtos químicos;
– reforma dos sanitários e substituição de toda a rede
hidrossanitária e pluvial do Palácio da Inconfidência, o que
possibilitou considerável economia no consumo de água, tanto pela
utilização de caixas de descarga e torneiras, como pela eliminação
de vazamentos na rede de alimentação. No mês de junho deste ano,
por exemplo, o consumo de água no Palácio da Inconfidência foi
19,24% menor em relação ao mesmo período de 2009;
– reforma do Plenário, realizada durante o recesso parlamentar de
julho, com troca dos carpetes e reparação do revestimento das
paredes, visando à recuperação da identidade arquitetônica do
projeto original do prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico.
Também foi concluída a construção do piso do entreforro, no teto,
que vai proporcionar mais segurança aos funcionários que executam
serviços de manutenção no local, como limpeza e troca de lâmpadas;
– modernização dos elevadores do Palácio da Inconfidência, com o
objetivo de minimizar o impacto no funcionamento da Assembleia.
Outra iniciativa da Mesa que se reveste de grande importância
para a execução das atividades da Casa foi a apresentação do
Projeto de Lei nº 5.050/2010, que autoriza o Instituto de
Previdência do Legislativo do Estado de Minas Gerais – Iplemg – a
alienar o imóvel situado na Rua Rodrigues Caldas, n°s 79, 81 e 83,
e o Estado de Minas Gerais a adquiri-lo para utilização definitiva
pela Assembleia Legislativa.
Ressalte-se que a aquisição do imóvel objeto desse projeto de lei
justifica-se pela conveniência de sua localização, pois as
atividades desenvolvidas por diversos órgãos da Assembleia
Legislativa – que já se encontram instalados no edifício desde
1990 – mantêm-se cotidianamente atreladas às atividades
parlamentares e administrativas desenvolvidas no Palácio da
Inconfidência, sede do Legislativo mineiro, situado em frente ao
referido edifício. Esse aspecto facilita a comunicação e a
integração entre os órgãos da Assembleia Legislativa e promove a
agilidade necessária ao bom desempenho de suas funções, atendendo,
indiretamente, ao interesse da população mineira.
Considerando que o estímulo ao exercício da cidadania é uma meta
constante da Assembleia e que o ano de eleições é um momento
oportuno para discutir a importância da participação política e o
fortalecimento dos mecanismos de participação da sociedade civil
no processo legislativo, merece destaque a realização de dois
importantes projetos direcionados aos jovens, com o apoio da Mesa.
O primeiro deles, realizado em segunda edição, foi o Expresso
Cidadania, desenvolvido para incentivar a participação política e
o voto consciente dos jovens de 16 e 17 anos, faixa etária em que
o voto é facultativo. Na realização do Expresso Cidadania deste
ano, entre os dias 4 de março e 30 de abril, houve diversas
inovações em relação a sua primeira edição, em 2008. Uma delas foi
o Expresso Cidadania Virtual, com ações pela internet que
possibilitaram a participação de estudantes de outros locais e
cidades que não receberam o projeto presencialmente. O Expresso
Cidadania, que contou com a parceria da Secretaria de Estado de
Educação e do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e com o
apoio de outras entidades governamentais e ligadas ao movimento
estudantil, cumpriu plenamente sua missão cidadã. Passou por 14
cidades e recebeu 13.248 mil estudantes em 72 sessões de
palestras, oficinas, esquetes teatrais e várias outras atividades
de discussão e práticas monitoradas, nas quais os participantes
puderam refletir sobre a própria responsabilidade nas decisões
políticas em sua comunidade, no Estado e no País, além de tirar,
na hora, o título eleitoral. Ao todo foram emitidos 4.160 títulos,
uma média 57,7 por sessão.
Já o Parlamento Jovem, que é realizado desde 2004, em parceria
com a PUC Minas, este ano teve sua edição ampliada, com a adesão
de 12 câmaras municipais, representantes de sete das 10 regiões de
planejamento do Estado. Belo Horizonte, Ouro Preto, Divinópolis,
Capelinha, Montes Claros, Caratinga, João Monlevade, Poços de
Caldas, Pouso Alegre, Juiz de Fora, Visconde do Rio Branco e
Viçosa realizaram os parlamentos municipais. Desde o início de
2009, foram realizadas ações de capacitação e oficinas de
trabalho, com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos
participantes sobre política e Poder Legislativo e sobre a
temática escolhida para essa primeira edição estadualizada do
projeto: meio ambiente – resíduos sólidos. No final do ano, as
câmaras que aderiram ao Parlamento Jovem apresentaram suas
propostas para a versão municipal do projeto. Os documentos
produzidos nos eventos municipais também subsidiaram as discussões
no âmbito do Parlamento Jovem 2010, realizado em setembro, em Belo
Horizonte.
O Parlamento Jovem 2010 terminou com a votação de um documento
final com 10 propostas que poderão subsidiar a elaboração de
políticas públicas e ações legislativas na área de resíduos
sólidos. Reunidos durante toda uma tarde no Plenário da
Assembleia, os estudantes discutiram e votaram as propostas
consideradas prioritárias para compor o documento, que foi
encaminhado à Comissão de Participação Popular. Entre as
principais preocupações dos participantes do projeto, figuram
questões como a reciclagem e a destinação adequada do lixo. Da
Comissão de Participação Popular o documento seguiu para a
Gerência-Geral de Consultoria Temática, para análise e
encaminhamento das propostas.
