O lago da Usina Hidrelétrica de Nova Ponte é utilizado para a criação de peixes em tanques-rede

Efeitos da crise hídrica na piscicultura motivam reunião

Comissão de Agropecuária vai debater problemas na criação de peixes nos rios Quebra Anzol e Araguari.

31/08/2021 - 12:07 - Atualizado em 03/09/2021 - 14:05

A crise hídrica e seus efeitos sobre a piscicultura nos rios Quebra Anzol e Araguari são o tema da audiência pública que a Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza nesta quarta-feira (1º/9/21), às 9h, no Auditório José Alencar. A reunião foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Delegado Heli Grilo (PSL).

Acompanhe a reunião ao vivo e participe do debate, enviando dúvidas e comentários.

Em junho deste ano, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou a situação crítica de escassez de água na Bacia Hidrográfica do Paraná, onde ficam os rios Quebra Anzol e Araguari, entre o Alto Paranaíba e o Triângulo Mineiro. Na confluência dos dois rios está localizada a Usina Hidrelétrica de Nova Ponte, operada pela Cemig, cujo reservatório está com apenas 11,92% do seu volume útil.

A seca prejudica a criação de peixes em tanques-rede no lago de Nova Ponte. As medidas determinadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para garantir a geração de energia nesse contexto de baixa dos reservatórios pode levar à mortandade dos peixes e comprometer a qualidade da água utilizada nos criadouros.

Segundo relatório entregue ao deputado Delegado Heli Grilo pelo Movimento SOS Represa Nova Ponte, formado por especialistas, empresários, pescadores e moradores da região, a seca ameaça a criação de tilápias no lago.

Preocupado com essa situação, o parlamentar quer reunir ambientalistas e autoridades para discutir soluções para o problema. "As comportas da usina são abertas de modo que não se tem profundidade suficiente na represa para os peixes sobreviverem. Não podemos deixar que os investimentos dos piscicultores se percam", comenta o parlamentar.

Para discutir o assunto, a comissão convidou as secretárias de Estado de Meio Ambiente, Marília Carvalho de Melo, e de Agricultura, Ana Maria Soares Valentini, além de representantes da Cemig, prefeitos e produtores rurais.