Com a intensificação das chuvas, deputados se preocupam com os danos que podem ser causados pela mineração - Arquivo ALMG

Impacto das chuvas para a população é tema de audiência

Finalidade da reunião é também analisar a violação dos direitos humanos pelo modelo de mineração no Estado.

22/02/2022 - 15:15 - Atualizado em 22/02/2022 - 16:23

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, nesta quarta-feira (23/2/22), audiência pública para debater o impacto da intensificação das chuvas e do modelo de mineração vigente, na violação dos direitos fundamentais da população do Estado. A reunião será transmitida de forma remota, às 9 horas, do Auditório José Alencar.

Acompanhe a reunião ao vivo e participe do debate.

A audiência pública foi solicitada pela presidenta da comissão, Andréia de Jesus (Psol), pela deputada Beatriz Cerqueira e pelo deputado Betão, ambos do PT. Foram convidados representantes de órgãos públicos da área ambiental, do Ministério Público e de entidades da sociedade civil.

De acordo com a deputada Andréia de Jesus, mesmo após três anos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte) e seis anos após o desastre da estrutura da Samarco/Vale/BHP em Mariana (Central), Minas sofre com denúncias de violações dos direitos humanos pela mineração predatória. Ela afirma que a situação do Estado foi agravada pela falta de planejamento para enfrentamento do período das chuvas, tanto por parte do Estado como das mineradoras, ocasionando enchentes que destruíram cidades e deixaram milhares de famílias desabrigadas. 

"A sociedade precisa saber detalhes e como esses impactos implicam na vida coletiva e cultural da cidade e do seu meio ambiente. Nossa audiência pública busca abrir espaço para este diálogo tão importante e urgente", defende a parlamentar.

Convidados

Entre os debatedores, já estão confirmados, entre outros, o diretor-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marcelo da Fonseca; o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente, Renato Teixeira Brandão; e a defensora pública Carolina Morishita Mota Ferreira.

Também devem participar a representante do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela, Maria Teresa Viana de Freitas Corujo; o diretor de Meio Ambiente e Saúde da União das Associações Comunitárias de Congonhas, Sandoval de Souza Pinto Filho; e as professoras Maria Fernanda Salcedo e Bárbara Lúcia Pinheiro de Oliveira França, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).