Outra medida de iniciativa da Mesa que se mostrou de muito êxito
foi a transformação da Assessoria de Gestão de Recursos Humanos em
Gerência-Geral de Gestão de Recursos Humanos – GRH –, o que
permitiu, em 2010, o desenvolvimento de vários projetos para o
suprimento de demandas que existiam na Casa. Destacam-se entre
eles o "Vida" e o "Proa", de caráter permanente, que contam com
participação de outros setores.
O Programa de Valorização, Integração e Desenvolvimento do
Adolescente Trabalhador – Vida – tem como objetivo a atuação
conjunta da GRH e do Setor de Acompanhamento e Orientação ao
Trabalhador Mirim na promoção de ações de valorização e integração
dos adolescentes trabalhadores, ratificando sua contribuição para
a Assembleia, e na realização de atividades de formação e
atualização profissional. As atividades do programa tiveram como
público-alvo o universo de aproximadamente 200 adolescentes
trabalhadores.
Já o Programa de Orientação para a Aposentadoria – Proa –
constitui um conjunto de ações permanentes que informam, orientam
e valorizam o servidor quanto a seu processo de aposentadoria. Foi
criada uma equipe multidisciplinar que fornece ao servidor todas
as informações necessárias para decidir quando e como se afastar.
As atividades do programa tiveram como público-alvo todos os que
têm previsão de se aposentar até 2012, bem como aqueles que se
aposentaram recentemente, aí incluídos servidores efetivos e de
recrutamento amplo. O público-alvo é de mais de 200 servidores.
5 – SECRETARIA
O ano de 2010 foi marcado pela implantação do Direcionamento
Estratégico, projeto de planejamento da Assembleia até 2020.
Buscando alinhar as ações do Legislativo nos próximos 10 anos, ele
teve impacto direto na atuação da Secretaria, que, sintonizada com
as diretrizes da Mesa, deu sequência a seu trabalho de apoio
técnico, logístico e operacional à ação parlamentar. O suporte
oferecido aos parlamentares permitiu à Assembleia continuar
realizando e aprimorando os trabalhos que marcam sua atuação.
Diretoria de Processo Legislativo (DPL)
Gerência-Geral de Documentação e Informação (GDI)
Para cumprir as metas da Casa em 2010, a GDI realizou, entre
outras ações, a reformulação do Fale com a Assembleia, juntamente
com outras áreas da Casa. O serviço está disponível no página da
Assembleia na internet e hoje recebe grande volume de mensagens de
cidadãos e instituições. Também se promoveu a atualização do texto
de normas jurídicas, mediante a incorporação de alterações
determinadas por leis novas ou em razão de decisões do Supremo
Tribunal Federal ou do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Outra ação desenvolvida foi o suporte ao controle de linguagem e
padronização de termos, de forma a possibilitar uma convergência
de dados e informações entre os sistemas que compõem os projetos.
Durante o ano, foram realizados cerca de 5.500 atendimentos a
usuários, a maioria relativa a informações sobre projetos em
tramitação, processo legislativo e legislação estadual.
Também em 2010, passou a funcionar, por meio da Deliberação nº
2.473, a Gerência de Memória Institucional, originada da Gerência
de Biblioteca e Arquivo, que passou a denominar-se Gerência de
Biblioteca. Para caracterizar adequadamente o que seria a memória
da Assembleia, a Gerência de Memória, em discussões com os
historiadores da Escola do Legislativo, optou pela criação de um
grupo de estudos.
A gerência também se fez presente na exposição itinerante
Formação do Povo Mineiro, promovida pela Escola do Legislativo. O
projeto teve etapas em Arcos, Mantena, Capelinha, Montes Claros,
Paracatu e Patos de Minas. Nesta cidade, foi ministrado o curso
Noções Introdutórias de Práticas Arquivísticas, com duração de
oito horas, em que foram atendidos cerca de 380 alunos.
Gerência-Geral de Taquigrafia e Publicação (GTP)
A busca de adequação técnica de recursos, eficiência nas rotinas
de trabalho e aprimoramento dos serviços prestados norteou o
trabalho da GTP em 2010. Um dos resultados foi a maior
produtividade em digitação e conferência de documentos, por meio
de adequação operacional na área de publicação. Com isso, apenas
sete erratas relativas a 11.621 documentos foram publicadas no
Diário do Legislativo, durante o ano. Mais de 700 solicitações,
por intranet e correio eletrônico, de notas taquigráficas foram
atendidas, por meio do Sistema de Circulação de Textos e "e-mail",
reduzindo a impressão de matérias.
Outros avanços foram o aprimoramento na preparação dos Anais da
Assembleia e a disponibilização na internet dos exemplares
referentes a outubro a dezembro de 2009. Já estão na gráfica para
impressão os volumes de janeiro a junho de 2010.
A gerência providenciou ainda a troca dos gravadores portáteis e
fitas cassetes por gravadores digitais, visando facilitar a
transcrição de reuniões de comissões, com a obtenção de melhor
qualidade de som.
A GTP também coordena grupo de servidores para executar o
trabalho, em curso, de revisão e adequação à nova ortografia do
Manual de Redação Parlamentar. Outro projeto em andamento é a
preparação do Diário do Legislativo eletrônico, em parceria com a
Gerência-Geral de Sistemas de Informação (GSI), para substituir
versão impressa no Minas Gerais e adotar assinaturas digitais.
