Coro, músicos, solistas e regentes apresentaram repertório diversificado, com músicas eruditas e populares.
A 13ª edição da Cantata reuniu componentes de 24 corais mineiros

Cantata da Assembleia reúne multidão para celebrar o Natal

Emoção e alegria deram o tom ao espetáculo de 300 vozes, que marca o início das festas natalinas em Belo Horizonte.

04/12/2019 - 21:46

Está aberta a temporada do Natal. E de forma grandiosa! Nesta quarta-feira (4/12/19), 300 vozes de 24 corais se uniram a solistas e orquestra para entoar canções que fizeram o público se emocionar, dançar, sorrir. A 13ª edição da Cantata de Natal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reuniu famílias e amigos e provou, mais uma vez, que a arte aglutina e enriquece.

O repertório trouxe, novamente, músicas eruditas, canções natalinas e peças de variadas tradições culturais, para atender gostos e idades diferentes. Guilherme e Elidiana Gonzaga vieram prestigiar a filha Lara, que canta no coro, e trouxeram Israel, de 9 anos. “Foi emocionante e com uma qualidade impecável”, elogiou o pai. Elidiana filmou tudo, um registro para a vida da família.

As amigas Juraci, Rita, Vânia e Maria de Lourdes chegaram cedo para garantir assento na área coberta. Vânia assistiu às 13 edições da Cantata e convidou as outras, que ficaram maravilhadas. “Quando gosto de alguma coisa, quero mostrar às pessoas”, justificou. Maria de Lourdes já estava emocionada no ensaio, antes mesmo de o espetáculo começar pra valer.

No ombro – O tempo também colaborou e muitas pessoas puderam assistir à Cantata na praça, ainda que de pé. Fabiano Chagas mantinha a filha Clara, de três anos, nos ombros, assim como outros pais. “Eu gosto muito de Natal. É uma coisa que herdei de pai e mãe e que me emociona. Quero passar isso para minha filha. Vou ficar por aqui, com ela nos ombros, enquanto aguentar”, afirmou.

Enquanto isso, no palco, 20 maestros, todos voluntários, se revezaram na regência das 300 vozes. O espetáculo foi aberto com a música "Tollite hostias", de Camille Saint-Saëns, composta em 1858, e teve clássicos como "Hallelujah", de Haendel, sempre presente na Cantata e novamente ovacionada. E se as canções eruditas emocionaram o público, as populares, como "Bate o sino" fizeram muita gente dançar e acompanhar com palmas.

Os regentes Guilherme Bragança e Leo Cunha assinaram a direção musical e os arranjos de orquestra. O espetáculo teve ainda a participação da Orquestra de Câmara Opus, do cravista Antônio Carlos de Magalhães, do tenor Júlio César de Mendonça e da sopranos Clara Guzella e Emanuelle Cardoso.

Começam as festividades dos 300 anos de Minas Gerais

A Cantata marcou também a abertura das comemorações dos 300 anos de Minas Gerais, que serão celebrados no dia 2 de dezembro de 2020. Um vídeo exibido no início do evento destacou as riquezas e a força do Estado e convocou os mineiros a superar as adversidades, com o espírito livre que os caracteriza, como propõe o movimento Sou Minas Demais.

Ao longo de 2020, diversas atividades político-culturais relativas aos 300 anos de Minas serão realizadas pela Assembleia, em parceria com Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública do Estado. A curadoria será da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Nesse espírito, a Cantata trouxe também músicas dos compositores mineiros João de Deus de Castro Lobo ("O magnum mysterium") e Fernando Brant e Tavinho Moura ("Paixão e fé"). Parlamentares, dentre os quais o presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), e outras autoridades assistiram ao espetáculo.

O encerramento teve o sucesso internacional "Oh happy day", de Edwin Hawkins, e "Babethandaza", canção folclórica sul-africana arranjada por Daniel Hughes e coreografada pelo coro. As duas músicas, muito vibrantes, mal começaram e dezenas de celulares estavam a postos para filmar. Afinal, compartilhar mensagens bonitas sempre foi uma característica do Natal.