Durante a Reunião Ordinária desta quarta-feira (7/7/21), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), audiências entre secretários de Estado e parlamentares foram motivo tanto de reclamações como de comemoração dos deputados.

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Por um lado, o deputado Delegado Heli Grilo (PSL) se queixou da dificuldade para agendar reuniões nas Secretarias de Estado de Educação e de Planejamento e Gestão. Já o deputado Carlos Pimenta (PDT) comemorou o resultado de encontro com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Delegado Heli Grilo disse tentar marcar uma audiência na Secretaria de Estado de Educação há mais de um ano, sem sucesso, para discutir assuntos de interesse do Triângulo e do Alto Paranaíba. Também não tem conseguido um agendamento na Secretaria de Planejamento.

“Tenho a impressão de que o governo nos trata como se fôssemos oposição”, afirmou o parlamentar. Ele disse ter votado contrariamente à posição do governo no caso das propostas que se referem ao acordo do Estado com a mineradora Vale, mas por uma questão de consciência.

Delegado Heli Grilo defendeu que parte dos recursos obtidos da Vale devem ir diretamente para os municípios, sem a intermediação do Governo do Estado. “É uma forma de não fazer política com o recurso da Vale”, afirmou. O acordo fechado com a mineradora é uma compensação pelos danos gerados pelo rompimento de barragem de rejeitos de minério em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte).

Santa Casa – Já o deputado Carlos Pimenta disse estar otimista com relação à instalação de um centro de terapia intensiva (CTI) pediátrico e de um novo centro obstétrico na Santa Casa de Montes Claros (Norte), assunto que foi discutido com o secretário de Saúde na terça-feira (6/7/21). “Recebemos do secretário Fábio a certeza de que nossos pleitos serão analisados e serão atendidos”, afirmou Pimenta.

De acordo com o deputado, a conclusão e equipagem das novas instalações médicas seriam uma compensação pelo fato de Montes Claros ter sido excluída da lista de cidades que ganhariam novos hospitais regionais, financiados pelos recursos provenientes do acordo entre o Estado e a mineradora Vale.

Carlos Pimenta ressaltou a importância da Santa Casa para o Norte de Minas, uma região com 2 milhões de habitantes. “São mais de 500 partos por mês. Além do Hospital Universitário, é a única maternidade do município. Temos leitos de CTI neonatal e CTI adulto, mas nem um leito de CTI pediátrico”, argumentou.

Aviação – Em seu pronunciamento, Carlos Pimenta também criticou a prestação de serviços aéreos em Montes Claros, pelas empresas Gol e Azul. Segundo ele, o cancelamento de voos é rotineiro e as passagens são excessivamente caras. “Uma passagem de ida e volta de Montes Claros para Belo Horizonte custa R$ 2,6 mil. Mais caro que um pacote para um hotel cinco estrelas no Sul do País”, relatou.