Diretoria de Rádio e Televisão (DTV)
No ano em que completou 15 anos, a TV Assembleia foi incluída no
Direcionamento Estratégico da Assembleia, por meio do projeto
Modernização da TV Assembleia, fato que teve impacto direto em sua
atuação. Sete novos jornalistas foram nomeados para completar a
equipe e iniciar a produção de três novos programas: Geração, para
o público jovem; TV Escola, parceria com a Escola do Legislativo
no formato de teleaula, para estimular a participação política; e
Minas é Muitas, documentário enfocando pessoas que participam das
transformações da cultura mineira ao longo do tempo.
O projeto de modernização da emissora também inclui a aquisição
de equipamentos digitais de captação (câmeras), que vão resultar
em ganho de qualidade de imagem e áudio; a implantação das
estações geradoras do sinal aberto analógico e digital em Belo
Horizonte; e, a partir da outorga do canal aberto, a regularização
das retransmissoras do interior do Estado e possível expansão da
rede.
O ano também foi marcado por grandes coberturas realizadas pela
TV Assembleia, em parceria com outros setores da Casa, com
destaque para as Eleições 2010. A programação especial contou com
mais de 25 horas de transmissões ao vivo nos dois turnos das
eleições.
Na Gerência de Rádio, a novidade foi a implantação, em caráter
experimental, da Rádio "On-Line", que transmite pela internet a
cobertura jornalística, as reuniões de Plenário e a programação
musical, já veiculadas no sistema de som da Assembleia. A
programação foi aperfeiçoada com a nomeação de mais um repórter de
rádio e a compra de equipamentos digitais de gravação e
transmissão.
O trabalho conjunto das Gerências de Edição e de Reportagem
resultou na produção e exibição de sete séries de reportagens
sobre temas variados, além de matérias especiais para divulgação
dos eventos institucionais.
A Gerência de Manutenção de Rádio e TV adquiriu o sistema de
captação de imagem remota para a TV, o que permitirá filmagens no
Plenário e no Plenarinho IV, sem a necessidade de operadores de
câmera, aumentando a capacidade de gravação de eventos na íntegra.
Também foram compradas câmeras digitais, que vão melhorar a
qualidade das imagens geradas pela TV.
Diretoria de Comunicação Institucional (DCI)
Para participar na elaboração e execução do Direcionamento
Estratégico, a Diretoria de Comunicação Institucional (DCI)
constituiu um grupo formado por servidores das Gerências-Gerais de
Relações Públicas e Cerimonial (GRPC) e de Imprensa e Divulgação
(GID). A DCI pauta sua atuação no Direcionamento em três áreas:
divulgação (principalmente com a elaboração de um Plano de
Comunicação); articulação (participando diretamente de 12 dos 16
projetos, articula produtos e ações de comunicação a partir de uma
visão dos públicos); e compreensão global das demandas (prevendo
estruturas e agendas de comunicação dos projetos que impactarão
nas suas rotinas, que correm paralelas ao Direcionamento).
A partir desse diagnóstico, a diretoria optou pela metodologia de
grupos focais, para buscar dados com os gestores dos projetos. A
ideia é reunir, em conversa rápida, servidores da GRPC com cada
gestor para que ele fale sobre seu projeto e aspectos, produtos e
marcos críticos de comunicação previstos. Após consolidados os
dados dos projetos, pretende-se compor um Cronograma Geral de
Ações de Comunicação da DCI, ferramenta para expressar ações,
produtos e marcos críticos de comunicação, propostos pelo
Direcionamento. Desse modo, seriam reunidas as ações dos próprios
projetos e as da DCI, sem sobreposições.
Gerência-Geral de Relações Públicas e Cerimonial (GRPC)
Nas ações do Direcionamento com participação da DCI, a Gerência-
Geral de Relações Públicas e Cerimonial tem sido o braço
operacional, responsável pela execução de grande parte das
atividades. A GRPC vem propondo estratégias diferenciadas para
abordagem dos projetos prioritários em que a diretoria está mais
envolvida, como é mostrado a seguir:
– Projeto Assembleia como Propulsora do Desenvolvimento do
Estado: a maneira de abordagem escolhida foram entrevistas com
parlamentares, sendo que antes era enviado ofício do Presidente
aos gabinetes, seguido de "e-mail" e contato telefônico.
– Assembleia Sustentável: as ações de comunicação foram propostas
a partir de cronograma, que inclui tarefas de elaboração do Plano
de Comunicação integrada, "briefing" com agência de publicidade
para criação da identidade visual e criação e produção das peças
gráficas.
– Democracia Eletrônica: a participação da GRPC se deu na
discussão sobre democracia eletrônica, consolidando proposta em
meio a debates entre gestores do Direcionamento, em especial os
protagonistas de projetos que envolvem o uso de novas tecnologias:
Portal Assembleia, Portal de Monitoramento e Avaliação de
Políticas Públicas, Novas Tecnologias no Relacionamento com a
Sociedade, Fale com a Assembleia, dentre outros.
– Fale com as Comissões: pertencente ao Fale com a Assembleia, o
projeto busca reestruturar o atendimento a cidadãos e entidades
que interagem com a Assembleia por meio das comissões. Foi formado
grupo de trabalho com servidores da GRPC, que primeiramente
levantou informações junto ao Procon, à Ouvidoria e à Gerência-
Geral de Apoio às Comissões (GCO), para construir o cenário do
Fale com as Comissões. Então, o grupo elaborou o fluxo de
informações atual do sistema.
