Sargento Rodrigues criticou a Presidência por não ter autorizado deputado a transmitir vídeo em Plenário
Carlos Pimenta citou episódios da vida de Darcy Ribeiro, que completaria 95 anos
João Leite reclamou de gastos do Executivo num momento de alegado déficit financeiro
Gustavo Corrêa citou visita de comissão que constatou irregularidades na 6ª Companhia do 1º BPM

Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 26/10/17

Cerceamento de parlamentares, falta de segurança e outras críticas ao governo Pimental dominam pronunciamentos.

26/10/2017 - 17:30

Cerceamento
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) abordou fato ocorrido em reunião anterior, quando o deputado Antônio Jorge (PPS) teria sido impedido de exibir um vídeo durante pronunciamento no Plenário. O pedetista criticou a Presidência da sessão pela condução do fato, tendo em vista a inexistência de impedimento legal para o uso do vídeo e também o constrangimento gerado no colega parlamentar. Para Sargento Rodrigues, esse é mais um episódio de cerceamento e monitoramento da ALMG feito pelo governo Fernando Pimentel. “A Casa está patrulhada, e parte dessa censura tem a permissão do presidente da Assembleia”, afirmou. O deputado criticou a realização de fóruns pelo Poder Executivo, enquanto o Legislativo, “Poder com legitimidade para fazer audiências no interior”, está com as viagens limitadas, segundo ele. Ele também citou a anulação de requerimentos e a não transmissão pela TV Assembleia de audiências contrárias ao governo. “Esta Casa está de joelhos, como eu nunca vi”, reforçou.

 

Darcy Ribeiro
O antropólogo, escritor e político Darcy Ribeiro, nascido em Montes Claros (Norte de Minas) e que completaria 95 anos, foi homenageado pelo deputado Carlos Pimenta (PDT). “Ele foi um dos maiores homens públicos do País e dedicou sua vida para aperfeiçoar a educação”, afirmou. Carlos Pimenta citou episódios da vida do homenageado, como a pesquisa sobre índios brasileiros; a criação da Universidade de Brasília; a cassação de seus direitos políticos pela Ditadura; e a eleição como vice-governador do Rio de Janeiro, após a anistia. “Ele tinha a visão alargada de que somente a educação poderia libertar os brasileiros”, enfatizou. Darcy Ribeiro faleceu em 1997, após concluir “O Povo Brasileiro”, uma de suas principais obras. Carlos Pimenta também saudou Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) pela proposta de discussão, na Comissão de Saúde, da crise econômica dos municípios diante da falta de repasses do Poder Executivo. Segundo ele, 300 prefeitos são aguardados na audiência.

 

Caravana
O deputado João Leite (PSDB) criticou o que chamou de “road show” do governo Fernando Pimentel e do PT para acompanhar a caravana do ex-presidente Lula por Minas Gerais. “É a caravana sem lei. Os prefeitos estão liberando os servidores para bater palma pra Lula. O prefeito de Teófilo Otoni já foi denunciado, e é bom que o Tribunal de Contas nos ouça”, afirmou, dirigindo-se ao conselheiro do TCE Doutor Viana, presente à reunião. João Leite criticou os gastos do Executivo num momento de alegado déficit financeiro. Ele também citou o uso de policiais para proteger a caravana, o abandono de obras públicas e a falta de investimento em segurança, enquanto o governo estaria usando R$ 100 milhões em propaganda para dizer o contrário. “O PT apagou a gestão em Minas Gerais”, disse. Em aparte, Sargento Rodrigues voltou ao tema do cerceamento da ALMG, salientou a autoridade do presidente da sessão e questionou a ausência dos deputados da base do governo.

 

Segurança
O tema da segurança pública foi tratado também pelo deputado Gustavo Corrêa (DEM), que contestou a propaganda oficial sobre os investimentos nessa área. “É uma irresponsabilidade do governo gastar R$ 100 milhões para contar uma mentira”, reforçou. Ele citou também visita da Comissão de Segurança Pública que constatou irregularidades na 6ª Companhia do 1º BPM, em Belo Horizonte. “Policiais que deveriam estar nas ruas são obrigados a fazer obras. Enquanto isso, o governo e sua trupe de puxa-sacos estão passeando atrás da caravana do Lula”, criticou. Gustavo Corrêa citou também reunião na Prefeitura de Belo Horizonte, em que o prefeito Alexandre Kalil teria pressionado o governador Fernando Pimentel para a liberação das emendas parlamentares. Em aparte, Sargento Rodrigues enfatizou que os policiais da 6ª Cia. não são os da propaganda oficial, têm jornada de trabalho ilegal e convivem com ratos. “O moral da tropa está baixíssimo. Os R$ 100 milhões de propaganda seriam suficientes para fazer muitas obras”, ressaltou.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.