A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai realizar, nesta quinta-feira (14/3/19), audiência pública para debater os riscos da flexibilização da posse de armas para a vida das mulheres. A reunião será às 9h30, no Auditório da Casa Legislativa.

O requerimento que deu origem à reunião é das deputadas Marília Campos (PT), presidente da comissão, Leninha (PT) e Andreia de Jesus (Psol). De acordo com Marília Campos, cerca de 42% dos casos de violência contra a mulher são praticados dentro de casa, enquanto dois terços das agressões são cometidas por parceiros ou ex-parceiros.

“O lar é, por excelência, o local de guarda das armas, e a flexibilização da posse traz riscos enormes de uma explosão do número de feminicídios”, disse Marília Campos.

Para tratar do assunto na reunião, já estão confirmados convidados que atuam diretamente no combate a violências de gênero, como a delegada Ana Paula Lamego Balbino, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher; e a juíza Maria Aparecida Consentino Agostini, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Belo Horizonte.

Atividades - Três mostras, que estão em cartaz na Galeria de Arte da ALMG até o dia 22 de março, abordam a luta das mulheres brasileiras e casos relacionados a feminicídio. As exposições integram o evento Sempre Vivas – Mulheres em Luta contra a violência, que teve início na última sexta-feira (8/3/19), Dia Internacional da Mulher, e vai reunir uma série de atividades ao longo do ano em comemoração da data.

Neste mês das mulheres, a ALMG também tem produzido reportagens especiais sobre violências sofridas por elas e a primeira da série tratou sobre feminicídios, ou seja, assassinato de mulheres por questões relacionadas ao gênero.

Consulte a lista completa de convidados para a reunião.