– Informação de Contexto para o Parlamentar: entre os trabalhos
relativos a esse projeto, foi desenvolvida a ação "Identificar as
necessidades de informação dos parlamentares". Para isso, a GRPC
propôs um plano de pesquisa, dividido em: consulta, para verificar
informações demandadas pelos Deputados junto a setores da Casa
envolvidos diretamente com a atuação deles; e diagnóstico, voltado
à identificação, diretamente com os parlamentares, das informações
necessárias a seu trabalho.
– A Lei a Serviço do Cidadão: a GRPC é responsável por pesquisa
de nível de satisfação da sociedade com as informações e
orientações legislativas disponibilizadas pela Assembleia. Foi
realizada pesquisa com representantes de segmentos sociais,
precedida de prospeção preliminar, com aplicação de questionário
eletrônico junto aos usuários do Fale com a Assembleia.
EPC – Além do trabalho no Direcionamento, a GRPC tem sob sua
orientação o Espaço Político-Cultural Gustavo Capanema (EPC), que
usa a cultura como ferramenta de aproximação entre o Legislativo e
a sociedade. O EPC é constituído pelo Teatro, pela Galeria de
Arte, pelo Espaço Democrático José Aparecido ("hall" principal e
Tribuna Popular) e pela Capela.
Publicidade – Também vinculada à GRPC, a Gerência de Publicidade
tem atribuições ligadas à gestão de processos e demandas de
publicidade da Assembleia. Além do foco na comunicação externa
publicitária, a gerência implementa estratégias e cria
instrumentos de comunicação para o público interno. Em 2010, a
Publicidade utilizou três formatos de comunicação de massa:
encartes promocionais, que circularam nos principais veículos da
Capital em janeiro e fevereiro; campanha institucional "Assembleia
no seu dia a dia", veiculada em maio e junho em todo o Estado; e
anúncio publicitário do Direcionamento Estratégico, veiculado em
junho nos principais veículos de Belo Horizonte.
Relações Institucionais – No final de 2009, foi criada a Gerência
de Relações Institucionais, vinculada à GRPC, o que formalizou um
processo iniciado há quatro anos de constituição de uma área de
comunicação unindo o Ceac e o CAC. Desde então, mudanças
importantes ocorreram, tais como: criação do Sistema Fale com a
Assembleia, com o desenvolvimento do Manual de Redação de "e-
mails" institucionais e a implantação do Sistema de Interação com
o Cidadão; reforma do espaço físico do CAC; e chegada de novos
servidores.
Gerência de Relações Públicas – Em 2010, os principais projetos
em que a GRP atuou foram: Expresso Cidadania, Participação da
Assembleia como correalizadora do 27º Congresso Mineiro de
Municípios, Central de Recepção aos Parlamentares da 17ª
Legislatura.
Cerimonial – A Gerência de Cerimonial passa por uma
reestruturação desde o fim de 2009, o que era uma necessidade do
setor e da GRPC. Contudo, algumas ações já vinham sendo adotadas
visando profissionalizar a área e oferecer melhor atendimento ao
Presidente, aos demais membros da Mesa e ao conjunto dos
parlamentares, já que essa é uma das mais importantes atividades
da gerência.
Gerência-Geral de Imprensa e Divulgação (GID)
A GID é responsável pelo desenvolvimento de ações de comunicação
da Assembleia, voltadas para os públicos externo e interno, dando
visibilidade ao trabalho dos Deputados e do Legislativo, assim
como para ações da administração da Casa. Entre os trabalhos de
2010, destaca-se o desenvolvimento do novo Portal Assembleia, um
dos projetos prioritários do Direcionamento Estratégico. À frente
da implementação do portal estão a Gerência de Jornalismo e o
Núcleo WEB. O objetivo é aprimorar a usabilidade, acessibilidade e
interatividade do portal, possibilitando maior transparência e
melhor acompanhamento do trabalho da Casa.
A gerência-geral desenvolveu "hotsites" que colocaram no ar,
entre janeiro e fevereiro, pesquisas de opinião pública, com
servidores (668) e público externo (1.900 pessoas), para orientar
o Direcionamento, que foi também divulgado na intranet e no
Boletim da Secretaria. Foram ainda elaboradas pelas gerências de
Jornalismo e de Comunicação Visual três publicações sobre o
trabalho e a carteira de projetos. A GID está concluindo a Revista
do Legislativo nº 43, que tem como um dos temas o Direcionamento
Estratégico e será lançada na posse dos Deputados.
A gerência é parceira do projeto Portal de Monitoramento e
Avaliação de Políticas Públicas e vem desenvolvendo ações para dar
mais visibilidade à tramitação dos projetos na Assembleia
relacionados às políticas orçamentárias. Continua desenvolvendo e
publicando os "hotsites" sobre Planejamento e Orçamento Público e
sobre o Sistema Orçamentário do Estado, incluindo PMDI, PPAG, LDO
e Orçamento.
Também merece destaque em 2010 a cobertura das eleições. Grande
parte das tarefas – investigação jornalística e prospecção junto a
partidos e coligações – foi elaborada antecipadamente, de forma a
preparar o "site" para divulgar em primeiro lugar resultados e
perfil dos eleitos. O "site" foi alimentado pela equipe da GID,
que também produziu o Assembleia Informa, distribuído às 7h30min
do dia seguinte, com o perfil dos 77 Deputados.
