Deputada Marília Campos quer que ofensa de gênero seja quebra de decoro.
Deputado Bonifácio Mourão protestou contra emendas Frankenstein.
Deputado Sargento Rodrigues irá mover ação contra criação da Codemge.
Deputado João Leite protestou contra venda da

Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 6/3/18

Parlamentares protestaram contra venda de ações da Codemig e criação da Codemge.

06/03/2018 - 18:56

Dia da Mulher
A deputada Marília Campos (PT) convidou todos a participarem da programação especial da ALMG em homenagem ao Dia da Mulher, na próxima quinta-feira a partir das 10 horas, iniciando com ato na Praça Sete de Setembro, na Capital. Ela também reforçou a necessidade de aprovar, em 2º turno, o Projeto de Resolução (PRE) 49/17, que estabelece que a Comissão Extraordinária das Mulheres se torne permanente. “Não apenas por ser espaço de mobilização, mas de discussão da agenda das mulheres. Isso seria um marco de nossas conquistas no Legislativo”. Em aparte, o deputado Rogério Correia (PT) disse que, nesta quarta-feira, há expectativa de aprovação do projeto por existir “consenso dos demais deputados”. A deputada apresentou ainda PRE com objetivo de incluir as ofensas relacionadas a gênero entre as hipóteses de quebra de decoro parlamentar, projeto provocado pelo fato do deputado Cabo Júlio (PMDB) ter chamado a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) de “vaca”.

 

Emendas Frankenstein
O deputado Bonifácio Mourão (PSDB) repercutiu decisão judicial que condenou o governo estadual a pagar R$ 44 milhões para a prefeitura de Governador Valadares, referente a repasse de verbas na área de saúde. Segundo o parlamentar, a situação está insustentável. “Existe o risco iminente dos conveniados deixarem de prestar os serviços e de não terem os materiais necessários para executar os atendimentos na cidade e nos mais de 80 municípios da região atendidos pelo hospital do município”. Ele protestou, ainda, contra as emendas referentes à Codemig que foram anexadas ao Projeto de Lei (PL) 2.728/15. “Essas emendas Frankenstein vão entregar o nióbio de Minas e isso não é justo nem legítimo”, protestou. Em aparte, o deputado Rogério Correia (PT) explicou que as minas de nióbio do estado já são terceirizadas desde a década de 1970 e o PL não trará mudanças. “A abertura do capital em 49% é justamente para evitar privatização”, completou.

 

Codemge
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) leu trechos da coluna “Ponto de Virada”, da colunista Raquel Faria, publicada no jornal O Tempo, na última segunda-feira. Segundo a publicação, o governador já estaria tão certo da aprovação das emendas no PL 2.728/15 que teria recebido prefeitos em seu gabinete e prometido recursos. “É a campanha na rua, por isso a pressa de aprovar o projeto. Vale tudo pela reeleição”, afirmou. De acordo com o deputado, a atual administração irá “destruir Minas Gerais”. O parlamentar protestou, ainda, contra a criação da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) que, segundo ele, precisava ter sido apreciada na ALMG antes de ter sido registrada na Junta Comercial do Estado. “Isso será objeto de ação popular por parte desse deputado. Nossa oposição pode ser pequena em termos numéricos, mas somos grandes em nossa obstrução, que fazemos representando o interesse do povo mineiro”, completou.

 

Ovos de Ouro
O deputado João Leite (PSDB) concordou com os protestos de seus colegas contra as emendas no PL 2.728/15. Ele também se posicionou contra a venda de ações da Codemig e a criação da Codemge. Segundo ele, os 49% da Codemig serão vendidos por apenas alguns milhões de reais enquanto os chineses compraram parte das minas de nióbio de Araxá por quase US$ 2 bilhões há alguns anos. “Não podemos permitir! O PT está dilapidando nosso patrimônio, vendendo a galinha dos ovos de ouro por não ter paciência de colher os ovos diariamente. Ainda existe expectativa de prospecção de 200 anos nas minas de nióbio. Não podemos aceitar, o PT está dando um golpe duro na população de Minas Gerais”, afirmou. Ele explicou que o PL, de autoria do deputado Antônio Jorge (PPS), tratava de organização social de saúde e chamou as emendas de “parasitas”, por não terem nada a ver com a matéria na qual foram inseridas.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.