DEPUTADO JOÃO BITTAR (PFL), Autor do requerimento que deu origem à reunião especial.
Discurso
Legislatura 15ª legislatura, 3ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 19/10/2005
Página 26, Coluna 2
Assunto CALENDÁRIO. ASSISTÊNCIA SOCIAL.
Proposições citadas RQS 1748 de 2005
57ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª LEGISLATURA, EM 17/10/2005
Palavras do Deputado João Bittar
Exmo. Sr. 3º-Secretário da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, nosso grande e querido amigo Deputado Elmiro Nascimento, representando o Presidente desta Casa, Deputado Mauri Torres; Exma. Sra. Diretora Executiva da Fundação Vitae e Presidente Internacional da Fundação Lampádia; nossa querida homenageada da noite de hoje, Dra. Regina Weimberg; Exmos. Srs. Prof. José Israel Vargas, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, Otávio Alves de Brito; prezados senhores, prezadas senhoras, amigos e amigas aqui presentes, crianças da Instituição Seja. Esta noite é para nós um momento de grande alegria. Já dizia o pensador, quando um pintor precisa pintar a montanha, tem de olhar da planície; e quando tem de pintar a planície, tem de olhar da montanha. Escolhemos esta noite para, em nome do povo mineiro, agradecer à Sra. Regina e à Fundação Vitae. Todos estamos com o coração cheio de amor e gratidão. A Fundação Vitae, durante a análise de todos os projetos que a ela apresentamos, ao longo desses 20 anos, sempre dirigiu às nossas instituições um olhar de confiança, respeito e valorização, como o pintor que na hora de pintar a planície, tem de olhar da montanha.
Escolhemos esta noite para falar da nossa imensa e ilimitada gratidão. Gratidão à senhora, gratidão à Vitae e aos seus Conselheiros, tão bem representados pelo nosso querido amigo, o Prof. José Vargas. Transmitimos à senhora toda a nossa gratidão. Sabemos que, ao longo de 20 anos de atuação da Fundação Vitae no Brasil, milhões de pessoas foram beneficiadas. É importante ressaltar os números. A Fundação Lampádia distribuiu para o Brasil, a Argentina e o Chile aproximadamente US$330.000.000,00. Para o Brasil, especificamente, US$110.000.000,00; e, para Minas Gerais, mais especificamente, US$9.500.000,00. Desses US$9.500.000,00, US$4.500.000,00 para a área de educação; US$2.300.000,00 para a área de cultura; e US$2.600.000,00 para a área de promoção social.
Nesta noite, Dra. Regina, queremos manifestar-lhe nossa gratidão porque nós, que dirigimos projetos sociais no Estado, que dirigimos museus, universidades, escolas agrotécnicas, escolas públicas, sabemos avaliar o efeito e o impacto das ações da Fundação Vitae na vida de cada cidadão mineiro.
Quando vemos nos olhos das nossas crianças o brilho, o sorriso, a esperança e a certeza de um mundo melhor, sabemos que Vitae está presente nessa conquista. Vitae viabilizou a execução dos nossos projetos. Quando visitamos na tarde hoje o museu, que também é visitado por alunos, vimos nos olhos das pessoas o entusiasmo, a convicção de estarem sendo úteis à comunidade.
Não poderia, realmente, ser diferente, pela história da Fundação Lampádia e da Fundação Vitae, de que tomamos conhecimento através de um artigo escrito com a sabedoria, com a bagagem, com o conhecimento e com a grandeza do nosso Prof. José Vargas.
A Lampádia nasceu da iniciativa de homens de sucesso, que haviam conquistado os bens materiais aqui da terra. Eles comandavam um conglomerado multinacional com sua sede na Europa e entenderam que, por terem gerado toda essa riqueza por meio do trabalho que haviam realizado no Brasil, no Chile e na Argentina, deveriam dispor de todos os seus bens, vendendo todo o patrimônio do grande conglomerado multinacional para colocar todos os seus recursos à disposição da comunidade. Dividiram entre Argentina, Chile e Brasil os recursos que levantaram com a venda dessa grande empresa.
No Brasil, temos a alegria e a satisfação de termos a Dra. Regina, esposa de um desses fundadores, que abriu mão de todos os seus bens e os distribuiu ao longo de 20 anos para as nossas comunidades. Estamos aqui com a Dra. Regina, esposa do Dr. Rolf Weimberg, que me disse à tarde que ele não teve a alegria de participar da primeira reunião da Vitae porque faleceu antes da primeira reunião da Fundação Vitae do Brasil. A convite de todos, ela assumiu essa responsabilidade. E com tanta bravura, amor, coragem e compreensão das necessidades humanas, a Dra. Regina conduz esse trabalho até os dias de hoje.
Dra. Regina, nas conversas que hoje presenciei, da senhora com algumas pessoas, durante a inauguração do museu da PUC, senti a sua preocupação com a seqüência desses projetos e programas. Tenho certeza de que o sentimento que a senhora tem em relação a todos esses projetos é um sentimento de mãe pelos filhos que a senhora ajudou a colocar no mundo.
Ouvi, na presença do nosso Prof. José Vargas, a senhora comentando o esforço que tem sido feito para que outras fundações e organizações possam aproveitar os métodos desenvolvidos por Vitae, toda a experiência acumulada ao longo de 20 anos, e que esses projetos possam continuar levando seus benefícios às pessoas.
Este ano, a Vitae encerra suas atividades, após 20 anos de atuação no Brasil. Apesar de este ser um momento de tristeza para todos nós, ao mesmo tempo, traduzimos nossa imensa gratidão à senhora.
Em nome de todos os que foram beneficiados no campo da educação, da cultura e da promoção social, traduzimos à senhora o sentimento dessas pessoas, a gratidão, a alegria, a esperança e a certeza de um mundo um pouco melhor.
Todos nós temos uma missão a cumprir: deixar o mundo um pouco melhor do que encontramos. Dra. Regina, a senhora e seu esposo souberam fazer isso muito bem. Num ato de imenso desprendimento, tornaram esse mundo não um pouco melhor, mas muito melhor. Agradeço à senhora e a todos os que estão participando desta humilde homenagem a uma grande mulher, que muito contribuiu para o Brasil e para o Estado de Minas Gerais. Muito obrigado.