Vanderlei Miranda criticou a Revista Veja por causa de artigo sobre evangélicos
João Leite destacou que governo não cumpriu acordo com servidores da educação
Sargento Rodrigues enfatizou que cinturão de segurança não funciona mais

Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 10/10/17

Artigo contra evangélicos e crise na saúde, educação e segurança no Estado dominam pronunciamentos dos deputados.

10/10/2017 - 16:58 - Atualizado em 10/10/2017 - 18:10

Evangélicos
O deputado Vanderlei Miranda (PMDB) criticou artigo publicado na última edição da Revista Veja, de autoria de J.R. Guzzo, intitulado “Essa gente incômoda”, que ele considera discriminatório contra os evangélicos, segmento que representa cerca de um terço da população. O parlamentar lembrou que o colunista se refere a esse segmento da população como “de tipo moreno”, demonstrando assim também preconceito racial. “Precisamos tomar uma posição contra artigos irresponsáveis, inquisidores e cristofóbicos”, afirmou. Vanderlei Miranda lembrou que, apesar das inúmeras ações sociais realizadas pelas igrejas evangélicas, o colunista classifica os fiéis como “a parte ruim do País”. “Nos revira o estômago ler um material como esse. A serviço de quem está esta revista e este cidadão?”, questionou. Em aparte, Carlos Henrique (PRB) também repudiou o artigo, que, na opinião dele, é mais uma ação da cartilha de um plano comunista que estão tentando implantar no País.

Crise no Estado
O deputado João Leite (PSDB) classificou a gravidade dos problemas do Estado como consequência do “desgoverno” que aqui se instalou. “Chegamos ao fim da linha em Minas Gerais”, sentenciou. Segundo ele, o caos já se instalou na segurança pública, saúde e educação. Na saúde, de acordo com ele, um dos exemplos é o Hospital João XXIII (HPS), visitado pelo parlamentar na semana passada e onde não há sequer água quente para o banho dos pacientes. “O partido sempre fez críticas quando era oposição e agora destruiu tudo”, acrescentou. João Leite lembrou que, na educação, o governador não cumpriu acordo salarial com os servidores que foi divulgado como sendo “histórico”. Ele leu ainda mensagem enviada por diretora de escola que denunciou ter recebido até agora apenas 7,5% da verba de custeio prevista para o ano. “Esse governo é irresponsável e o sindicato que representa os trabalhadores está calado. Precisamos de uma intervenção do Ministério Público”, cobrou.

Ataque em Munhoz
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) lamentou o caos na segurança pública que toma conta de Minas e é ainda mais grave nos municípios que fazem divisa com outros estados. Um exemplo, segundo ele, foi o ataque a duas agências bancárias em Munhoz, no Sul de Minas, na madrugada do último domingo (8). O parlamentar contou que uma quadrilha fortemente armada tomou conta da cidade, invadiu o destacamento da Polícia Militar, onde somente dois militares estavam de plantão, e ainda rendeu outros policiais em suas casas. “Na gestão do PT não há notícia boa”, disse. De acordo com ele, o cinturão de segurança em 135 cidades, que funcionou bem nas administrações anteriores, não existe mais. Sargento Rodrigues denunciou ainda tentativas de cerceamento de sua atuação, como a presença de informantes em audiências e até ameaças de morte. “Não tenho medo. Daqui a pouco, eles vão virar coronéis de pijama e a tropa vai ter nojo deles”, pontuou. Em aparte, Gustavo Corrêa (DEM) reforçou as críticas do colega ao Executivo.

 

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