Em busca de soluções alternativas para as enchentes em Belo Horizonte, a Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte recebe gestores públicos e especialistas para debater os investimentos realizados na contenção dos alagamentos, sobretudo nas Avenidas Tereza Cristina, Vilarinho e Cristiano Machado. 

A reunião será nesta quarta-feira (10/11/21), às 15 horas, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com transmissão ao vivo. O autor do requerimento é o deputado Bartô (sem partido), presidente da comissão.

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Ao justificar o pedido de audiência, Bartô alega que os prejuízos causados pelas chuvas em Belo Horizonte, ano após ano, trazem à tona questionamentos sobre o que efetivamente tem sido feito pelo poder público para se  evitar essa tragédia

“As autoridades públicas estão sempre anunciando investimentos, oriundos do dinheiro dos pagadores de impostos, sem, contudo, ter uma solução definitiva para o problema”, argumenta.

O deputado cita informações da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, que trazem previsão de investimento de R$ 298 milhões, provenientes do Termo de Reparação celebrado junto à Vale, para execução de ações de contenção de cheias e realocação de famílias em Contagem e Belo Horizonte. 

Ainda de acordo com o texto apresentado pelo parlamentar, os recursos serão utilizados para execução de três bacias de detenção do Córrego Ferrugem e um parque linear, cujos projetos já foram elaborados há cerca de dez anos. Além disso, serão retomadas obras de construção de bacias de contenção do Córrego Riacho das Pedras. 

Cidades-esponja - Bartô critica a proposta, que considera ultrapassada, e defende soluções alternativas mais eficientes e economicamente viáveis para as questões de alagamentos, tais como parques alagáveis, praças-piscina, telhados verdes e calçamentos permeáveis. “São as chamadas cidades-esponja”, explica.

Este conceito, segundo ele, prevê a adoção de uma série de recursos que asseguram espaço e tempo para que a água seja absorvida pelo solo, garantindo uma solução eficaz e duradoura para o escoamento das águas. “Belo Horizonte é uma cidade projetada sobre rios. Como contribuintes impactados pelas enchentes, precisamos debater uma solução para o problema”, reforça Bartô.