No trabalho rotineiro de atendimento a veículos de imprensa e
cidadãos, até 3/12/10, foram realizados, por meio do Sistema de
Interação com o Cidadão (SIC), 2.589 atendimentos. Outra atividade
diária é a divulgação e cobertura das atividades da Assembleia
(reuniões de comissões, de Plenário, eventos institucionais,
visitas no interior, entre outras). A divulgação é feita por meio
de: "releases", distribuídos para "mailings" da Capital e do
interior; matérias publicadas no "site" e enviadas pelo Boletim
eletrônico; contatos telefônicos com a imprensa para solucionar
dúvidas; jornal impresso Assembleia Informa; e página diária de
notícias no jornal Minas Gerais.
Até 6/12/10, foram cadastrados no Boletim eletrônico 11.750
usuários. Foram publicadas, até 3/12, 1.723 notícias. Já o
Assembleia Informa, até 21/12, teve 202 edições, além de duas
especiais, sobre as eleições e o Parlamento Jovem. Os eventos são
também registrados pelo Setor de Fotografia. O resultado é
divulgado no Banco de Fotos, que pode ser acessado no "site" da
Assembleia, por qualquer usuário, desde que dê crédito à Casa e ao
fotógrafo. Até 10/12/10, foram inseridas e indexadas no banco
12.685 fotos.
A construção de "hotsites" para divulgação dos eventos
institucionais se consolidou como importante ferramenta de
comunicação da Assembleia. O "hotsite" reúne informações sobre o
evento realizado, como programação, datas relacionadas, instruções
sobre participação, textos e fotos produzidos. Foram elaborados em
2010 "hotsites" para os eventos Combate à tortura; Segurança
pública, desafios da mobilidade; Direcionamento; Expresso
Cidadania; Assembleia no seu dia a dia; Eleições; Parlamento
Jovem; entre outros.
Na comunicação interna, destacam-se algumas ações, como: redação
e edição semanal do Boletim da Secretaria (44 edições até 20/12);
alimentação diária da intranet (notícias, manchetes e fotos,
publicação do Boletim e outros). Na intranet, vale destacar:
criação de "hotsites" para os programas Proa, Vida e Assembleia
Livre do Tabaco, Semana do Servidor, Reformas na Assembleia e
Direcionamento (inseridas em campanhas de comunicação interna);
novos serviços disponibilizados (autorização de exames, pontuação
na carreira), entre outras.
Parceira da Gerência de Jornalismo, a Gerência de Comunicação
Visual foi responsável pela programação visual, criação, edição
gráfica e revisão de todas as publicações da Assembleia citadas
acima e outras. Além das publicações ordinárias, em 2010, a
Covisual confeccionou peças gráficas para todas as campanhas
citadas e ainda concebeu e realizou as publicações dos livros
Mulheres na Política, Relatório da Comissão de Arbitragem,
Cadernos da Escola do Legislativo nº 18 e Eleições 2010 –
Considerações doutrinárias e legislação fundamental.
Diretoria de Finanças e Informática (DFI)
Gerência-Geral de Finanças e Contabilidade (GFC)
Com o objetivo de aperfeiçoar o controle social, dando maior
transparência às atividades do Legislativo, a Gerência-Geral de
Finanças e Contabilidade (GFC) publica tempestivamente os
demonstrativos da execução orçamentária na página da Assembléia na
internet. Nesse sentido, em atendimento à Lei Complementar Federal
(LCF) 131, de 2009, que alterou a Lei de Responsabilidade Fiscal,
a GFC passou a disponibilizar diariamente no "site" informações
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da
Assembleia.
São também publicados: mensalmente, os relatórios da execução
orçamentária da despesa por elemento de despesa e por grupo e o
demonstrativo das despesas com custeio da atividade parlamentar;
trimestralmente, o demonstrativo das despesas com pessoal,
elaborado em conformidade com o art. 73 da Constituição do Estado;
e, quadrimestralmente, o Relatório de Gestão Fiscal, especialmente
o demonstrativo das despesas com pessoal, exigência da LRF.
É importante também destacar o cumprimento, pela Assembleia, do
limite para despesas com pessoal previsto na LCF 101, de 2000,
mesmo sem proceder à dedução das despesas com inativos e
pensionistas.
Seguindo a diretriz de reduzir custos e otimizar gastos, a
gerência deu continuidade ao controle de uso dos ramais
telefônicos e à racionalização da impressão de documentos, com
importante impacto no custo da folha impressa.
Gerência-Geral de Sistemas de Informação (GSI)
Em 2010, a GSI, em sintonia com o Direcionamento Estratégico,
buscou oferecer suporte a outras áreas da Assembleia,
desenvolvendo ações para cada diretriz priorizada. No quesito
Estímulo à cidadania e à participação, a gerência se envolveu na
implementação do Portal Assembleia, preparando sistemas e dados
sobre contratos e execução orçamentária e desenvolvendo sistema
para armazenar e indexar o conteúdo multimídia acessado pelo
portal.
Foram também criados mecanismos para auditoria de qualidade e
eliminação de redundâncias do banco de dados usado nos eventos
institucionais. A GSI fez parceria com o TSE e o TRE-MG para
divulgação do resultado das eleições. E foi a responsável pela
montagem do Diário do Legislativo Eletrônico com uso de
certificação digital para validade jurídica.
Em apoio à diretriz de Fortalecimento dos trabalhos das
comissões, a gerência desenvolveu recursos em sistemas para
compatibilizar metas financeiras do PPAG com os recursos
acrescidos pelas emendas do Orçamento, integrando os dois
projetos. O Procon no posto UAI foi interligado à rede e aos
sistemas da Assembleia.
