Policiais bloquearam a Rodovia João Paulo II por cerca de 40 minutos para demonstrar a insatisfação com o descumprimento do acordo

Servidores da segurança pressionam por reposição salarial

Reunião da Comissão de Segurança Pública foi realizada na Cidade Administrativa; governo propôs novo encontro.

09/09/2021 - 20:15

Policiais civis e militares de diferentes cidades de Minas Gerais realizaram manifestação, na tarde desta quinta-feira (9/9/21), na esplanada da Cidade Administrativa para pressionar o governo estadual a cumprir o acordo de recomposição salarial, firmado com a categoria em 2019. Eles participaram de audiência pública convocada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e chegaram a bloquear a Rodovia João Paulo II por cerca de 40 minutos. Cerca de 20 ônibus trouxeram os servidores do interior.

Uma comissão com os deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB), presidente da comissão, Coronel Sandro, Heli Grilo e a deputada Delegada Sheila, os três do PSL, e o deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT/MG) foi recebida pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, e comandantes das três corporações – Polícia Militar, Bombeiros e Polícia Civil. Foi acordado que uma nova reunião será marcada com mais representantes do governo até o próximo dia 17.

Além dos parlamentares presentes à audiência pública, representantes de entidades da categoria se manifestaram exigindo o cumprimento do acordo, que prevê recomposição salarial de 13%, já pago, 12% previsto para este mês e outros 12% para setembro do próximo ano.

Esse acerto estava previsto no Projeto de Lei (PL) 1.451/20, que, durante a tramitação, recebeu uma emenda que estendia o benefício a todos os servidores do Estado. Alegando inconstitucionalidade, o governador Romeu Zema vetou o benefício geral e pagou apenas a primeira parcela. Os deputados querem que seja enviado novo projeto à Assembleia prevendo o pagamento das parcelas restantes.

Sargento Rodrigues afirmou que a categoria não vai desistir, enquanto o acordo não for cumprido. Ele prevê que as próximas manifestações contem com ainda mais servidores. “Não vamos descansar enquanto o governo não estabelecer uma data concreta para a recomposição”, alertou.