Coronel Sandro questionou o convidado sobre como seria feita uma supervisão eficiente para que não haja perda da qualidade do serviço

Empresário afirma que privatização é solução para o País

Único convidado da reunião, Salim Mattar expôs sua opinião sobre os benefícios das privatizações.

05/08/2021 - 12:50

A Comissão Extraordinária das Privatizações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu nesta quinta-feira (5/8/21) o empresário e defensor da causa liberal José Salim Mattar Júnior. Ele foi o único convidado da audiência, que teve por finalidade destacar os benefícios das privatizações para o País. O requerimento para a realização da reunião foi dos deputados Coronel Sandro (PSL) e Guilherme da Cunha (Novo).   

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Em sua apresentação, o empresário disse acreditar que o funcionalismo público, num “estado inchado”, e a má alocação de recursos do governo federal em instituições estatais seriam os responsáveis pela pobreza e desigualdade no País. Em sua opinião, o Distrito Federal, “um estado que nada produz”, teria a maior renda per capita do País, sinal de que o governo distribui mal os seus recursos. 

“As estatais possuem os funcionários mais bem remunerados do País e são o principal foco de greves, que afetam a vida do simples cidadão pagador de impostos. Com os R$ 190 bilhões que foram investidos em estatais, construiríamos 1,9 milhão de casas populares e conseguiríamos extinguir o analfabetismo no País”, afirmou.

Ele disse acreditar ainda que a desestatização de todas as empresas federais seria a solução dos problemas do Brasil, pois desoneraria o cidadão pagador de impostos, acabaria com o corporativismo, os privilégios e a corrupção desenfreada. Salim Mattar ainda citou empresas como a CSN, Embraer e Vale como exemplos de entidades que geraram mais empregos a partir de sua privatização. 

Ao final da exposição, o presidente da comissão, deputado Coronel Sandro (PSL), disse que o estado “é um monstro” e questionou sobre como poderia ser feita uma supervisão eficiente para que não haja perda da qualidade do serviço e o lucro aumente de maneira desenfreada nas empresas que forem privatizadas. 

O empresário afirmou que a preocupação do parlamentar não se justificava, pois as empresas privadas seriam, na opinião dele, mais cuidadosas aos prestar contas e as agências reguladoras do governo fariam o seu papel de garantir que isso não acontecesse. 

O deputado Bruno Engler (PRTB) agradeceu a apresentação do convidado, que disse ser bastante esclarecedora. Já o deputado Guilherme da Cunha (Novo) perguntou ao empresário quais deveriam ser as prioridades nas privatizações a serem feitas em Minas Gerais. 

Salim Mattar elogiou a estratégia do governo de Minas de privatizar pequenas empresas cujo processo não passa pela Assembleia Legislativa pois, segundo ele, “por causa de Itamar Franco”, é preciso aprovação de 2/3 dos deputados na ALMG para que o processo de privatização seja possível. 

“Cemig, Copasa, Gasmig e Codemig podem valer até 40 bilhões e privatizá-las iria limpar e desburocratizar o Estado. Mas não dariam lucro, pois atualmente elas dão prejuízo. Essas grandes privatizações dependem de um ambiente político favorável”, opinou.