Auxiliando o projeto Fortalecimento da TV Assembleia, a gerência
garantiu a oferta da transmissão pela internet do sinal do canal
em alta resolução. Dentro do processo de digitalização de arquivos
da Assembleia, a GDI iniciou a montagem de infraestrutura para
projeto piloto da Biblioteca Digital; adquiriu "scanners" de
negativos para digitalização de fotografias antigas e "scanners"
de microfilmes para o Plenário e a Biblioteca.
Atuando no apoio à gestão do Direcionamento Estratégico, a
gerência implantou ferramenta de gestão dos projetos e capacitou
servidores para utilizá-la. Foi desenvolvida nova versão do
Sistema de Apoio Parlamentar (Sisap), visando a maior integração
entre atividades institucionais da Casa e políticas dos Deputados,
através do projeto Minas nos Gabinetes Parlamentares.
A GSI atuou ainda na adequação de recursos materiais e
tecnológicos, por meio de: introdução da projeção de dados em
mapas geográficos para análise, usado em gabinetes e nas eleições;
aquisição de 500 microcomputadores; ampliação em 50% da capacidade
da conexão da rede à internet; ativação de nova conexão de rede da
Assembleia ao programa Interlegis; implantação de rede sem fio;
criação de novo sistema de gestão de patrimônio da Assembleia.
Diretoria de Infra-Estrutura (DIF)
Gerência-Geral de Administração de Material e Patrimônio (GMP)
A GMP é responsável pela gestão de estoque e distribuição de
materiais de consumo, de controle patrimonial e de compra de bens
e contratação de serviços de terceiros para a Assembleia. Em 2010,
a partir de maio, a gerência assumiu a coordenação do projeto
Assembleia Sustentável, do Direcionamento Estratégico, que visa
implantar na Assembleia práticas ecologicamente sustentáveis. O
projeto abrange desde ações como a coleta seletiva e o consumo
consciente até a realização de estudos sobre a implantação de
captação de energia solar e água de chuva, sem esquecer da
necessidade de disseminar a experiência para outras casas
legislativas.
Na área de controle patrimonial, foram adotadas medidas (algumas
ainda em curso) para aprimorá-lo, tais como: levantamento,
identificação e registro das obras de arte catalogadas na
Assembleia; realização de inventário de todos os bens permanentes
da Assembleia, para atualização de dados e localização dos bens
patrimoniais; separação e doação de mais de 2 mil bens permanentes
inservíveis na Assembleia para instituições públicas ou de caráter
assistencial; melhoria do sistema de controle patrimonial
(realizada em conjunto com a GSI); padronização no atendimento às
solicitações dos gabinetes e dos setores administrativos,
realizado somente com pedido feito pela intranet; substituição do
modelo da etiqueta de identificação patrimonial antiga por novo
modelo mais durável e aplicável a uma maior variedade de bens.
Em relação ao gerenciamento de materiais de consumo, a
metodologia para definição de nível de estoque, ponto de reposição
e quantitativo de compra foi revista. Isso permitiu a redução de
quantidades para aquisição e para estoque de itens como copos
descartáveis, envelopes, papel, cartuchos e toner, gerando
economia para a Assembleia.
Na parte de compras e contratações, destaque-se que em 2010 a
Assembleia utilizou prioritariamente o pregão para realização de
compras e contratações processadas por meio de licitação. Também
foram realizadas a contratação de serviços e a aquisição de bens
por meio da adesão a atas de registro de preços de outros órgãos
da administração pública estadual e federal. A escolha dessas
modalidades deve-se fundamentalmente à economia que representam
para a Assembleia e à agilidade no atendimento às demandas da
Casa.
Neste ano, o uso do Portal de Compras expandiu-se na Assembleia,
e, além das dispensas de licitação pelo valor, todas as compras e
contratações feitas por processo licitatório, dispensa e
inexigibilidade de licitação passaram a ser realizadas por meio do
Portal de Compras do Sistema Integrado de Administração de
Materiais e Patrimônio de Minas Gerais (Siad/MG). O sistema,
fornecido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão,
permite o gerenciamento integral dos processos, entre outras
vantagens, o que contribui para a agilização dos processos.
Quanto ao pagamento de fornecedores, os processos de pagamento,
antes emitidos a partir de sistema informatizado da Gerência de
Suprimentos, passaram a ser emitidos por meio da intranet, de
acordo com procedimentos estabelecidos pela Gerência-Geral de
Finanças e Contabilidade (GFC).
Gerência-Geral de Suporte Logístico (GSL)
A gestão de um dos programas do Direcionamento Estratégico, o
Assembleia Sustentável, ficou a cargo da GSL, responsável pelo
suporte e participação em todas as ações ligadas à
sustentabilidade. O projeto é dividido em oito ações, dentre elas
a Gestão de Resíduos e Consumo Consciente. Desenvolvida em
parceria com várias áreas da Casa e com a Fundação Estadual de
Meio Ambiente (Feam), a Gestão de Resíduos propõe a implantação da
coleta seletiva e a redução do consumo de papel, copos, energia e
água, com a adoção de uma cultura institucional voltada para a
sustentabilidade.
Outras atividades realizadas pela GSL em 2010 foram: a reforma
das redes hidrossanitária e pluvial do Palácio da Inconfidência
(PI); modernização dos elevadores do PI; reforma geral da gráfica
da Assembleia; adequação do "layout" da TV Assembleia;
substituição do sistema de ar-condicionado do Centro de
Processamento de Dados.
