Carlos Pimenta criticou as políticas de saúde e de educação
Guilherme da Cunha comemorou os cem dias de governo Zema
Delegado Hely Grilo reivindicou asfaltamento de estradas
Doutor Jean Freire condenou os cortes anunciados pelo governador
Gustavo Santana criticou as recontratações de funcionários
Para Ulysses Gomes, o governador tem que descer do palanque

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 10/4/19

Parlamentares criticam redução de escolas de tempo integral, proposta pelo governo Zema, que está completando cem dias.

10/04/2019 - 18:00

Escola integral
Ao lembrar dos cem dias do governador Romeu Zema (Novo), o deputado Carlos Pimenta (PDT) destacou notícia do O Tempo de que o governo vai reduzir as Escolas em Tempo Integral. Repercutiu também reunião na Comissão de Educação nesta quarta (10), em que a secretária de Educação afirmou que o motivo do corte era a falta de recursos para a merenda escolar. Segundo ele, 111 mil alunos e 9 mil professores designados serão prejudicados. “Quando não se prioriza a educação, o resultado negativo vem: Minas está no fim da fila no ranking do Ideb”, lamentou. Criticando também a atuação na saúde, o deputado lembrou que o Hospital Santa Rosália, em Teófilo Otoni (Mucuri) está prestes a ser fechado por falta de recursos. Por último, ele cobrou dos colegas um posicionamento mais firme. Em apartes, o deputado Glaycon Franco e a deputada Marília Campos (PT) concordaram com ele nas críticas ao fechamento de escolas.

 

Cem dias
O deputado Guilherme da Cunha (Novo) destacou os primeiros cem dias de gestão do governador de seu partido, Romeu Zema. Na avaliação do parlamentar, mesmo com as dificuldades, o governo conseguiu realizações.
Entre os problemas, ele destacou a situação financeira: “Recebemos o governo falido e com dívidas de R$ 28 bilhões”. Citou também o rompimento da barragem em Brumadinho (RMBH). “Isso virou tudo de cabeça para baixo, mas as forças do estado deram resposta adequada e hoje os bombeiros são referência no Brasil e no mundo”, lembrou. O deputado também considerou uma vitória manter em funcionamento serviços essenciais do Estado, como o de Atendimento Médico de Urgência (Samu), farmácias e postos de saúde. Outra conquista foi a celebração do acordo para quitação dos débitos de R$ 7 bilhões com os municípios. “Zema fez esse acordo, mostrando que quer resolver os problemas, e não jogar a sujeira para debaixo do tapete”, concluiu.

Estradas
O deputado Delegado Hely Grilo (PSL) fez um apanhado da situação das estradas em sua região, o Triângulo.
Ele lembrou de trecho a ser asfaltado como o da BR-262 até Perdizes, de 12 km. Noutros, ele considera necessário o recapeamento, como entre Iraí de Minas e Nova Ponte (35 km), onde “o risco é permanente, com carros desviando de buracos e colidindo com quem vem no sentido contrário”. E ainda, os trechos de Uberaba a Volta Grande, de 35 km, e o da BR-427 até Água Comprida, de 16 km. “Chegou a hora do governador fazer sua parte. Precisamos preservar a vida das pessoas”, apontou. Em aparte, o deputado Douglas Melo (MDB) criticou a proposta do governo de reduzir as escolas em tempo integral. “Estamos na contramão do que o Brasil e o mundo fazem na educação. A Assembleia tem que enfrentar isso”, opinou. Delegado Hely Grilo concordou, acrescentando que “se não houver escola integral, muitos desses jovens vão ser recrutados pelo crime”.

 

Cortes
O deputado Doutor Jean Freire (PT) criticou os cortes anunciados pelo Governo do Estado, em especial a redução do número de escolas com ensino em tempo integral,
que deverá cair de 1,6 mil para 500 estabelecimentos de ensino. “São 9 mil professores que vão perder o emprego”, lamentou o parlamentar. Ele convocou deputados de todos os partidos a tentarem reverter essa decisão. “Se o programa é importante, a política pública tem que continuar”, disse. Em aparte, o deputado Elismar Prado (Pros) declarou que mesmo os deputados da base de governo estão assustados com a série de cortes anunciados pelo governo em diversos serviços públicos. “A população escolheu um gestor privado para gerir os serviços públicos, e não para extinguir esses serviços”, afirmou o parlamentar. Em outro aparte, a deputada Leninha (PT) criticou declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que os jovens devem se preocupar menos com a política.

 

Contratações
Artigo publicado pelo jornal O Tempo, nesta quarta-feira (10/4/19), foi comentado pelo deputado Gustavo Santana (PR) em seu pronunciamento.
O texto informa que o Governo do Estado, apenas em janeiro de 2019, reconduziu 602 servidores comissionados da Secretaria de Estado de Fazenda que haviam sido exonerados anteriormente. Desses, quatro servidores ganham mais de R$ 50 mil; 33 ganham mais de R$ 40 mil. “Essa não é uma forma nova de governar, não”, censurou o parlamentar. Em apartes, outros três deputados criticaram o desempenho do governador. Elismar Prado (Pros) disse que os deputados devem resistir às decisões que prejudicam a população. André Quintão (PT) afirmou que o governo está se especializando em cortes e decisões indefensáveis. Léo Portela (PR) também criticou o corte no ensino em tempo integral que, em sua avaliação, condena crianças a passar fome. “As crianças dependem dessa ação para sobreviver”, concluiu.

 

Palanque
O deputado Ulysses Gomes (PT) disse que o governador Romeu Zema deve descer do palanque e parar de mentir para a população.
Na avaliação do parlamentar, tanto o governador quanto o presidente nacional do partido Novo, João Amoedo, e o vice-líder de governo na Assembleia, deputado Guilherme da Cunha (Novo), apresentaram um discurso de 100 dias de governo que não é real. “Dizer que o governo tem uma base de 61 deputados? Não tem base. A base não está debatendo, nem votando”, afirmou Ulysses Gomes, em referência a discurso anterior do vice-líder de governo. Em seguida, o deputado da oposição fez uma lista de declarações inverídicas do governador, em sua avaliação. “Ele disse que ia romper com a velha política e nomeou diversos nomes do PSDB. Disse que ia cortar 80% dos cargos comissionados e cortou 10%. Disse que ia priorizar a segurança e adiou concurso para 1,5 mil policiais”, listou o deputado Ulysses Gomes.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.