DEPUTADO AMBRÓSIO PINTO (PTB)
Discurso
Transcurso do Dia do Espírita.
Reunião
347ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 14ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 26/04/2002
Página 14, Coluna 1
Assunto CALENDÁRIO. RELIGIÃO.
Legislatura 14ª legislatura, 4ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 26/04/2002
Página 14, Coluna 1
Assunto CALENDÁRIO. RELIGIÃO.
347ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 14ª
LEGISLATURA, EM 23/4/2002
Palavras do Deputado Ambrosio Pinto
Antes de iniciarmos o nosso pronunciamento, gostaríamos de
lembrar que hoje estamos comemorando o Dia de São Jorge Guerreiro,
santo venerado tanto pela Igreja Católica quanto pela doutrina
espírita. Exmos. Srs. Deputado Aílton Vilela, Pedro Valente da
Cunha, Honório Onofre de Abreu, Desembargador Bady Raimundo Curi,
Deputados, Deputadas, espíritas, convidados, imprensa, há quatro
anos um projeto de lei de nossa autoria originava a Lei nº 12.757,
que instituía a data de 18 de abril como o Dia Estadual do
Espírita, coincidindo com o lançamento de "O Livro dos Espíritos",
em 1857.
Tal iniciativa surgiu do bom relacionamento que sempre tivemos
com a população espírita em nossa cidade natal, Itajubá. É
incontestável a grandeza da obra edificada pelo Centro Espírita
Allan Kardec nessa cidade.
Entre as muitas ações realizadas por essa entidade em prol do
social, destacamos a criação do Centro de Terapia e Atenção da
Saúde Mental Doutor Bezerra de Menezes, em fase de conclusão, que
beneficiará diversas cidades sul-mineiras e na qual tenho grande
participação.
Como homem público temos o dever moral de defender os interesses
daqueles que nos procuram, independentemente da raça, cor, credo
ou posição social, conforme dita a Carta Magna, que rege os
direitos e deveres do povo brasileiro. Enquadram-se, nesse
contexto, os espíritas.
O espiritismo, entre os seus praticantes, é considerado religião,
ciência e doutrina filosófica, aspectos esses sistematizados por
Allan Kardec. Professor formado em Medicina, nunca seguiu a
profissão, mas tinha como preocupação humanitária unificar as
crenças religiosas.
Em 1854, ficou convencido, após começar a freqüentar sessões
espíritas, de que sua missão era fundar uma religião
"verdadeiramente grande e digna do Criador", conforme palavras
suas. Era defender a crença da sobrevivência da alma e da
existência de comunicação entre vivos e mortos por meio da
mediunidade.
Passou a se dedicar exclusivamente ao espiritismo, fundando a
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e a "Revista Espírita".
Escreveu vários livros, entre os quais "O Livro dos Espíritos", "O
Livro dos Médiuns", "O Evangelho segundo o Espiritismo", "A
Gênese", "O Céu e o Inferno".
A doutrina pregada por Kardec prepara o homem para uma vida
equilibrada, proporcionando-lhe novos horizontes no que diz
respeito à fraternidade universal, nos termos dos ensinamentos do
Evangelho de Jesus.
Minas Gerais sempre atuou de forma marcante na divulgação do
espiritismo, com destaque para os médiuns Eurípedes Barsanulpho,
de Sacramento; Zé Arigó, de Congonhas; e Chico Xavier, de Pedro
Leopoldo, radicado em Uberaba.
É bom lembrar, ainda, que os espíritas são merecedores de votos
de louvor, pois desenvolvem um trabalho de assistência social de
grande importância, mais bem traduzido pelo nome de caridade.
Portanto, agradecemos a esta Casa por ter acolhido a nossa
proposta para a realização desta homenagem especial em comemoração
ao Dia do Espírita.
Infelizmente, não pudemos promover o evento no último dia 18,
devido a compromissos agendados anteriormente pela Mesa da
Assembléia. Mas fica aqui a nossa lembrança de uma data tão
significativa para essa que é uma doutrina realmente votada para o
bem comum. Muito obrigado.