Pronunciamentos

DEPUTADO MARCELO GONÇALVES (PDT)

Questão de Ordem

Solicita a presença do Cabo Mauro, autor da ocorrência do homicídio qualificado em que figura como vítima a modelo Cristiana Aparecida Ferreira, e a cópia do inquérito do caso supracitado ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - TJMG - e ao Ministério Público Estadual.
Reunião 412ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 14ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 22/11/2002
Página 19, Coluna 3
Assunto DIREITOS HUMANOS. SEGURANÇA PÚBLICA. JUDICIÁRIO. MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. MULHER.

412ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 14ª LEGISLATURA, EM 20/11/2002 Palavras do Deputado Marcelo Gonçalves O Deputado Marcelo Gonçalves - Sr. Presidente, V. Exa. é pessoa que muito admiro, mas está enganado com relação à audiência, que não critiquei. Fiz referências ao requerimento do inquérito, que era muito importante. Hoje, apresentei mais dois requerimentos. Um deles de convocação do Cabo Mauro. Vou justificar esse requerimento, a fim de que a Mesa não o rejeite. O inquérito da jovem Cristiana foi atrasado em quatro meses, porque o Cabo Mauro, que fez a ocorrência, disse que era suicídio consumado. Pelo que entendo - e já pedi esclarecimentos ao Deputado Sargento Rodrigues -, esse policial não tinha condições culturais nem éticas para concluir que se tratava de suicídio consumado. A Polícia Civil somente após quatro meses iniciou o inquérito. O outro requerimento é de nova solicitação do inquérito ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público. Já sei que a resposta da Mesa será não. Mas solicito que pense no requerimento de convocação do Cabo Mauro, porque esse policial não tinha condições de concluir, em sua ocorrência, que se tratava de suicídio consumado, atrasando o inquérito policial em quatro meses, argumento que usaram hoje. Sabemos que V. Exa. vem realizando um belo trabalho durante os dois anos em que está à frente desta Casa. O que estou reclamando diz respeito ao requerimento, que é muito importante. Sabemos todos os nomes. Não queremos o inquérito para denunciar o primeiro escalão do Governo, porque já temos conhecimento disso por meio de telefonemas e de depoimentos do pai da jovem. O caso está mal- explicado: se não fosse o Ministério Público, a luta do pai estaria encerrado. Sei que um dos requerimentos será rejeitado de antemão, mas solicito que a Mesa pense a respeito do segundo requerimento de convocação do Cabo Mauro para depor na Comissão de Direitos Humanos, já que, repito, colocou suicídio consumado em sua ocorrência. O inquérito policial ficou quatro meses parado, todas as provas que poderiam ter sido feitas desapareceram, houve várias contradições. Mas nossa audiência, mesmo sem o inquérito, foi muito proveitosa. Quem a ela assistiu saiu satisfeito com a Comissão. Sinto admiração por V.Exa. e pela Mesa. Meu lamento foi em relação ao requerimento do inquérito, não para dar nome aos “bois” do primeiro escalão, porque isso nós já sabemos.