Felipe Attiê argumentou que a única saída do Estado é a demissão de servidores
Rogério Correia criticou as declarações de Bolsonaro, que levaram Cuba a encerrar o

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 14/11/18

Demissão de servidores públicos e o fim do programa Mais Médicos foram tema dos discursos.

14/11/2018 - 17:51 - Atualizado em 14/11/2018 - 19:51

Demissão de servidores
O déficit nas contas do Estado foi assunto do pronunciamento do deputado Felipe Attiê (PTB), em especial com relação aos gastos com a previdência dos servidores inativos e com a folha de pagamento dos servidores ativos. No caso dos inativos, segundo o parlamentar, são R$ 18 bilhões de déficit, a diferença entre R$ 5 bilhões arrecadados e R$ 23 bilhões de gastos. "Não há como desaposentar essas pessoas ou aumentar a contribuição. Nem se dobrarmos a contribuição do servidor e do Estado resolveríamos esse problema. E ninguém aceitaria isso", apontou. Ainda de acordo com o parlamentar, a demissão de todos os servidores comissionados representaria a solução apenas de uma pequena parcela do problema, restando então ao novo governador a demissão de servidores efetivos, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Eu fiz oposição ao governador Fernando Pimentel porque previ que ele iria entregar o Estado à beira da insolvência e vocês vão ver isso aqui o ano que vem", afirmou.

 

Fim do Mais Médicos
A reação do governo cubano às declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro a respeito do programa Mais Médicos foi tema da fala do deputado Rogério Correia (PT). O parlamentar leu nota do governo cubano, que considerou as manifestações de Bolsonaro em redes sociais “ameaçadoras e depreciativas”, além de considerar as mudanças que ele propõem ao Mais Médicos “inaceitáveis”. Cuba tomou a decisão de solicitar o retorno dos mais de 8 mil médicos cubanos ao país, o que foi lamentado pelo deputado. “Ao pôr em dúvida a preparação dos médicos e condicionar a permanência à revalidação do título, ele colocou em descrédito um programa que é uma cooperação pan-americana e profissionais que são reconhecidos no mundo todo. Mas esse sujeito acha que tudo pode ser ideologizado. A administração dele nem começou e já está mal”, criticou. O deputado lembrou a repercussão negativa de outras declarações de Bolsonaro, que geraram crises diplomáticas.

 

 
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