CPI da Barragem de Brumadinho foi criada para investigar as causas do rompimento - Arquivo ALMG

CPI ouve testemunha sobre reparos em barragem rompida

Depoente já relatou problemas anteriores em estrutura que se rompeu na Mina Córrego do Feijão.

05/07/2019 - 18:03

Duas testemunhas serão ouvidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho, nesta segunda-feira (8/7/19). Um dos depoentes já relatou informações sobre problemas anteriores da Barragem B1, que se rompeu na Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019. O outro convocado, um sobrevivente da tragédia, já deu entrevista sobre a situação da cava de mina após o rompimento. Os depoimentos acontecem a partir de 14h30, no Plenarinho IV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A CPI da Barragem de Brumadinho foi criada pela Assembleia Minas para investigar as causas do rompimento da Barragem B1, que pertence à mineradora Vale. De acordo com levantamento da Defesa Civil, a tragédia matou ao menos 247 pessoas, sendo que 23 continuam desaparecidas.

Um dos depoentes desta segunda é Fernando Henrique Barbosa, funcionário da Vale que prestou depoimento à CPI da Câmara dos Deputados no dia 18 de junho. Ele relatou que, sete meses antes do rompimento da barragem, seu pai foi chamado para ajudar a engenheira geotécnica Cristina Malheiros a corrigir problemas estruturais no local onde ocorreu o desastre.

O pai de Barbosa, Olavo Coelho, morreu em serviço, na Mina Córrego do Feijão, soterrado pelos rejeitos da Barragem B1. Segundo o relato de Fernando Barbosa, seu pai considerava que os reparos feitos na barragem não foram suficientes para evitar o colapso da estrutura.

A outra testemunha convocada pela CPI é Manoel Wilton Alves de Souza, funcionário terceirizado da Vale, um sobrevivente da tragédia que chegou a constar nas listas de desaparecidos. Em entrevista à imprensa, afirmou que estava na cava da Mina Córrego do Feijão durante e após o rompimento, e que não houve detonação de cargas explosivas após a tragédia. O horário em que ocorreram essas detonações no dia do rompimento é um dos pontos divergentes nos depoimentos de diversas testemunhas.

A convocação dessas testemunhas foi requerida pelos deputados Sargento Rodrigues (PTB), André Quintão (PT), Noraldino Júnior (PSC) e Gustavo Valadares (PSDB).

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