Relatora Celise Laviosa (centro) apresentou substitutivo ao texto aprovado em 1º turno

Programa Paz na Escola está pronto para 2º turno em Plenário

Comissão de Educação aprova também requerimentos para discutir problemas nas universidades do Estado.

27/02/2018 - 18:23

O Projeto de Lei (PL) 1.476/15, que institui o Programa Paz na Escola, já pode ser analisado em 2º turno pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Nesta terça-feira (27/2/18), a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia opinou pela aprovação da proposta na forma do substitutivo nº 1 ao vencido (redação unificada do texto votado com alterações em 1º turno).

De autoria do deputado Carlos Pimenta (PDT), a proposição institui, na forma com que passou em 1º turno, a política de promoção da paz escolar no âmbito dos estabelecimentos de ensino vinculados ao Sistema Estadual de Educação.

Adequações – A relatora e presidente da comissão, deputada Celise Laviola (PMDB), enfatizou que o substitutivo nº 1 faz apenas adequações de redação, para conferir maior clareza à proposição.

O projeto lista os tipos de violência na escola abrangidos pela norma, entre os quais intimidação física ou moral e bullying. Já as diretrizes contemplam, entre outras, a valorização do protagonismo juvenil e o compartilhamento de responsabilidades entre a área da educação e as polícias, órgãos de defesa social e o Poder Judiciário.

São também diretrizes a garantia de participação tanto das agremiações estudantis quanto da comunidade escolar e organizações da sociedade civil na formulação, na execução e no acompanhamento das medidas decorrentes da política de promoção da paz escolar.

Entre os objetivos da proposta, figura o fortalecimento do papel social da escola na promoção da paz, da cidadania, da solidariedade, da tolerância e do respeito ao pluralismo e à diversidade étnica e cultural. Os instrumentos previstos também são discriminados e englobam pesquisas e atendimento psicológico.

Para as escolas públicas e privadas vinculadas ao Sistema Estadual de Educação há também diretrizes específicas, como o registro dos casos de violência na escola, com informações sobre providências tomadas e monitoramento dos resultados.

Os estabelecimentos terão dois anos para incluir o plano de promoção da paz escolar em seu projeto político-pedagógico. Para todos os demais itens, a lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Universidades estaduais serão tema de audiências

A comissão aprovou, ainda, requerimentos para audiências sobre questões administrativas envolvendo as universidades estaduais, entre outros temas.

Uma das solicitações é assinada pelos deputados Carlos Pimenta (PDT), Gustavo Valadares (PSDB), Arlen Santiago (PTB), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Gil Pereira (PP) e pela deputada Ione Pinheiro (DEM).

Ela prevê audiência conjunta com a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização para ouvir professores e alunos da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) sobre a escassez de recursos financeiros e a necessidade de reestruturação do plano de carreira dos servidores.

“O governo não cumpriu itens pactuados, e a Unimontes vai entrar novamente em greve. Isso é ruim para o Norte de Minas, o Jequitinhonha e o Noroeste”, justificou Gil Pereira. Ele anunciou a coleta de assinaturas para criação de frente parlamentar em defesa da universidade.

O deputado Fabiano Tolentino (PPS) teve aprovado requerimento de audiência sobre a situação dos servidores da Uemg. O objetivo, segundo ele, é encontrar soluções para que professores e funcionários permaneçam em seus cargos, garantindo a continuidade dos projetos da universidade e a qualidade do ensino.

A deputada Marília Campos (PT) também propõe discussão sobre a situação dos processos seletivos para professores designados nas unidades da Uemg. Já o deputado Dalmo Ribeiro Silva quer debater as razões de atrasos nos repasses para pesquisa científica aos bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

A deputada Celise Laviola, os deputados Celinho do Sinttrocel (PCdoB) e Tadeu Martins Leite (PMDB) tiveram aprovados dois requerimentos. Um deles prevê um debate público para discutir a temática da segurança nas escolas.

A outra solicitação é para audiência sobre as ações e medidas executadas a partir das propostas aprovadas no Fórum Técnico Segurança nas Escolas: por uma cultura da paz, realizado pela ALMG em 2011.

Consulte o resultado da reunião.