O Dia Internacional da Mulher, data em que se reflete sobre os avanços e desafios do público feminino; o conflito envolvendo Rússia e Ucrânia, com a morte de vários civis e prejuízos para toda a humanidade. Temas que apontam em sentidos opostos foram enfocados por parlamentares na Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (9/3/22).

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Presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da ALMG, a deputada Ana Paula Siqueira (Rede) falou sobre os eventos para lembrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Ela destacou o Ciclo de Debates “Mulheres na Política: Por representatividade, justiça e respeito”, que o coletivo Sempre Vivas realizou na Casa na terça (8) e quarta (9). 

Enfatizou que mais de 50 entidades participaram dos preparativos dos eventos do Sempre Vivas 2022, permitindo que fossem ouvidas mulheres das regiões mais longínquas do Estado. Entre os temas abordados, Ana Paula Siqueira destacou empregabilidade, representação política, ocupação de espaços na sociedade, atenção às mulheres na área rural e saúde. 

A deputada lembrou de avanços obtidos pela Assembleia para o público feminino como a aprovação da licença maternidade para deputadas e a criação da bancada feminina. E cobrou a aprovação de proposta que prevê a participação de pelo menos uma mulher na Mesa da ALMG.

Por fim, Ana Paula Siqueira divulgou nota de repúdio das Sempre Vivas condenando a fala “constrangedora e machista” do procurador-geral da República, Augusto Aras. Em evento no Ministério Público Federal, na última terça (8), ele elogiou “a mulher que tem o prazer de escolher a cor da unha que vai pintar e o sapato que vai calçar”. 

Plenário faz um minuto de silêncio para lamentar guerra

Logo no início da reunião, o deputado Carlos Pimenta (PDT) propôs um minuto de silêncio para reflexão sobre os impactos da guerra na Ucrânia. “Vi hoje o bombardeio de uma maternidade nesse país, o que provocou a morte de muitos civis, entre enfermeiros, médicos e outros profissionais”, lamentou. 

Num segundo momento, ele abordou a condição precária do Hospital Universitário de Montes Claros, dirigido pela Unimontes, que levou professores e estudantes dessas instituições a iniciarem greve nesta quarta (9). “As reivindicações dos funcionários, legítimas e pertinentes, serão levadas à secretária de Educação, Júlia Sant’Anna, e a todo o governo”, anunciou.

Carlos Pimenta reforçou que o hospital atende somente a pacientes do SUS na região e, apesar disso, vários funcionários estão com contrato precário, pois não se fazem concursos há anos. “O vencimento dos funcionários está tão defasado que em alguns casos fica abaixo do salário mínimo”, denunciou.

Outro assunto enfocado foi a difícil situação de municípios do Norte de Minas que enfrentaram fortes chuvas no início do ano. O deputado afirmou que visitou algumas das cidades atingidas como Salinas, Taiobeiras e São João do Paraíso. “Os recursos para ajudar esses municípios foram prometidos pelo Governo do Estado, mas não chegou nada”, reclamou ele, fazendo um apelo para que o governo envie essa verba.