DEPUTADO GEORGE HILTON (PP), Autor do requerimento que deu origem à reunião especial.
Discurso
Homenagem ao Cruzeiro Esporte Clube pela conquista do 33º Campeonato
Mineiro de Futebol.
Reunião
25ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 15ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 25/04/2006
Página 68, Coluna 4
Assunto CALENDÁRIO. ESPORTE. LAZER.
Legislatura 15ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 25/04/2006
Página 68, Coluna 4
Assunto CALENDÁRIO. ESPORTE. LAZER.
25ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª
LEGISLATURA, EM 20/4/2006
Palavras do Deputado George Hilton
Exmos. Srs. Deputado Paulo Cesar, grande amigo cruzeirense;
Dilzon Melo, que muito nos prestigiou com a abertura dos
trabalhos; Deputado Federal Danilo de Castro; José Perrella de
Oliveira Costa, grande amigo e irmão; Paulo César Gusmão, grande
técnico; Desembargador Osmando Almeida, que faz uma justa
homenagem em nome dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo
ao Cruzeiro; vibrante amigo Vereador Alberto Rodrigues; Luciano
Fagundes, a quem reputamos todo nosso respeito pela Federação
Mineira de Futebol, que tanto tem colaborado pelo bom desempenho
do futebol de Minas Gerais; amiga Deputada Maria Olívia,
cruzeirense apaixonada; colegas Deputados presentes, Doutor Viana,
Marlos Fernandes e Ivair Nogueira - e parece-me que o Deputado
Pinduca estava aqui; conselheiros do Cruzeiro que aqui prestigiam
e honram esse evento - sabemos que há pessoas que dedicaram parte
ou quase toda a vida ao Clube do Cruzeiro, portanto agradeço a
presença dos Conselheiros -; órgãos de imprensa; senhoras e
senhores; convidados; torcida celestial presente e a que nos
assiste em todo o Estado de Minas Gerais, é com o coração cheio de
emoção que quero dizer a todos que hoje é um dia de muita alegria
para nós, cruzeirenses, e esta reunião especial visa homenagear o
Cruzeiro Esporte Clube pela sua merecida vitória: a conquista do
Campeonato Mineiro de 2006.
Minas Gerais se engrandece e se sente muito feliz com mais essa
conquista, à qual dedicamos toda a honra que o esporte pode
oferecer a esse clube denominado Cruzeiro das Nações.
Sinto-me honrado em ocupar esta tribuna para prestar tão
importante e sincera homenagem a esse campeão gigante pelo seu
caráter de coragem, audácia e determinação.
Trata-se de uma demonstração de admiração pelas muitas vitórias
desse time, tendo em vista que fatos notórios de sua trajetória
merecem ser lembrados e comemorados, pois permanecerão sempre na
memória de todos nós.
Na verdade, o futebol é o principal esporte nacional, seu estilo
de jogo é referência mundial, e os principais jogadores
brasileiros são ídolos em todas as partes do planeta, sendo
disputados por equipes de vários países, como acontece com o nosso
amado Cruzeiro.
O futebol representa no Brasil as exigências técnicas, as
características socioculturais, retratando a imagem de nosso povo.
Podemos comparar o comportamento do brasileiro com um jogo de
futebol, com chances de ganhar e de perder - e às vezes de
empatar. Mais que tudo isso, o futebol é uma forma que a sociedade
brasileira encontrou para se expressar. É uma maneira de o homem
nacional extravasar características emocionais profundas, tais
como paixão, ódio, felicidade, tristeza, prazer, dor, fidelidade,
resignação, coragem, fraqueza e muitas outras. São atividades que
mexem com o lado passional, pois não é no futebol que o torcedor
chega às lágrimas, tanto de alegria como de tristeza? Não é no
futebol que a gente aprende que, após uma seqüência de derrotas,
virá a redentora vitória?
Com todas as contradições possíveis, o futebol brasileiro é uma
forma de cidadania. Dessa forma, trouxe a diplomacia, pois todos
se unem para o mesmo fim, torcer para seu time preferido,
expressando seus sentimentos, aprendendo a ganhar e a perder, é,
portanto, dinâmico por refletir a própria sociedade que luta,
trabalha para atingir seus ideais.
Nesse instante, gostaria de citar parte de um poema de Carlos
Drummond de Andrade, que diz: “Mais do que esporte, o futebol é
fonte de integração social. É valor que não se vê, mas que
transforma. É sentimento, beleza, talento, graça. Futebol se joga
no estádio. Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua,
futebol se joga na alma. A bola é a mesma: forma sacra para
craques e pernas-de-pau. Mesma a volúpia de chutar na delirante
Copa do Mundo ou no árido espaço do morro. São vôos de estátuas
súbitas, desenhos feéricos, bailados de pés e troncos
entrelaçados. Instantes lúdicos: flutua o jogador, gravado no ar”.
O nosso Cruzeiro Esporte Clube foi fundado em 2/1/21, por
desportistas da colônia italiana em Belo Horizonte, com o nome de
Societá Sportiva Palestra Itália, destacando-se por possuir
elementos da classe trabalhadora - em 1894, filhos de imigrantes
que vieram construir a Capital do nosso Estado.
