Um dos brasileiros mais homenageados da história e também destacado na ALMG em 2017, educador deixou obras como

Legado de Paulo Freire será discutido na ALMG

Homenagem será prestada na próxima quarta-feira (19), pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia.

14/09/2018 - 10:46

O legado do educador, pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire, falecido em 1997, será discutido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (19/9/18). Propostos pelo 1º-secretário do Parlamento mineiro, deputado Rogério Correia (PT), a homenagem e o debate acontecem por meio de uma audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia. A reunião será no Plenarinho IV, a partir das 14h30.

Um dos expoentes do movimento intitulado pedagogia crítica, Paulo Freire propôs uma didática inovadora, na qual o estudante se transforma no protagonista do processo, em contraposição a um processo de educação massiva, considerado alienante pelo pedagogo.

Nesse aspecto, seu trabalho se destacou ao aliar a formação da consciência política ao processo de educação, sobretudo voltado à alfabetização das camadas mais pobres da população.

Prisão – Ao mesmo tempo em que ele servia de inspiração para professores em toda a África e a América Latina, passou a ser perseguido pela ditadura militar, o que o levou à prisão e ao exílio. Foi no Chile, em 1968, que ele escreveu sua principal obra, “Pedagogia do Oprimido”, na qual sintetiza seu método de alfabetização. O livro chegou a ser proibido no Brasil, onde somente foi publicado em 1974.

Em sua vasta obra, alguns livros emblemáticos foram publicados após sua volta ao Brasil, em 1980: “Pedagogia da Esperança”, em 1992, “À Sombra desta Mangueira”, em 1995, “Pedagogia da Autonomia”, em 1997, e “Pedagogia da Indignação”, em 2000.

O pedagogo é um dos brasileiros mais homenageados da história, sendo doutor honoris causa por quase três dezenas de universidades pelo mundo e premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização dos Estados Americanos (OEA).

Estão convidados para o debate o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais, William Santos; a pedagoga Matilde Oliveira de Araújo Lima, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e a jornalista Larissa Costa.