Diretoria de Recursos Humanos (DRH)
A DRH iniciou em 2010 dois programas de grande impacto na
Assembleia: o Vida – Programa de Valorização, Integração e
Desenvolvimento do Adolescente Trabalhador; e o Proa – Programa de
Orientação para Aposentadoria. O Vida é fruto de uma demanda para
maior qualificação do trabalho profissional e crescimento pessoal
dos adolescentes trabalhadores na Assembleia. E o Proa inclui
ações permanentes que informam, orientam e valorizam o servidor
quanto a seu processo de aposentadoria.
Cabe destacar ainda as ações realizadas pelas seguintes áreas:
Gerência-Geral de Gestão de Recursos Humanos (GRH)
Ao longo de 2010, a GRH esteve envolvida no concurso público da
Assembleia (edital publicado em 2007), o mais complexo já
realizado pela Casa. Em junho, foram feitas a sexta e a sétima
nomeações, de 50 aprovados para diversos cargos, para os quais a
GRH realizou palestra no Teatro, sobre benefícios, direitos,
carreira e remuneração. Considerando o grande número de nomeados,
foi adotada a posse coletiva, exigindo envolvimento direto da GRH
no planejamento e execução de atividades. Em setembro, foi feita a
oitava nomeação, abrangendo 16 candidatos. Juntamente com a Escola
do Legislativo, a GRH organizou o Curso de Formação Introdutória à
Carreira do Servidor (CFAL), sendo oferecida uma turma do curso.
De 23 a 29 de outubro, foi realizada a Semana do Servidor, por
meio do trabalho integrado entre a GRH, a Escola do Legislativo, a
Gerência-Geral de Relações Públicas e Cerimonial (GRPC) e GDI. O
destaque foi a expressiva participação dos servidores nas
atividades oferecidas: "shows", oficinas, estandes,
confraternização entre servidores, peças teatrais e corrida
rústica, entre outras. As inscrições para as oficinas e a corrida
resultaram em uma tonelada de alimentos e R$ 1.155,00 em dinheiro,
que foram doados para a Associação dos Leucêmicos de Minas Gerais
(Leuceminas).
A transformação da ARH em GRH permitiu o desenvolvimento dos
projetos especiais Vida e Proa. O Vida decorreu de parceria da DRH
com a DIF, com apoio da DCI. Tem como objetivo a atuação da GRH e
o Setor de Acompanhamento e Orientação ao Trabalhador Mirim na
promoção de ações de valorização e integração dos 200 adolescentes
trabalhadores que atuam na Assembleia, incluindo atividades de
formação e atualização profissional.
Já o Proa foi uma iniciativa da DRH com apoio da DCI. Trata-se de
um conjunto de ações permanentes que informam, orientam e
valorizam o servidor quanto a seu processo de aposentadoria. Foi
constituída uma equipe multidisciplinar que fornece ao servidor
todas as informações necessárias para decidir quando e como se
afastar. As atividades do programa tiveram como público-alvo os
cerca de 200 servidores, efetivos e de recrutamento amplo, que têm
previsão de se aposentar até 2012 e aqueles que se aposentaram
recentemente.
Gerência-Geral de Administração de Pessoal (GPE)
Gerência de Instrução e Análise de Processos Funcionais – O
principal avanço obtido na área em 2010 foi a transformação da
antiga Assessoria em Gerência de Instrução e Análise de Processos
Funcionais (Giap). Uma das medidas tomadas pela nova gerência foi
a implantação gradativa de normas relativas a outros órgãos
públicos através de comentários nas normas do banco de dados BRS.
Gerência de Contagem de Tempo e Aposentadoria (GCTA) – Ela foi a
responsável pela primeira atividade do Proa, em agosto deste ano:
em regime de plantão, foram esclarecidas dúvidas de 66 servidores,
entre pessoal efetivo e de recrutamento amplo. Cumprindo norma do
Tribunal de Contas do Estado, estão sendo registradas, no Sistema
de Fiscalização dos Atos de Pessoal (Fiscap), via ambiente Web,
para remessa posterior ao TCEMG, informações sobre atos de
concessão de benefícios, num total de 175 processos de
aposentadoria.
A gerência está disponibilizando na intranet, em conjunto com a
GSI, o módulo de férias-prêmio, para o servidor efetivo, com o
objetivo de permitir melhor compreensão do saldo disponível de
férias-prêmio, com as possibilidades de utilização e sua divisão
por trintenas.
Central de Atendimento e Orientação de Pessoal (Caop) – Entre as
ações desenvolvidas destacam-se: instalação de computador no
ambiente externo da Caop, para consultas dos servidores;
implantação de novo sistema de recebimento e controle de auxílio-
educação, visando à racionalização da entrada de dados;
implementação de sistema para emissão pela intranet de formulários
de autorização de RX e de reembolso odontológico; mudança de
"layout" dos guichês, com reaproveitamento de material já
existente, com vistas a um espaço mais amplo de interação entre
Caop e servidor.
Gerência de Pagamento – A gerência fez a implantação do sistema e
o cadastramento de requerimentos e contas bancárias para
recebimento de juros da URV, analisando cerca de 2 mil processos.
Foi também promovida análise e verificação de aproximadamente 80
alvarás de sucessores de servidores falecidos, com o objetivo de
recebimento dos juros da URV.
Gerência de Registros Funcionais – Entre as ações da GPE em 2010,
destacam-se: aquisição de equipamentos adequados para guarda em
meio eletrônico do passivo documental; e aprimoramento do sistema
de avaliação de desempenho por intermédio do sistema de carreira.
