Reforma previdenciária e fundo partidário geram debates
Deputados abordaram assuntos diversos, desde boatos em redes sociais até o atentado contra Bolsonaro, há um ano.
05/09/2019 - 17:01Diversos assuntos foram abordados pelos parlamentares na fase de Oradores durante a Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (5/9/19).
O Repórter Rafael Martins (PSD) aproveitou seu tempo na tribuna para desmentir boato veiculado via Whatsapp de que seria o candidato do PSD à prefeitura de Contagem e que estaria alinhado ao atual prefeito, Alex de Freitas.
Segundo ele, essa é uma relação “esdrúxula e inaceitável”. “Eu sequer conheço o prefeito, nunca o encontrei. O partido ainda não escolheu seu candidato à prefeitura. E o nosso projeto para a cidade não se identifica em nada com a política atual feita lá”, afirmou.
Alex de Freitas teve pedido de cassação de seu mandato rejeitado em agosto deste ano pela Câmara Municipal. Ele havia sido acusado de crime de responsabilidade por irregularidades em contratos emergenciais para serviços funerários municipais.
O deputado Fernando Pacheco (PHS) homenageou a cidade de Cataguases (Mata) pelos seus 142 anos, no próximo dia 7. Nascido na cidade e eleito por seus habitantes, o parlamentar exaltou sua história e importância para o País, destacando políticos de renome nacional que vieram de lá, como Astolfo Dutra, que foi deputado e presidente da ALMG, além de presidente da Câmara dos Deputados.
Ele também lembrou a evolução da região, de agrícola para industrial, e seus intelectuais, que foram engajados no movimento modernista de 1922.
Já o deputado Bruno Engler (PSL) lembrou de outra data, o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (Mata), há um ano. Segundo ele, os “canalhas da grande mídia fazem de tudo para esconder as conquistas do presidente e as melhorias que ele tem feito no País”. O deputado também afirmou que o presidente “conta com as bênçãos e a proteção divina e felizmente não guardou rancor da cidade, se considerando mineiro também”.
O deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania) criticou duramente projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados e prevê o gasto de fundo partidário para, entre outras coisas, financiar os honorários de advogados que defendem políticos.
Segundo ele, deveria haver uma campanha nacional para que os brasileiros não elejam candidatos que usem fundo partidário. “Fico sem entender porque o País está quebrado, mas como tem dinheiro pra fazer campanha? O que o partido político contribui para a população? Partido não presta pra nada. O povo brasileiro está pagando imposto é pra isso? Tem que acabar. Partido nenhum tem preocupação com a população”, afirmou.
A deputada Andreia de Jesus (PSOL) se disse descrente com os atuais debates em torno da Reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional e chamou de “cortina de fumaça” o fato de nunca ser mencionada a privatização e o interesse de empresas financeiras pelos cortes que a Reforma propõe.
“Os trabalhadores mais precarizados estão em situação informal, sequer chegam a ter direito a aposentadoria. E são os servidores que movimentam o comércio e fazem a economia circular. Essa retirada de direitos que consta na PEC paralela vai ter um impacto profundo nos municípios e estados. Pelo menos conseguimos a não redução do benefício de prestação continuada e a não admissão de pensão por morte inferior a um salário-mínimo. Mas quantos prejuízos mais essa reforma ainda trará à população?", disse.