ALMG entrega prêmio de redação e desenho sobre o leite
Agropecuária reúne alunos, professores e autoridades nesta sexta (6) para lembrar o Dia Mundial do Leite.
06/07/2018 - 13:03Na manhã desta sexta-feira (6/7/18), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sediou a entrega dos prêmios do Concurso de Redação e Desenho 2018 sobre o leite, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínio de Minas Gerais (Silemg). O concurso premia estudantes de escolas públicas e particulares de todo o Estado, em categorias do ensino fundamental e médio e educação de jovens adultos (EJA).
O presidente da Comissão de Agropecuária e Agroindústria, deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB), é o autor do requerimento da audiência pública, em que foi lembrado o Dia Mundial do Leite, comemorado em 1º de junho. A reunião tratou da importância do consumo do alimento e derivados para a saúde humana e a economia mineira.
Além de Antonio Carlos Arantes, participaram da entrega dos prêmios: o presidente do Silemg, João Lucio Barreto Carneiro; o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Amarildo José Brumano Kalil; e a superintendente da área de educação infantil e fundamental da Secretaria de Estado de Educação, Eleonora Xavier Paes.
Saúde - Antônio Carlos Arantes parabenizou os alunos e seus professores pela premiação do concurso, que reuniu neste ano mais de 700 escolas: “Fico feliz por estas crianças estarem sendo estimuladas a promover a saúde por meio do consumo do leite, do queijo. E a Assembleia está muito orgulhosa de comemorar aqui o Dia Mundial do Leite”, comemorou.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 2001, para incentivar o consumo de lácteos. São realizadas atividades em vários países, ressaltando os benefícios do leite para a saúde.
Preço de referência - Já o secretário Amarildo Kalil afirmou que todos os escritórios da Emater em Minas trabalham com o leite, porque o produto está presente em todo o Estado.
Ele destacou que Minas Gerais é o maior produtor de leite do País, com 9 bilhões de litros anuais. E informou que o governo está trabalhando na definição de um preço de referência do leite, com o objetivo de oferecer maior previsibilidade ao produtor rural.
Um quarto da produção leiteira está em Minas Gerais
Regina Sugayama, diretora do Centro Inovação e Tecnologia (Sani), da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), valorizou o fato de que uma em cada quatro ordenhadas no Brasil está em Minas Gerais.
“De cada 100 litros produzidos no País, 26 estão no Estado. Segundo ela, há cerca de 500 estabelecimentos industriais sob inspeção do Ministério da Agricultura ou do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Ela lembrou que, apesar de toda o esforço de inspeção, há ainda muitos problemas com a clandestinidade, especialmente no comércio de queijos. “Temos milhares de produtores trabalhando de forma clandestina”, advertiu ela, solicitando empenho dos órgãos fiscalizadores na contenção dessa atividade.
O presidente do Silemg, João Lúcio Carneiro, destacou que vultosa produção no Estado é realizada em 223 mil propriedades rurais. Ele defendeu que o Governo do Estado mantenha os benefícios fiscais ao setor como forma de estimular a produção.
Leites Gerais - Com uma palestra intitulada “Leites Gerais”, o professor do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paulo Henrique Fonseca da Silva, deu uma aula sobre o produto enfocando-o em diferentes disciplinas de conhecimento.
Ele citou que em 1532, Martim Afonso de Souza, em São Vicente (SP), trouxe os primeiros gados ao Brasil.
E que em 1552, Padre Manuel da Nóbrega escreveu a primeira carta que faz referência ao leite no Pais, afirmando que era um “grande mantimento para os meninos”.
Para melhorar as condições de vida do produtor de leite, o professor Paulo Silva defendeu o investimento na agricultura familiar, na assistência técnica rural e em políticas públicas favoráveis à agropecuária, o que levará ao aumento da renda do produtor.
Consumo - Sobre o consumo do produto, ele destacou que são bebidos anualmente no Brasil 35 bilhões de litros de leite, gerando um consumo médio anual de 167 litros de leite por brasileiro. “Nosso consumo ainda é baixo, segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde. Precisamos aumentá-lo”, considerou. E acrescentou que o leite supre uma significativa proporção das necessidades diárias de cálcio, magnésio, fósforo, vitaminas A, B2, B12 e D.