Gerência-Geral de Saúde e Assistência (GSA)
A GSA realizou em 2010 mais de 30 mil atendimentos, sendo cerca
de 20 mil odontológicos e 8.600 médicos, prestados a Deputados,
servidores ativos, aposentados e dependentes.
O ano marcou o início do processo de terceirização do arquivo de
documentos referentes à assistência à saúde complementar, buscando
racionalização de espaço. Também neste ano foram desenvolvidos
estudos para melhor adequação dos serviços às necessidades de
cumprimentos fiscais e contábeis propostos pela Gerência-Geral de
Finanças e Contabilidade.
Procuradoria-Geral (PGA)
No ano de 2010, deram entrada na Procuradoria da Assembleia 548
processos administrativos e 127 ações judiciais. Foram elaboradas,
no total, cerca de 2.000 peças, englobando as atividades de
contencioso judicial e assessoramento jurídico à administração da
Casa, entre elas: petições, pareceres, minutas de contratos
destinadas a acompanhar processos de licitação, termos de
contratos e termos de convênios; termos de aditamentos, termos de
apostila, expedientes jurídicos, requerimentos e ofícios diversos,
além de inúmeras consultas informais.
As atividades englobam defesas trabalhistas, contestações em
ações diversas, informações e defesas em mandados de segurança e
ações diretas de inconstitucionalidade e peças recursais.
Despontam como principais ações em andamento as pertinentes às
reclamatórias trabalhistas ajuizadas por empregados das ex-
contratadas Adservis e Diagonal, além de vários mandados de
segurança, ações diretas de inconstitucionalidade, ordinárias,
cautelares e outras.
Os procuradores e estagiários realizaram, no ano de 2010,
diligências, audiências e sustentações orais junto à Justiça para
acompanhar depoimentos de partes/testemunhas, decisões e/ou
julgamentos, em ações em tramitação.
A Procuradoria-Geral, por meio dos seus procuradores e sua
assessoria, efetivou, neste ano, diversos acordos de transação de
URV, acompanhando todo o processo, desde a confecção da petição,
recolhimento da assinatura do advogado do interessado, protocolo,
acompanhamento do processo de homologação, informação aos
acordantes e finalmente envio da decisão ao gerente de pagamento.
Procon
Seguindo a diretriz da Assembleia de fortalecer os mecanismos de
participação da sociedade nas atividades do Poder, o Procon
buscou, ao longo de 2010, estreitar cada vez mais esse
relacionamento, por meio do atendimento aos consumidores, da
divulgação de seus direitos e da promoção da educação para o
consumo.
Foram realizados cerca de 87 mil atendimentos, sendo 60 mil
pessoais, 25 mil por telefone e 2.500 por "e-mail". O Programa de
Educação para o Consumo atingiu, em 2010, 17 mil pessoas. Foram
realizadas mais de 100 visitas, com a participação de 13.500
alunos, por meio do projeto Procon na Escola. Já o Procon para a
Empresa realizou várias visitas, atingindo mais de mil
funcionários. Foram feitas 120 pesquisas de preços sobre os mais
variados produtos e serviços.
Escola do Legislativo (ELE)
Em 2010, a Escola do Legislativo realizou cerca de 200 atividades
de formação política e de capacitação em educação legislativa,
atendendo a quase 10 mil servidores, agentes públicos municipais,
lideranças, professores, estudantes e cidadãos. A Escola atuou
também na implantação do Educação a Distância, projeto integrante
do Direcionamento Estratégico, conjunto de diretrizes para atuação
da Assembleia nos próximos 10 anos. Nesse item, a Escola fez
contato com professores para elaboração de novos cursos.
A Escola também realizou oito atividades para cerca de 550
alunos, servidores e público interessado (total de 170 horas-
aula), sendo três oferecidas pela primeira vez. Dois novos cursos
estão em fase final de elaboração para serem oferecidos em 2011.
A segunda edição do Expresso Cidadania teve à frente a Escola do
Legislativo, juntamente com a Diretoria de Comunicação
Institucional, que coordenou o projeto. O Parlamento Jovem, que
teve sua primeira versão com participação de alunos do interior,
também foi executado pela Escola. Câmaras Municipais de 12 cidades
participaram, mobilizando mais de 800 alunos do ensino médio de
várias regiões do Estado. A etapa estadual trouxe à Assembleia
mais de 100 estudantes e resultou num documento com 10 propostas e
outras sugestões que poderão subsidiar políticas públicas e ações
legislativas na área de resíduos sólidos, tema dessa edição.
No atendimento às Câmaras Municipais, um dos destaques foi a
continuidade do apoio ao projeto Exposição Itinerante, coordenado
pelo Centro de Apoio às Câmaras (Ceac). Essa edição incorporou a
temática da formação do povo mineiro, contendo, além da exposição,
o painel História, Memória e Sociedade – Papel das Instituições
Públicas e o curso Noções Introdutórias de Práticas Arquivísticas,
organizados pela Escola (com participação da GDI).
Ainda em 2010, a Escola do Legislativo aprofundou o
relacionamento com instituições de ensino superior visando
incentivar a produção de conhecimento sobre o Legislativo
estadual. Em parceria com PUC Minas, UFMG e outras instituições,
foram realizados encontros e palestras para promover o diálogo
teoria/prática. O mesmo esforço foi direcionado para participação
da Assembleia nas organizações representativas do Legislativo,
como a Rede de Escolas de Formação de Agentes Públicos de Minas
Gerais (Reap/MG), Rede Nacional de Escolas de Governo (Enap) e
Associação Brasileira das Escolas do Legislativo e de Contas
(Abel).