Na Reunião Ordinária de Plenário realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira (23/2/22), a deputada Leninha (PT) denunciou intimidações às comunidades quilombolas e vazanteiras de Croatá e Sangradouro, em Januária (Norte de Minas).

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Segundo a parlamentar, as duas comunidades tiveram que se deslocar devido às enchentes do Rio São Francisco e estão em conflito com fazendeiros da região. Ela relatou que a Polícia Militar (PM) só registra boletins de ocorrência dos fazendeiros e os quilombolas estão sendo vigiados por drones.

“A PM tenta forçar a retirada dos povos tradicionais dos seus territórios, mas não tem mandado para isso, pois a liminar de reintegração de posse foi suspensa pela Justiça Federal”, afirmou a deputada.

Na comunidade de Sangradouro, os quilombolas estariam sendo intimidados por milícias armadas, de acordo com Leninha. “Precisamos avançar na política de regularização fundiária e de resolução de conflitos. Vai ser responsabilidade do Estado caso aconteça uma tragédia nesses territórios”, concluiu a parlamentar.

Apoio a agricultores familiares

A deputada Leninha ainda defendeu o apoio do Estado aos agricultores familiares afetados pelas fortes chuvas no Norte de Minas. Segundo ela, galinheiros e chiqueiros foram destruídos pelas águas e a produção agrícola foi severamente comprometida.

Na sua avaliação, é preciso pensar em políticas de fomento, distribuição de sementes e financiamento bancário para os pequenos produtores rurais. “Espero que o governo tenha um plano para que as famílias reestruturem sua produção e não precisem mais da distribuição de cestas básicas”, afirmou.

Liderança da Bancada Femimina

Ainda durante a reunião, foi comunicado que a deputada Leninha (PT) será a líder da Bancada Feminina da ALMG. A parlamentar nomeou como vice-líderes as deputadas Laura Serrano (Novo) e Delegada Sheila (PSL).