Percebe-se que, desde seu início, o Cruzeiro teve a marca da
luta, da garra, do dinamismo e do trabalho para se tornar
vencedor, o que de fato ocorreu em toda a sua trajetória, tendo
como símbolo a Raposa, demonstrando assim sua esperteza.
Após duas décadas de sua fundação, houve a mudança de nome, e em
janeiro de 1942, diante de um consenso entre diretoria e sócios,
aprovou-se o nome de Cruzeiro Esporte Clube, representando assim a
constelação do Cruzeiro do Sul, para nosso orgulho, pois se trata
de um dos maiores símbolos da Pátria brasileira. O Cruzeiro soube
honrar esse símbolo, destacando-se como uma força não somente de
Minas Gerais, mas do futebol brasileiro.
Em 1959, 1960 e 1961, o Cruzeiro deixa de ser um clube somente
mineiro e passa a ser conhecido no mundo inteiro. Clube
estruturado, estádio pronto, torcida entusiasmada; é aí que se
inicia a saga do Cruzeiro Esporte Clube, o qual, nas palavras de
Luiz Carlos Rodrigues, ex-Presidente do Conselho Deliberativo do
Cruzeiro, "...se fez grande sem lances de heroísmo pungentes e sem
heróis miraculosos, cuja grandeza foi plasmada no cotidiano, na
simplicidade de um trabalho constante e reiterado, quase anônimo,
cuja somatória, ao correr do tempo, conferiu a dimensão grandiosa,
internacional, universal, de um dos maiores clubes do mundo!".
Sr. Presidente, senhoras e senhores, imaginem a grata satisfação
de expressar essa paixão nacional, tendo como pano de fundo o
glorioso e magnífico bicampeão da Copa Libertadores da América;
Supercopa dos Campeões da Libertadores da América; Copa Ouro, em
1995; Copa Máster; Supercopa de 1995; Campeão Brasileiro, em 2003;
Taça Brasil, em 1966; e Copa do Brasil, quatro vezes.
O futebol sem a raposa é como ir ao Mineirão e não comer um
tropeiro; ou sair para uma pescaria e voltar com peixes comprados.
É o mesmo que olhar para o céu, numa noite de lua cheia, e não ver
as estrelas, melhor dizendo, não ver o Cruzeiro do Sul, majestoso,
imponente, com seu brilho resplandecente.
Gostaria de lembrar, nesta oportunidade, os nomes de Nininho,
Ninão e Niguinho, do conhecimento de todos, que se destacaram na
Itália, no time Lazio, em 1930, como também destacar os jogadores
celestes antigos e atuais, como Dr. Amauri de Castro, Piazza,
Tostão, Dirceu Lopes, Raul, Zé Carlos - campeão brasileiro em 1966
e pentacampeão mineiro em 1961 -, Roberto Batata, Palhinha,
Joãozinho, Nelinho - campeão da América em 1976 -, Ronaldo
Fenômeno, 1993 e 1994 - três vezes na Seleção, eleito o maior do
mundo -, Alex, Cris, Edu Dracena, Gomes, Maldonado - Tríplice
Coroa, Campeão Mineiro e Copa do Brasil -, Gil, Edu Dracena, Elber
- campeões mineiros em 2006 -, todos os demais que hoje fazem
parte do time; o nosso Araújo, que nos prestigia, e tantos outros,
que ficamos até com receio de citar nomes, para não cometer
injustiça.
O Cruzeiro, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
arrojado, destemido e vitorioso, passou por vários Presidentes em
sua trajetória, os quais deixaram a marca de dedicação e heroísmo
pelos seus feitos, iniciando com Aurélio Noce, no período de 1921
e 1922. Teve a honra de ser presidido por José Perrella de
Oliveira Costa, no período de 1995 a 2002, e, hoje, por Alvimar de
Oliveira Costa.
José Perrella, o Zezé Perrella, Deputado Federal de 1999 a 2003,
exerceu inúmeras atividades parlamentares na Câmara dos Deputados,
como membro do Conselho Nacional do Esporte, Conselheiro Nato, bem
como obteve várias premiações à frente do Cruzeiro Esporte Clube.
Atualmente o empresário Alvimar de Oliveira Costa é o Presidente.
Já no seu primeiro ano de mandato, a equipe de futebol consagrou-
se campeã das três principais competições oficiais: Campeonato
Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Além dos títulos
no futebol, sua administração investiu no social, na escola de
esportes, na estrutura física dos clubes, sempre fazendo obras e
investimentos necessários para oferecer ao associado mais conforto
e bem-estar.
Parabéns, Zezé; parabéns, Alvimar! Que vocês continuem
administrando com garra e galhardia por muitos anos!
Agradeceria aos Perrellas, exímios administradores, na figura do
nosso Presidente Alvimar e do Zezé, que podem nos dar uma palestra
de como administrar para ser campeão. Vitória, vitória, vitória -
palavras de regozijo que podemos pronunciar com toda altivez e
congratularmo-nos com esse campeão das multidões. Aliás, demos uma
lavada, ontem, no Mineirão.
Parabéns ao Cruzeiro Esporte Clube; a toda a sua equipe; ao PC
Gusmão, pelo excelente trabalho que vem realizando; aos
Conselheiros; aos jogadores e, é claro, a toda a torcida
celestial, não somente de Minas, mas de todo o Brasil, que
abrilhanta o time e traz alegria ao povo mineiro. Muito obrigado.