Um desentendimento entre a presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputada Beatriz Cerqueira (PT), e o deputado Coronel Sandro (PSL) levou à suspensão da reunião desta quinta-feira (21/2/19). A reunião acabou sendo encerrada por decurso de prazo regimental, às 15 horas.

Os ânimos se acirraram quando o deputado pediu que os demais colegas da comissão ficassem “caladinhos” enquanto falava. Ele havia pedido o adiamento da votação de um requerimento apresentado por Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e tinha recebido o direito de justificar os motivos.

Durante sua fala, Coronel Sandro começou a elogiar o período do regime militar e criticar o que ele considera “ideologização” das escolas e dos professores da atualidade. Beatriz Cerqueira interveio dizendo que ele estava fugindo do assunto, provocando a reação do deputado. Ela, então, resolveu suspender a reunião por tempo indeterminado e não mais retornou.

Na tribuna do Plenário, já durante a Reunião Ordinária, a presidenta da Comissão de Educação afirmou que nenhum homem, seja de que posição política ou social que ocupe, tem o direito de mandar uma mulher “calar a boca”. Em sua opinião, a conduta do deputado pode incentivar outros homens a cometer o mesmo tipo de violência.

Em sua defesa, Coronel Sandro afirmou que estava simplesmente debatendo o assunto em discussão na Comissão e tentando garantir o próprio direito de falar e se posicionar.

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