Cortes na área da segurança foram alvo de críticas de Raul Belém
Beatriz Cerqueira cobrou diálogo do Governo do Estado com o setor da educação
Doutor Jean Freire cobrou que a água não seja tratada como fonte de lucro
Sargento Rodrigues comemorou vitória em demanda judicial

Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 21/3/19

Deputados abordaram temas como o corte de verbas para a segurança pública e as principais demandas do setor de educação.

21/03/2019 - 16:25

Segurança
O deputado Raul Belém (PSC) subiu à tribuna do Plenário para criticar o Governo do Estado por cortes realizados no setor de segurança pública. Como exemplo, ele citou a decisão do Poder Executivo de fechar a Central de Alternativas Penais (Ceapa) em Araguari (Triângulo Mineiro), medida que, de acordo com o parlamentar, além de interromper o importante trabalho realizado pela unidade, trará pouca economia. Ele também criticou o corte de toda a verba de investimento do Corpo de Bombeiros e a exoneração de vigilantes armados de escolas estaduais. Por fim, Raul Belém cobrou a nomeação de cerca de 500 investigadores de polícia aprovados em concurso público que vence no próximo mês de agosto. Em apartes, o deputado Virgílio Guimarães (PT) elogiou o discurso do colega, e o deputado Delegado Heli Grilo (PSL) reforçou o apelo pela nomeação de profissionais para a Polícia Civil, segundo ele, atualmente sucateada.

 

Educação
A deputada Beatriz Cerqueira (PT) iniciou o seu discurso informando que centrais sindicais preparam mobilização nesta sexta-feira (22), em todo o País, contra a reforma da previdência proposta pelo governo federal. No entanto, o foco do seu pronunciamento foi a necessidade de diálogo do Governo do Estado com o setor da educação. Ela informou que, até o momento, não foi marcada sequer uma reunião para que possam ser ouvidas as principais demandas do segmento, que representa 70% do funcionalismo estadual. Beatriz Cerqueira citou, entre outras reivindicações dos profissionais da educação, a nomeação de aprovados em concurso, o reajuste e o pagamento do piso estadual e o início do ano letivo nas escolas voltadas à educação indígena. Em apartes, a deputada Andréia de Jesus (Psol) abordou os desafios da educação escolar de minorias, como índios e pessoas com deficiência, e o deputado Professor Cleiton (DC) ratificou a angústia dos servidores do setor com a falta de comunicação com o governo.

 

Água
O deputado Doutor Jean Freire (PT) lembrou que nesta sexta-feira (22) será comemorado o Dia Mundial da Água, “o elemento mais importante à vida”, como definiu o parlamentar. Doutor Jean Freire salientou que, sem água no planeta, em 40 dias não há mais vida. Nesse sentido, o deputado cobrou que a água seja tratada com seriedade, e não como fonte de lucro. Oriundo do Vale do Jequitinhonha, ele mostrou sua indignação com o uso da água para a irrigação de plantações de eucalipto, para molhar estradas de terra e o transporte de minério, em regiões nas quais a população não tem acesso a esse recurso essencial. Em apartes, o deputado Virgílio Guimarães (PT) afirmou que recursos já liberados pelo governo federal estão parados na Copasa e no Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene), e a deputada Ana Paula Siqueira (Rede) informou ter apresentado projeto de lei sobre o desperdício de água pela mineração.

 

Indenização
O deputado Sargento Rodrigues (PTB) comemorou sua vitória em demanda judicial contra Kerison Lopes, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, que resultou em uma indenização por danos morais de R$ 5 mil. “O dinheiro está sendo depositado hoje. Eu me sinto de alma lavada”, afirmou o parlamentar. O deputado disse que recorreu à Justiça após o ex-dirigente sindical afirmar que existiriam 28 denúncias de assédio moral contra ele, Sargento Rodrigues, apresentadas por servidores da Assembleia. O parlamentar recordou que, na legislatura passada, fez críticas ao setor de comunicação institucional da Assembleia, que, na sua avaliação, adotava um tom favorável ao Governo do Estado. Na atual legislatura, Sargento Rodrigues criticou, em especial, as publicações institucionais no Instagram. Para ele, as publicações da Assembleia nesta rede social não refletem adequadamente o trabalho das comissões parlamentares e dos deputados.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.