Após dois anos suspensa por causa da pandemia de Covid-19, a solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência será retomada em Ouro Preto (Região Central), no próximo dia 21 de abril, que marca os 230 anos da morte de Tiradentes.

A decisão foi anunciada, nesta segunda-feira (4/4/22), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em reunião do Conselho Permanente da Medalha, comandado pelo presidente da Casa, deputado Agostinho Patrus (PV), e composto por dirigentes de órgãos dos três Poderes estaduais, de universidades e de outras instituições.

A cerimônia oficial começará às 8 horas do dia 21, na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, com a colocação da coroa de flores no monumento em homenagem ao mártir mineiro, na presença dos Dragões da Inconfidência da Polícia Militar de Minas Gerais.

Às 10 horas, a solenidade continuará no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com a homenagem aos agraciados. A entrega de medalhas este ano não será feita na cerimônia. “Será em outro momento, no Palácio da Inconfidência, sede da ALMG”, afirmou o prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo.

Ele adiantou também que o presidente do Senado e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), será convidado para ser o orador oficial da solenidade. “Há 50 anos não havia um mineiro na presidência do Senado e do Congresso Nacional”, ressaltou o prefeito.

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Leme, lembrou que a Medalha da Inconfidência é a maior comenda concedida pelo Estado de Minas Gerais. “Os agraciados, indicados pelo Conselho, são pessoas que trabalharam durante o ano em favor do Estado e de nossa população”, destacou.

Medalha da Inconfidência – Criada em 1952 pelo governador Juscelino Kubitschek, a medalha tem quatro graus: Grande Colar, Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência. A cerimônia é realizada tradicionalmente em 21 de abril, Dia da Inconfidência Mineira, movimento de independência que teve como epicentro a cidade de Ouro Preto, no século XVIII. Todos os anos, a capital do Estado é simbolicamente transferida para Ouro Preto durante a celebração.