10ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª LEGISLATURA, EM 9/3/2005 Palavras da Deputada Vanessa Lucas Sra. Presidente, Deputada Lúcia Pacífico, minha amiga, com quem participei da Comissão de Defesa do Consumidor; Sras. Deputadas e Srs. Deputados; estimadas funcionárias da Assembléia Legislativa; senhoras e senhores, boa tarde! A Casa Legislativa reúne-se para, juntos, homens e mulheres, comemorarmos o Dia Internacional da Mulher. Nosso mandato, valendo- se do tema proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil por ocasião da Campanha da Fraternidade 2005, participa desta solenidade de homenagem a todas as mulheres, sabendo que a solidariedade e a paz são requisitos fundamentais para a emancipação feminina. Buscar a igualdade de direitos tem sido nossa constante luta, nossa labuta e nosso desejo maior. Olhar para trás, reconhecer as dificuldades e os significativos avanços, mirando o que queremos para nós e para nossos filhos. Seguir em frente, ser fermento na massa, contribuindo para seu crescimento, para a real observância do que é bom para todos. Uma luta política correta deve propor mudanças, mas, também, considerar a bravura de muitos agentes anônimos que fazem e fizeram de suas vidas a lógica da inclusão social, que destemidamente foram ao encontro de nossos irmãos mais sofridos. Recordo-me de uma história antiga, que um velho amigo me contou, para ilustrar a tarde de hoje. Diz o conto que, ao entardecer, um velho homem seguia por uma estrada fria e cinzenta, quando chegou a um abismo largo e profundo. No crepúsculo sombrio, o velho homem o atravessou. Um rio transbordando não era nada para ele, mas quando se sentiu seguro do outro lado, parou e construiu uma ponte para cruzar a torrente. Um viajante que estava por perto, disse: "Velho homem, está desperdiçando sua energia trabalhando aqui, sua jornada termina no fim do dia e você nunca mais passará por aqui. Se já atravessou o abismo profundo e largo, por que construir esta ponte ao anoitecer?". O velho homem que trabalhava ergueu sua cabeça branca e respondeu: "Companheiro, atrás de mim, pelo caminho que hoje percorri, vinha um jovem cujos pés deverão passar por aqui, e é para ele que construo esta ponte.". Assim, quero crer, deve ser nossa vida, carregada de objetivos para construirmos um futuro para os outros. Para isso deve ser nossa luta e nosso cansaço. Deste lugar em que estou, junto-me aos homens e mulheres que têm fé na vida e que têm vida em abundância para, numa porção pequena de palavras, reafirmar, em linguagem simples, que o mundo será diferente, solidário e de paz, quando formos essencialmente humanos, novos e sem preconceitos. A solidariedade virá em forma de paz, se construirmos, a cada dia, no cotidiano, o homem novo para a mulher nova. Essa é a mensagem que gostaria de deixar registrada. Um abraço caloroso e fraterno e a crença de esperança e de paz, na luta por dias vindouros, refletidos na caminhada de nossas mulheres grávidas por justiça e de pleno amor para com a humanidade. Obrigada.